30 maio 2020

Resenha - Disputa Irresistível, Vi Keeland


Livro: Disputa Irresistível
Autor(a): Vi Keeland
Editora: Essência
Páginas: 136
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora

Bennett Fox entrou na minha vida em uma manhã infernal de segunda-feira. Eu estava atrasada para o primeiro dia em meu novo emprego: um trabalho pelo qual eu teria que batalhar, por causa de uma inesperada fusão. Enquanto carregava meus pertences para o meu novo escritório, recebi uma intimação para comparecer ao estacionamento. A policial de trânsito tinha multado uma longa fila de carros - exceto pelo Audi estacionado na minha frente, que por acaso era da mesma marca e modelo do meu. Irritada, decidi presenteá-lo com minha multa. Provavelmente o dono pagaria sem nem se questionar. Porém, acidentalmente, quebrei o limpador de para-brisa enquanto deslizava o bilhete para a janela do carro. As coisas só começaram a melhorar quando encontrei um homem lindo no elevador. Tivemos um desses breves momentos que só acontecem nos filmes. Você sabe do que eu estou falando... Seu corpo se acende, fogos de artifício explodem e o ar ao seu redor crepita com eletricidade. Talvez o novo trabalho não fosse tão ruim assim. Ou pelo menos foi o que eu pensei, até eu entrar no escritório do meu novo chefe e conhecer meu concorrente. O homem do elevador era agora meu inimigo. Seu olhar não tinha sido por causa de qualquer atração mútua. Foi porque ele me viu vandalizar seu carro. E agora ele não podia esperar para aniquilar sua rival.

Deve ter uma maneira melhor de começar um dia de trabalho, que não envolva ter o carro vandalizado por um desconhecido ou ganhar uma multa de estacionamento que não é sua. Talvez, não chegar atrasado para uma reunião com o chefe, onde seria apresentado ao adversário pela vaga de Diretor Criativo da nova empresa fosse o ideal. Mas se Annalise O’Neil pudesse escolher uma única coisa para mudar naquela manhã, seria que os desconhecidos continuassem anônimos.

A fusão de duas empresas sempre tem um início caótico. Para Annalise e Bennet Fox, a boa notícia é que nenhum deles perderia o emprego. A ruim, é que um dos dois precisaria se mudar para o Texas. A dinâmica proposta pela diretoria é simples. Cada um irá apresentar seu plano de marketing para três potenciais clientes, quem for escolhido mais vezes, fica na cidade.

17 maio 2020

Resenha - Segredo de Justiça, Andréa Pachá

Livro: Segredo de Justiça
Autor(a): Andréa Pachá
Editora: Intrínseca
Páginas: 272
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Livro cedido através da parceria com a editora
Relançamento da obra de Andréa Pachá que deu origem à série Segredos de Justiça, do ’Fantástico
A vida não é justa e a felicidade não é um direito. Os anos passados na Vara de Família forjaram não apenas essas constatações na trajetória de Andréa Pachá, mas também proporcionaram uma miríade de histórias, de “dores tão parecidas e tão desiguais”. Com sensibilidade, a juíza reúne narrativas ficcionais baseadas em duas décadas de experiência em mediações dos mais diversos conflitos em família. A honestidade com que os casos são expostos e a vulnerabilidade que emana a cada página despertam em nós uma identificação imediata e são um convite para quem deseja entender mais de si mesmo através dos dramas e das alegrias do outro. Relançada agora pela Intrínseca, a obra conta com nova capa e projeto gráfico, além de prefácio assinado por Ana Maria Machado.

Quando alguém se apaixona, é lançado no olho de um furacão de sonhos e expectativas. Esperamos ser amados até em nos nossos piores dias e torcemos para que os momentos felizes sejam eternos. Para muitos o final feliz se concretiza, mas outros vêem suas vidas seguindo um roteiro pouco característico dos contos de fadas modernos. Eles se tornam obstinados em busca da justiça que faltou em suas vidas. Ahh, se soubessem que justiça e felicidade não são garantidos a ninguém.

Através dos olhos de uma Juíza real, encontramos personagens fictícios que desfilam por seu tribunal. É triste, não tem como não ser. Uma dose de realidade que nos mostra a evolução da sociedade nos últimos anos e a transformação que isso causou nos relacionamentos familiares.

15 maio 2020

Resenha - Um Romance para Fernanda, Barbara Sá


Livro: Um Romance para Fernanda
Autor(a): Barbara Sá
Editora: Increasy
Páginas: 107
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Quando um pop-up apareceu na tela do computador com uma oportunidade imperdível de viagem para a Chapada Diamantina, Fernanda entendeu que era um sinal dos céus. A jovem autora estava em cima do prazo para entregar seu manuscrito para uma grande editora e não conseguir escrever mais nenhuma linha do livro roubava seu sono. Passar 10 dias no meio do mato parecia a saída perfeita para os seus problemas, ainda mais quando o pacote de viagem incluiu Rômulo, o dono da pousada.
Fernanda está prestes a descobrir que os prazeres da Chapada vão muito além da conclusão do romance de seu livro.


