24 janeiro 2022

Resenha - Salto Quinze e Minissaia, Carol S. Wahl



Livro: Salto quinze e minissaia
Autor(a): Carol S. Wahl
Editora: Independente
Páginas: 147
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Isso não é apenas uma história de amor. É a história de uma jovem, que precisou amadurecer rápido.... Que precisou se perder, para não perder seus sonhos.... Que ama sua irmã acima de tudo, e por ela é capaz de tudo.... Que fechou seu coração, e não quer de maneira alguma, abri-lo. Mas você vai encontrar amor nessa história. Amor entre irmãs, entre amigos e entre um homem e uma mulher. E assim como Luana, você vai se apaixonar.


Desde muito cedo, Luana precisou lidar com perdas difíceis, escolhas dolorosas e preconceito. Em um intervalo curto de tempo, ela perdeu tudo, se viu presa em uma armadilha do destino e responsável pela criação da irmã mais nova. No meio do caos que se transformou sua vida, a jovem que sonhava em cursar psicologia se viu sem saída. Ela precisava tomar uma decisão que talvez modificasse de forma irreversível quem ela era, mas independente do que precisasse enfrentar, Lua faria de cabeça erguida e garantiria um futuro melhor para si e para sua irmã.

Quando fui convidada para ler Salto quinze e minissaia de longe imaginei o que encontraria nessa obra. A sinopse do livro entrega muito pouco, o que é ótimo, pois logo nas primeiras páginas somos surpreendidos com um turbilhão de acontecimentos na vida da mocinha que protagoniza a obra, o que nos faz considerar quais seriam nossas escolhas ao lidar com aquele cenário de dor, perda e falta de amparo.

Luana é uma protagonista muito forte que precisará amadurecer cedo e lutar por sua própria sobrevivência enquanto enfrenta uma sociedade machista e opressora. A vida não irá facilitar para a garota, mas em seu caminho aparecerão pessoas dispostas a enxergá-la por inteiro, independente de sua “‘casca” e de sua escolha de vida. Embora o livro seja curto, a autora consegue desenvolver a trama de maneira a nos fazer refletir sobre julgamentos alheios, afinal, é muito fácil estar nos bastidores criticando quando na verdade não imaginamos os motivos do outro.

Com uma escrita direta e fluida, @autoracarols.w entrega ao leitor uma obra que pode causar certo incomodo, não pela trama em si, mas por nos lembrar que nem sempre a realidade é bonita, fácil e justa.

Muito mais do que falar da história de uma jovem que precisou se perder para encontrar seu caminho, Salto Quinze e Minissaia é sobre sororidade, empatia, lealdade e amor. Não o romântico, mas o amor capaz de enfrentar todo e qualquer tipo de obstáculo para proteger e criar oportunidades para aqueles que nós amamos.

20 janeiro 2022

Resenha - Entrevista com a Morte, Julia Giarola Andrade



Livro: Entrevista com a Morte
Autor(a): Julia Giarola Andrade
Editora: Coerência
Páginas: 181
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Guy Standing é um renomado apresentador, mas se manteve afastado das telas após o suicídio de seu filho. Depois de meses sem aparecer em público, ele volta ao seu antigo estúdio, motivado pelo seu agente, Nate, para preparar a entrevista do século. Juntamente com uma equipe de filósofos, sociólogos e teólogos, o apresentador enfrentará um dos maiores desafios de sua existência, já que terá de encarar seus próprios fantasmas, pois a pessoa a quem entrevistará é a personificação da Morte.


Se você tivesse a oportunidade de entrevistar a morte, você o faria? Qual seria sua primeira pergunta?

Na obra de Julia Giarola conheceremos Guy Standing, um renomado apresentador de televisão que vê o encanto pela própria existência se esvair após o suicídio de seu único filho. À partir da experiência traumática de não conseguir salvar seu menino, Guy se afasta das telas, desiste de seu casamento e se entrega completamente ao luto e a culpa. Até que meses após o acontecido Guy é convocado para retornar ao seu antigo estúdio e conduzir uma das entrevistas mais chocantes que o mundo já viu, ele entrevistará a personificação da Morte.

O mundo parou com a chegada da entidade na Terra. Não apenas pelo medo e curiosidade em relação ao desconhecido, mas pelo fato de que sua presença entre os humanos cessou toda e qualquer morte. O caos logo começa a ganhar forma com delitos, furtos e a maldade humana, enquanto grupos religiosos tentam a todo custo combate-la. Nesse meio, Guy busca compreender seu papel nessa situação, ao mesmo tempo em que precisa confrontar seus medos mais sombrios. Por que a morte o escolheu? Será essa sua chance de encontrar as respostas que ele precisa tão desesperadamente?

