25 novembro 2020

Resenha, Coraline - Neil Gaiman



Livro: 
Coraline
Autor(a): Neil Gaiman
Editora: Intrínseca
Páginas: 224
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora

Certas portas não devem ser abertas. E Coraline descobre isso pouco tempo depois de chegar com os pais à sua nova casa, um apartamento em um casarão antigo ocupado por vizinhos excêntricos e envolto por uma névoa insistente, um mundo de estranhezas e magia, o tipo de universo que apenas Neil Gaiman pode criar. Ao abrir uma porta misteriosa na sala de casa, a menina se depara com um lugar macabro e fascinante. Ali, naquele outro mundo, seus outros pais são criaturas muito pálidas, com botões negros no lugar dos olhos, sempre dispostos a lhe dar atenção, fazer suas comidas preferidas e mostrar os brinquedos mais divertidos. Coraline enfim se sente... em casa. Mas essa sensação logo desaparece, quando ela descobre que o lugar guarda mistérios e perigos, e a menina se dá conta de que voltar para sua verdadeira casa vai ser muito mais difícil ― e assustador ― do que imaginava. 



Quando Coraline mudou-se com os pais para a nova casa, ela não ficou muito feliz. O novo apartamento é uma antiga casa que foi dividida em vários blocos e os vizinhos são pessoas mais velhas e bem estranhas. Tendo os pais focados em seus respectivos trabalhos e sem nenhuma criança por perto para brincar, Coraline gosta de passar seu tempo explorando os limites da propriedade e o misterioso e antigo poço.

Ao explorar seu próprio apartamento, Coraline encontra uma porta misteriosa. Atrás dela tem apenas uma parede, que anteriormente levaria para outro cômodo da casa, como é mostrado à menina pela mãe. Porém, Coraline sente que há algo mais nessa porta e está prestes a tirar a prova.

Certo dia, ela sente a porta lhe chamando e, quando a abre, encontra um túnel escuro, que decide atravessar. Do outro lado, uma grande surpresa: um outro mundo, exatamente igual ao dela, mas com a exceção de que seus pais parecem querer muito sua presença lá e eles possuem botões no lugar dos olhos.

Coraline fica assustada num primeiro momento, mas a Outra Mãe tenta leva-la na conversa, mostrando-lhe que em sua Outra Casa as coisas seriam muito melhores. As melhores comidas, a melhor cama, os melhores pais... Pra ficar lá, Coraline só precisaria aceitar ter seus olhos substituídos por botões.

Com medo, a menina foge e encontra sua casa de verdade abandonada. Seus pais desapareceram sem deixar nenhum bilhete e a menina sabe que a Outra Mãe tem algo a ver com isso. Será Coraline corajosa para enfrentar este pesadelo para salvar seus pais?
Eu sou um grande fã da escrita de Neil Gaiman, um autor consagrado por obras como O Livro do Cemitério e Deuses Americanos. Há tempos eu tinha curiosidade em ler Coraline, mas depois de assistir a adaptação, fui deixando o livro passar. E aí a Intrínseca lançou esta nova edição maravilhosa que me convenceu a ler a obra o quanto antes.

Coraline, por incrível que pareça, foi escrito por Gaiman para sua filha, com a ideia de ser uma história infantil com uma lição de moral no final. Mas é claro que um autor como ele não conseguiria escrever simplesmente uma história fofa, sem alguns elementos macabros, haha.

Certamente o livro tem alguns indícios de ser voltado para o público infanto-juvenil, mas eu, um adulto já formado, fiquei com medo em algumas partes. A animação inspirada neste livro é muito bem feita, mas é um dos poucos filmes que já me deu pesadelos. Com o livro não seria diferente...

A escrita de Gaiman é bastante fluida. O livro tem pouco mais de 200 páginas, então a leitura foi bastante rápida. A narrativa é feita em terceira pessoa, acompanhando Coraline. Amei este estilo de perspectiva e achei que combinou muito com o clima do livro.

A nova edição da Intrínseca está simplesmente incrível! O livro conta com capa dura, corte das páginas em roxo e ilustrações de Chris Riddell. O projeto gráfico está sensacional e a diagramação muito bem trabalhada, com o texto bem espaçado e a fonte grande.


Em suma, Coraline é um livro fluido, envolvente e muito bem escrito, que me cativou desde a primeira página. Já era fã de Gaiman, mas agora, mais do que nunca, quero ler tudo que o autor escreve. Garanto a vocês que vale muito a pena!

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