Livro: É assim que se perde a guerra do tempo
Autor(a): Amal El-Mohtar e Max Gladstone
Editora: Suma de letras
Editora: Suma de letras
Páginas: 192
Adquira: Amazon
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Entre as cinzas de um mundo em ruínas, uma soldada encontra uma carta que diz: Queime antes de ler. E assim tem início uma correspondência improvável entre duas agentes de facções rivais travando uma guerra através do tempo e espaço para assegurar o melhor futuro para seus respectivos times. E então, o que começa como uma provocação se transforma em algo mais. Um romance épico que põe em jogo o passado e o futuro. Se elas forem descobertas, o destino será a morte. Ainda há uma guerra sendo travada, afinal. E alguém precisa vencer.
É Assim que se Perde a Guerra do Tempo foi lançado pela Editora Suma em fevereiro deste ano e parecia uma história que tinha tudo para me conquistar. O livro foi muito aclamado pela crítica, vencendo importantes prêmios de literatura e se trata de uma ficção científica, onde duas agentes do tempo rivais se apaixonam em meio a uma guerra onde são peças chave para seus lados vencerem.
Porém, o livro não funcionou muito bem para mim. Pensei que por se tratar de um livro curto, com pouco menos de 200 páginas, seria uma leitura rápida, mas não foi bem assim. Os autores quiseram ambientar o leitor em sua trama, descrevendo detalhadamente alguns cenários e ações que deveriam fazer algum sentido, mas não fizeram. Eu li várias palavras sem conseguir captar seu real significado ou seu contexto dentro da trama.
Red e Blue são nossas protagonistas. Sua aproximação se deu por uma tentativa de pregar uma peça, com uma carta que começava com “queime antes de ler”. A partir disso, o romance se torna uma narrativa epistolar, com cartas trocadas entre as duas inimigas, onde dividem um pouco de suas vidas, anseios e sonhos. Esse câmbio de informações logo cria um laço entre as duas, que não demora a virar amor.
Não sei bem qual o papel das duas dentro da tal guerra do tempo, mas é evidente que seus lados as consideram de suma importância para a vitória. Logo, qualquer suspeita sobre essas cartas trocadas poderia ser considerado uma enorme traição e acabar com essa relação antes mesmo de começar. Acho que esse conflito, esse perigo iminente, foi o que me prendeu ao livro, pois torcia por um final feliz para Red e Blu. Não fosse por isso, teria abandonado a leitura antes da metade.
A edição da SUMA é um dos pontos mais positivos do livro. O exemplar físico é em capa dura, num tom lindo de azul. A diagramação é bem trabalhada, com ilustrações lindíssimas e as páginas das cartas bem decoradas, com ramos para Blue e circuitos para Red, transparecendo a essência das personagens.
Em resumo, este foi um livro que não funcionou para mim. Talvez eu não estivesse no momento certo para esta narrativa ou tenha esperado demais do livro, mas não consegui gostar. Espero que os leitores mais fiéis do gênero gostem desta obra e se encantem pela história de amor proibido de Red e Blue.
Nenhum comentário
Postar um comentário