Raiva, depressão e luto são os temas centrais dessa obra que conversa com o leitor em cada linha, seja pelo quadro angustiante ao qual o protagonista se encontra ou pela forma como as pessoas o julgam, mascarando seus ataques como preocupações pela sua demora em reagir ou se reerguer.

É impressionante como a autora conseguiu em pouco mais de 150 páginas construir um enredo poeticamente original, responsável e instigante, e ainda assim trazer reflexões pertinentes e necessárias enquanto nos convida a conhecer a profundidade da perda de Guy.

Muito mais do que falar da dilacerante dor do luto, a obra fala sobre libertação. Não apenas das culpas que impõem sobre nós, mas daquelas que nós mesmos abraçamos quando no fundo nada do que fizéssemos bastaria para mudar o resultado final.

Que você se liberte do peso da culpa de tudo aquilo que estava longe de seu alcance!

Dizem que todo século tem sua imagem. Está é essa imagem. A profundidade da perda. A epidemia da tristeza. A poesia da morte.


 

18 janeiro 2022

Resenha - A Lua no Terreiro, Maria Dolores



Livro: A Lua no Terreiro
Autor(a): Maria Dolores
Editora: Penalux
Páginas: 189
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Recém divorciada, workaholic, Beatriz abandona a carreira bem-sucedida de executiva em uma grande empresa e se muda com os dois filhos para um sítio no interior, à fim de fugir da pandemia da Covid-19. Lá, conhece dois homens octogenários e um segredo guardado por setenta e dois anos. No dia a dia no campo, Beatriz empreende uma jornada de descobertas e repensa toda a sua vida. O que, afinal, é mais importante? Uma história sobre escolhas, perdas, impotência, aceitação e, sobretudo, amor.



Pandemia, maternidade e redescoberta pessoal são alguns dos elementos que compõem A Lua no Terreiro, romance de Maria Dolores lançado pela @editorapenalux que retrata de forma sensível e reflexiva esse período de isolamento, medo e angústia ao qual compartilhamos.

Nessa obra conheceremos Beatriz, uma mulher de 41 anos recém-divorciada, mãe de dois filhos pequenos e com uma carreira bem sucedida como executiva de uma empresa. A verdade é que Beatriz é uma workaholic e sempre colocou o emprego acima de tudo e de todos, mas assim como nós, ela precisará se readaptar e enfrentar os horrores e a incerteza que a pandemia trouxe, o que exigirá uma nova estratégia em sua vida.

09 janeiro 2022

Resenha - Sira, María Dueñas



Livro: Sira (Sira #2)
Autor(a): María Dueñas
Editora: Planeta
Páginas: 480
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Livro cedido através da parceria com a editora

"Em Sira, María Dueñas traz de volta essa personagem que cativou milhões de leitores no mundo, e ela retorna não mais como uma costureira inocente, mas sim com a força inabalável de uma mulher que fará o que for preciso para atingir seus objetivos. Depois dos horrores da Segunda Guerra, o mundo começa a se reerguer lentamente. Sira, depois de concluir suas funções como colaboradora do Serviço Secreto Britânico, só consegue pensar em uma coisa: paz. Mas nem tudo é tão simples.
Um trágico acontecimento colocará os planos de Sira em xeque, e, mais uma vez, ela terá que tomar as rédeas de seu próprio destino e buscar em si a coragem e as forças para seguir lutando. Entre perdas e reencontros, participando de momentos históricos em lugares como Jerusalém, Londres, Madri e Tánger, Sira Bonnard – antes conhecida como Arish Agoriuq e Sira Quiroga – irá correr riscos inimagináveis, a fim de garantir um futuro tranquilo para seu filho. "

Quando ouvimos os ditados como “o mundo é pequeno” ou “o mundo dá voltas” não os imaginamos em sentido literal, não é mesmo? Em Sira, obra homônima à protagonista conhecida outrora em “O tempo entre costuras“, podemos até mesmo vibrar com algumas reviravoltas que o mundo e o tempo dão. O momento certo chega e cobra seu preço!

Sira Quiroga, uma distinta e simplória ajudante de costureira torna-se dona de ateliês de alta costura tendo como clientes esposas de oficiais alemães durante a guerra. É claro que entre linhas, pespontos, tecidos e máquinas há algo muito além que o simples fato de coser peças esplendorosas. De Madrid a Tetuán, Tânger, Londres e Palestina nossa personagem passa por peripécias e intempéries as quais a torna uma mulher segura de si e capaz de lutar com unhas e dentes por aquilo que lhe é mais precioso.