Fernanda é uma escritora de romance sensual lidando com o maior pesadelo de um autor: o bloqueio criativo. Como se não bastasse a pressão em terminar sua história antes do prazo determinado pela editora, sua concentração prometia ir para o ralo com a chegada dos bloquinhos de Carnaval do RJ. Não havia solução, seu tempo estava escasso, no entanto, as páginas de seu manuscrito permaneciam em branco. Ela precisava de uma mudança de ares, e quem sabe uma viagem para a Chapada Diamantina seria a chance perfeita para tal inspiração.⠀

13 maio 2020

Resenha - Minha Sombria Vanessa, Kate Elizabeth Russell


Livro: Minha Sombria Vanessa
Autor(a): Kate Elizabeth Russell
Editora: Intrínseca
Páginas: 272
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Livro cedido através da parceria com a editora
Elogiado por Gillian Flynn e considerado um dos grandes livros de 2020, o romance de estreia de Russell explora as dinâmicas psicológicas de um relacionamento entre uma adolescente e seu professor. Em 2000, Vanessa Wye é uma estudante solitária de ensino médio. Talentosa e com o sonho de ser escritora, Vanessa diz não se importar de ficar sozinha, principalmente quando seu professor de inglês, Jacob Strane, um homem de 42 anos, começa a prestar atenção nela, elogiando seu cabelo, suas roupas e lhe emprestando alguns de seus livros favoritos ― como Lolita, de Nabokov. Antes que Vanessa perceba, os dois embarcam em uma relação e a jovem acredita que o professor a ama e a considera especial. Mais de uma década depois, uma ex-aluna acusa Strane de abuso sexual, e Vanessa começa a questionar se o que viveu foi realmente uma história de amor ou se não teria sido ela também uma vítima de estupro. Mesmo depois de tantos anos, Strane ainda é uma presença constante em sua vida. Como ela seria capaz de rejeitar o que considera seu primeiro amor? Alternando entre presente e passado, o livro justapõe memória e trauma ao entusiasmo de uma adolescente descobrindo o poder do próprio corpo. Instigante e impossível de largar, o livro retrata com maestria a adolescência conturbada e suas consequências, para refletir acerca de liberdade, consentimento e abuso. Escrito com intimidade e intensidade assustadoras, Minha Sombria Vanessa capta brilhantemente os costumes culturais em transformação que guiam nossos relacionamentos e a própria sociedade.


Vanessa Wye é uma aluna do segundo ano do ensino médio, em um conceituado colégio interno. A ideia de que naquele lugar ela seria descolada e cheia de amigos nem chegou a se concretizar, mas agora ela estava literalmente sozinha. A estranha, como sempre. Sua ex-melhor amiga a trocou por um novo namorado e agora a única pessoa que parece enxergá-la é seu professor de literatura.⠀
Ele reparou na cor do seu cabelo, acreditou no seu potencial de escritora e acariciou o seu joelho quando ninguém mais estava olhando. Jacob Strane tinha 42 anos quando deixou uma adolescente vinte e sete anos mais nova acreditar que exercia algum poder sobre ele. E o que pode ser mais viciante do que inflar o seu ego com algo proibido?

11 maio 2020

Resenha - O Homem da Casa 7, Mariana Cardoso


Livro: O Homem da Casa 7
Autor(a): Mariana Cardoso
Editora: Autopublicação
Páginas: 238
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Frederick Hall, um professor aposentado e rejeitado pela cidade em que vive, é o único amigo de quatro adolescentes solitários. Quando Fred morre em circunstâncias suspeitas, cada um dos quatro recebe um pedaço de carta que os reúne. Juntos descobrem que o professor deixou enigmas para serem desvendados e segredos para serem descobertos. O Homem da Casa 7 é uma história sobre luto, amizade, conhecimento e, principalmente, sobre o poder transformador da empatia.



Frederick Hall é um professor aposentado que reside em uma solitária casa de porta vermelha em Tenebras, uma cidadezinha onde os costumes e posição social possuem mais peso que a própria lei. Apesar de bondoso, Fred é considerado uma aberração, simplesmente por não se adequar as tradições arcaicas e preconceituosas impostas pela comunidade. Ele é excluído por todos, mas a amizade que compartilha em segredo com quatro adolescentes faz tudo valer a pena.

Liz, Jay, Archie e Juno possuem histórias de vida distintas, e apesar de não se conhecerem, há algo que os conecta: Os sonhos e paixões reprimidas pela família e pelas circunstâncias. Eles são solitários e inseguros, e é somente na casa de número 7 que encontram a oportunidade de serem mais do que o planejado por seus pais, de se sentirem ouvidos, aceitos e amados.

Quando Frederick morre de forma suspeita, os quatro adolescentes recebem um pedaço de carta que os reúne. Juntos, embarcarão em uma jornada repleta de enigmas, segredos e mistérios. Qual teria sido o último presente de Fred para seus amigos? É o que descobriremos ao longo da história.