08 janeiro 2022

Resenha - Uma princesa em Tóquio, Emiko Jean


 
Livro: Uma princesa em Tóquio
Autor(a): Emiko Jean
Editora: Seguinte
Páginas: 312
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Livro cedido através da parceria com a editora

Nesse conto de fadas contemporâneo, uma jovem atravessa o mundo em busca de pertencimento e um final feliz. Izumi Tanaka nunca sentiu que pertence ao lugar onde vive. Afinal, ela é uma das únicas garotas com ascendência japonesa em sua cidadezinha natal, no norte da Califórnia. Criada apenas pela mãe, as duas sempre foram muito unidas – até Izzy descobrir que seu misterioso pai é ninguém mais, ninguém menos do que o príncipe herdeiro do Japão. O que significa que Izumi é literalmente uma princesa. Não demora muito até a família imperial japonesa ir atrás de Izzy e ela partir em uma viagem para Tóquio. Em meio a confusões com um jovem guarda-costas mal-humorado (apesar de lindo!) e com primos envolvidos em diversas polêmicas, a garota vai perceber que a vida da realeza está longe de ser só glamour. E, enquanto tenta conhecer o pai, talvez acabe encontrando a si mesma.
Izumi Tanaka é uma jovem adolescente que nunca se sentiu parte de onde vivia. Ela vive com a mãe e a única coisa que sabia sobre o pai eram as histórias que sua mãe contava sobre ele. Um dia, ela e sua melhor amiga encontram um livro, onde possuía uma dedicatória com um nome que Izumi não conhecia.

Até que ela e Noora decidem pesquisar esse nome e veem uma foto do príncipe herdeiro do Japão, que, por acaso, é o pai de Izumi. A garota decide confrontar sua mãe e acaba descobrindo a verdade. Sim, ela é filha daquele homem, o que faz dela uma verdadeira princesa.

07 janeiro 2022

Resenha - The Dare, Elle Kennedy



Livro:
 The Dare (Briar U #4)
Autor(a): Elle Kennedy
Editora: Paralela
Páginas: 317
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Livro cedido através da parceria com a editora

A faculdade devia ser a chance de abandonar meu complexo de patinho feio e me tornar um lindo cisne. Em vez disso, fui parar em uma irmandade cheia de meninas malvadas. Já está sendo difícil me enturmar, então, quando minhas irmãs da Kappa Chi propõem um desafio, eu não posso dizer não. A missão: seduzir o mais novo (e gato) jogador de hóquei da Briar. Todo mundo conhece Conor Edwards. Ele está em todas as festas de fraternidade, e na cama de todas as meninas. É do tipo que você se apaixona antes de perceber que ele nunca olharia para você. Mas o sr. Popular me surpreende -- em vez de rir de mim, ele me acompanha até o quarto e finge que estamos nos pegando. Por incrível que pareça, agora ele quer continuar fingindo. Conor adora um joguinho e acha que vai ser divertido enganar as meninas da Kappa. Mas resistir ao seu charme de surfista é quase impossível, e estou começando a desconfiar que ele tem muito mais a oferecer do que seu fã-clube imagina. O problema é que eu sou péssima nessas brincadeiras. E quanto mais tempo esse jogo bobo durar, maior o perigo de tudo isso explodir na minha cara.

Paz, recomeço, libertada. Taylor chegou na Briar esperando que aquele fosse o seu momento. E Tem lugar melhor para curtir a universidade do que estando em uma fraternidade? A Kappa é uma das melhores do campus, mas isso não a exime de aceitar pessoas odiosas. Quando foi desafiada a levar o recém chegado jogador do time de hóquei pro quarto, o intuito era obvio: fazer com que ela se sentisse humilhada. Até poderia ter dado certo, se Connor não tivesse topado entrar no jogo dela para enganar a irmandade.

Começou com uma mentirinha divertida, mas todo mundo já sabe no que isso vai dar. Eles vão se conhecer melhor, e com isso apresentam suas histórias ao leitor.

Taylor é inteligente, sexy, ama seu trabalho, mas sua aparência a deixa totalmente insegura. Não é fácil ser plus size no meio de tantas Barbies, mas a questão vai muito mais fundo. Não que a narrativa tenha abordado a distorção de imagem da personagem (ou a origem disso) om a profundidade necessárias. Aliás, nenhum assunto foi aprofundado, não é uma característica desse tipo de história. Mas ele trás o assunto a tona, abre porta para discussão e isso é muito importante.

Connor é um amorzinho, daqueles que da vontade de guardar um potinho, mas também tem suas questões. Seu passado lembra muito o nosso presente e o mundo de aparência que nos cerca.

Elle Kennedy pretendia terminar a série Briar U no livro anterior, mas atendeu o apelo dos fãs ao criar a história de Connor. Não é o melhor livro da serie, mas eu gostei bastante. Me vi representada em muitos momentos e isso deixa um quentinho especial no coração.