Narrada em terceira pessoa e alternando entre as perspectivas de cada personagem, Mariana Cardoso entrega ao leitor uma aventura leve e fluida sem deixar de inserir assuntos importantes, tais como a busca por aceitação, amizade, injustiça, preconceito e luto.

O cenário criado pela autora, apesar de fictício, em muito se assemelha a sociedade que conhecemos: preconceituosa, que exclui, julga e rotula. Ler a obra e não se sentir um pouquinho impotente é impossível, mas acompanhar as lutas e desconstrução desses jovens me encheu de uma esperança acalentadora. De que seriam eles a faísca que faria a revolução em suas casas e na comunidade.

Tocante, reflexivo e envolvente, O homem da casa 7 é uma história emocionante sobre empatia, gentileza, quebra de padrões e do poder transformador do amor, próprio e fraternal.

09 maio 2020

10 Livros Favoritos com Temática LGBT

Se me perguntassem o gênero que mais me ensinou o significado de empatia nos livros, eu responderia sem pensar que foram os livros LGBT.

Quando nos colocamos no lugar do outro e entendemos os preconceitos e lutas diárias que precisam enfrentar dentro e fora do âmbito familiar, simplesmente por serem quem são, nossa compreensão muda. É quando evoluímos como ser humano e sociedade.

E por isso, foi um prazer quando a mybest Brasil novamente me convidou para falar dos meus 10 livros favoritos com temática LGBTQI+. Foi um artigo que escrevi com muito carinho e com o peito transbordando de emoção. Espero que gostem dessa nova seleção, e claro, que essa lista os incentive a ler ou conhecer mais obras do gênero.

Para conferir o artigo completo, basta clicar aqui.



05 maio 2020

Resenha - Deixei meu coração em modo avião, Fabíola Simões


Livro: Deixei meu coração em modo avião
Autor(a): Fabíola Simões
Editora: Faro
Páginas: 272
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
“Hoje é o dia para você não alimentar expectativas, nem tentar controlar o que não pode, ou se culpar por aquilo que não depende só de você. Desligue o wi-fi do seu coração” Neste livro, a autora do blog “A soma de todos os afetos” mostra porque arrebata seguidores pelas redes sociais. São mais de 2,5 milhões de fãs no Facebook e mais de 150 mil no Instagram. Com crônicas que abordam os amores e as dores da vida real, Fabíola reflete sobre a importância de levarmos uma vida mais leve, de não se cobrar perfeição, de descansar entre momentos apressados, ser gentil com os outros e consigo mesmo. “Deixei meu coração em modo avião. Hoje não quero criar expectativas, controlar o que não posso, me culpar por aquilo que não depende só de mim.” Através do olhar doce e observador, Fabíola reflete sobre como podemos aprender a esperar o momento de agir, da dor amenizar, da ferida sarar e da saudade deixar de doer. Este livro fala ao coração de uma forma única e especial e faz um convite, deixar o coração se acalmar e esperar que a vida te surpreenda.


Ler crônica ou poesia é algo totalmente fora da minha zona desconforto, mas tenho curtido cada vez mais essa experiência. E como boa canceriana, fui logo capturada pelo título do livro. Não conhecia a autora ou o seu blog, mas já me tornei mais uma fã! Atenção, esse não é um livro para ser devorado e sim, apreciado lentamente. Ele é dividido em quatro partes, onde os assuntos acabam se agrupando, e no final, todos se conectam. Ter esse conhecimento pode mudar totalmente sua experiência com a leitura, afinal, nossas necessidades mudam constantemente.

Começamos com o autoamor. Muitas pessoas tem um medo absurdo da solidão (eu inclusive), mas por que não podemos apreciar a nossa própria companhia? Pulamos de um relacionamento para o outro, hora se agarrando a amores, outras nos dedicando aos amigos e, pior, quase sempre ligados a tela de celular. A autora nos incentiva a desacelerar, a nos conectarmos com nós mesmos.

E quando desaceleramos, olhamos com mais cuidado ao redor, nos abrindo para os sinais que o mundo nos dá. Uma troca de olhar, um bom dia entusiasmado.. mas cuidado! Não confunda educação com paixão e nem aceite migalhas de quem deveria te oferecer o mundo. Essa parte fala sobre reciprocidade, seja do outro ou do mundo, e a importância dessa pequena atitude.

Com o terreno, vulgo: coração, preparado, a autora te leva a refletir um pouco mais fundo. Fala de amizade, empatia também sobre negatividade. De como é importe manter conosco pessoas que nos apoiam e valorizam. Afinal, se for para ouvir besteira, é melhor se afastar, né?

Alguns textos podem te tocar mais do que outros, mas aposto que você se identifica com a mensagem final: a felicidade se encontra nas coisas simples da vida.

Deixei meu coração em modo avião é uma dose homeopática de realidade para uma geração tão conectada e, ao mesmo tempo, tão sozinha.



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