05 janeiro 2022

Resenha - Jane Eyre, Charlotte Brontë



Livro: 
Jane Eyre
Autor(a): Charlotte Brontë
Editora: Zahar
Páginas: 768
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Livro cedido através da parceria com a editora

Muito à frente de seu tempo, a emocionante obra-prima de Charlotte Brontë confrontou os tabus da sociedade vitoriana, ao narrar com maestria a busca apaixonada de sua protagonista por uma vida mais significativa e menos convencional do que a oferecida às mulheres de sua época. Romance mais querido e famoso de Charlotte Brontë, Jane Eyre foi imediatamente reconhecido como obra-prima quando publicado em 1847. A história da órfã de temperamento forte e independente atravessando uma infância sofrida na casa da tia e em Lowood, onde é educada, cativa leitoras e leitores de todas as épocas. Ao romper com o passado em busca de autonomia, Jane emprega-se como governanta e apaixona-se pelo patrão sarcástico, descobrindo assim o amor – e, com ele, um segredo terrível. Pioneira na forma como constrói sua personagem feminina principal, abordando criticamente questões de gênero, sexualidade, religião e classe, Charlotte Brontë confrontou os tabus da época com este retrato inesquecível da luta de uma mulher por respeito e liberdade em seus próprios termos. "No fim estamos totalmente encharcados pela genialidade, a veemência, a indignação de Charlotte Brontë."– Virginia Woolf.


Eu me importo comigo. Quanto mais solitária, mais destituída de amigos, mais sem amparo eu estiver, mais vou me respeitar. 

De forma breve, o que eu posso dizer dessa leitura: mais uma obra que só faz aumentar minha admiração pela escrita das irmãs Brontë. Quanto mais eu leio, mais me apaixono.

A exemplo deste, são livros que nos apresentam personagens femininas fortes, em busca do seu lugar no mundo, questionando aspectos impostos pela sociedade da época, tanto que as obras foram publicadas sob pseudônimos, para ocultar o gênero das autoras, para serem aceitas por editoras.

“É uma pena que o melhor que podemos dar de nós nem sempre seja o suficiente."


Jane Eyre relata a vida e os obstáculos da nossa protagonista, da infância à vida adulta, sendo ela sincera, impetuosa e inteligente. O livro foi um grande marco por apresentar a mulher como um ser humano complexo, que era podada pela sociedade, em suas limitações domésticas, principalmente as mulheres da classe média.

Jane não se permite ser privada de sua liberdade, não aceita de forma passiva as restrições impostas por sua classe social e gênero e se apresenta uma personagem complexa que vai além da superficialidade definida pelos padrões de beleza, portanto, uma obra radical para o seu tempo (1847).

Não sou um pássaro e nenhuma rede pode me prender: sou um ser humano livre com vontade independente.

Além de contar com um enredo incrível, ao se saber sobre as questões históricas que envolvem o livro a magnitude desta obra só se intensifica. 




01 janeiro 2022

Resenha - Acorda pra Vida, Chloe Brown


 
Livro: Acorda Pra Vida, Chloe Brown (As Irmãs Brown #1)
Autor(a): Talia Hibbert 
Editora: Paralela
Páginas: 296
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Livro cedido através da parceria com a editora

Uma deliciosa comédia romântica que mostra que coisas incríveis podem acontecer se você se abrir à descoberta — de si mesmo e do mundo ao seu redor. Depois de quase ser atingida por um carro em alta velocidade, Chloe Brown se deu conta de que seu obituário seria um tanto entediante. Para reverter essa situação, ela decide montar uma lista de atividades necessárias para finalmente "acordar para a vida". Mudar assim não é nada fácil, mas, para sua sorte, Chloe encontra alguém que — mesmo a contragosto — pode ajudá-la nessa missão. Seu vizinho Red Morgan é um motoqueiro misterioso, que tem várias tatuagens e mais sex appeal que uma estrela de Hollywood. No entanto, um acordo leva Chloe e Red a se aproximarem e perceberem que suas primeiras impressões um do outro estavam erradas. E que, mesmo com traumas do passado e receios quanto ao futuro, o amor nunca perde a chance de surpreender.

Após quase sofrer um acidente fatal, Chloe Brown percebeu que se o pior acontecesse, teria deixado de vivenciar inúmeras experiências para alguém de sua idade e que seu obituário seria um tanto sem graça. Por esse motivo, ela decide fazer uma lista de coisas que precisa fazer e dessa forma acordar pra vida de uma vez por todas.

O que acontece é que Chloe tem fibromialgia, uma doença crônica que a limita devido às dores constantes que sente, motivo pelo qual a moça sempre se manteve longe de uma vida agitada. No entanto, após quase perder a vida, Chloe decide que quer ter mais história para contar e principalmente, viver novas experiências. E para a sorte da nossa protagonista, alguém muito próximo será a parceria ideal para riscar os itens dessa listinha de coisas à fazer.

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