30 novembro 2022

Resenha - As Crianças Daquele Verão, Dot Hutchison




Livro:
 As Crianças Daquele Verão
Autor(a): Dot Hutchison
Editora: Planeta
Páginas: 304
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora

Quando a agente Mercedes Ramirez chega em casa, encontra uma cena assustadora: um garotinho coberto de sangue na sua varanda, agarrando um urso de pelúcia como se sua vida dependesse disso. Ela não tinha ideia de que aquele era só o começo de um dos casos mais difíceis de sua carreira. Segundo o garoto, um anjo havia assassinado seus pais, levando-o até Mercedes para que ela o mantivesse a salvo. Mas os pais dele não foram simplesmente mortos, e sim massacrados. Não será a última vez que a polícia encontrará uma cena do crime como aquela, já que o “anjo vingador” está fazendo justiça com as próprias mãos... e sua missão parece longe de acabar. Uma por uma, mais crianças chegam à porta de Mercedes, todas com a mesma história de terror. Cada uma delas é sobrevivente não apenas de um massacre, mas também possui histórico de traumas em um lar abusivo. E cada uma delas faz com que Mercedes se lembre de suas próprias cicatrizes.

 
Trabalhando a anos na Divisão de Crimes Contra Menores do FBI, a agente Mercedes Ramirez já trabalhou em muitos casos desafiadores, mas nunca se viu no centro de nenhum deles como agora.

Crianças ensanguentadas são deixadas na porta da sua casa por um anjo justiceiro, com a promessa de que nunca mais precisarão ter medo e que Ramirez as irá proteger. O sangue não era dos menores, mas de seus pais, que foram brutalmente assassinados. Uma depois da outra, em um intervalo de tempo cada vez menor, os menores chegam a sua procura.

Como parte envolvida, mesmo que involuntariamente, ela não pode atuar no caso. Mas o que fazer se ela é a única que consegue acalmar essas crianças? Meninos e meninas, de diversas idades e composições familiares... Todo o caso a faz reviver sua própria história e, um péssimo time do universo faz com que velhos fantasmas sejam despertados.

Esse é o terceiro livro da série The Collector, que trás a detetive Ramizes como protagonista. Apesar da leitura sequencial ser recomendada, ela não é obrigatória. Eu pulei o segundo livro e consegui acompanhar a história tranquilamente. Fiquei um pouco confusa no início, já que alguns personagens dos livros anteriores estavam presentes, mas logo a narrativa explica o que é essencial de se saber.

Apesar de ser um thriller policial, senti que o drama prevaleceu. Não é uma leitura fácil, já que aborda abuso e violência infantil. Ao final de alguns capítulos, existe uma narrativa formatada em itálico, que logo conseguimos ligar ao antagonista. Quem for muito sensível ao tema, sugiro que não leia esses trechos, pois são a parte com mais descrições.

Eu gostei da experiência com essa leitura. Li relativamente rápido, para uma temática que considero pesada, e não queria interromper a leitura depois que cheguei na segunda metade. Quero ler as futuras publicações da autora, mas para quem ainda não leu nada, recomendo fortemente que comece por Jardim das Borboletas.


27 novembro 2022

Resenha - O gato que amava livros, Sosuke Natsukawa


 
Livro: O gato que amava livros
Autor(a): Sosuke Natsukawa
Editora: Outro Planeta
Páginas: 240
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora

Uma história sobre encontrar a própria coragem, sobre cuidar de si e dos outros – e sobre o imenso poder da literatura. A livraria Natsuke era uma loja de livros usados quase fora da cidade. Quem passava por lá via estantes que iam do chão até o teto, abarrotadas das mais maravilhosas obras literárias. Rintaro Natsuki amava aquele lugar, erguido pelo trabalho do avô que o criou, com todo o seu coração – passou muitas horas felizes lendo o que desejava por aqueles corredores. A livraria era o refúgio perfeito para o garoto doce, porém recluso. Depois que o avô morre, Rintaro percebe-se só e arrasado: tudo indica que ele precisará fechar a livraria. É quando surge um misterioso gato malhado, de nome Tigre, que pede a ajuda do garoto. O gato deve encontrar um verdadeiro amante dos livros para acompanhá-lo em uma missão. A improvável dupla, então, enfrentará três aventuras mágicas para resgatar livros aprisionados, maltratados e abandonados. Fenômeno editorial no Japão, O gato que amava livros é uma história reconfortante sobre encontrar a própria coragem, sobre cuidar de si e dos outros – e sobre o imensurável poder dos livros.



Quando Rintaro Natsuki perdeu o avô, que era seu parente mais próximo, ele perdeu também aquele que o criou, amou e amparou quando sua  mãe veio a falecer. Agora ele se via sozinho, contando apenas com a ajuda de uma tia que conheceu no velório e uma livraria, conhecida como a livraria Natsuki.

Essa livraria era na verdade um sebo modesto e bem organizado que pertencia a seu avô, mas agora Rintaro precisaria se desfazer da livraria porque se mudaria para a casa da tia. No entanto, ele não queria deixar aquele lugar que tanto amava e que foi cenário de momentos felizes enquanto lia em seus corredores. A livraria era seu refúgio e um ponto de conexão com seu avó, e agora ele se via prestes a deixar aquele lugar para trás.

Certa noite depois de ter fechado o sebo, o garoto se deparou com um gato malhado, chamado Tigre, pedindo sua ajuda. Ele precisa resgatar livros nos labirintos e Rintaro um garoto solitário se vê em uma grande aventura onde vai precisar demonstrar seu amor por livros para resgatá-los.

Eu amei a história, porém tenho algumas ressalvas com a escrita que me incomodou um pouquinho. Apesar disso, o encanto da trama não se perdeu, pois a obra de Sosuke Natsukawa fala de livros e do amor pela leitura, além de conter dicas maravilhosas de leituras!

Concluindo, O Gato que amava livros fala sobre o quanto as pessoas querem tudo muito rápido, sobre não separarem tempo para apreciar um bom livro, e sobre essas histórias acabarem esquecidas. O que é triste por um lado, mas me fez pensar no tanto de instagram literário que tenho contato diariamente e a importância que eles trazem para as pessoas. São inúmeras oportunidades de conhecer livros novos, de encontrar pessoas que gostam de livros em comuns e muito mais. Fico tão feliz de pertencer a essa comunidade de leitores.




23 novembro 2022

Resenha - Turma da Mônica Jovem: Mudando o Jogo, Maurício de Sousa


 
Livro: Turma da Mônica Jovem: Mudando o Jogo (#1)
Autor(a): Maurício de Sousa
Editora: Milkshakespeare
Páginas: 96
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora


Sucesso de público e crítica, a série animada da Turma da Mônica Jovem, exibida e coproduzida pelo Cartoon Network, chega aos livros numa versão livro com ilustrações. Neste primeiro volume, são três histórias: um incrível torneio de games chacoalha as estruturas do bairro do Limoeiro, duas festas rivalizam a atenção da turma na noite em que a Superlua aparecerá no céu e o misterioso Rei dos Trolls faz ataques virtuais a todos os amigos da Mônica, que decide descobrir quem é ele.



Turma da Mônica Jovem: Mudando o jogo é o primeiro volume da série Turma da Mônica Jovem lançado pelo selo Milkshaspeare, da Faro Editorial. Aqui nós teremos três histórias da turminha mais amada do Brasil! 

A primeira é sobre um torneio de games e Cebola que é super competitivo, está pronto para participar com seu amigo Cascão. No entanto, Mônica não ficará para trás e vai treinar muito para participar desse torneio com sua parceira Magali. Quem sairá vitorioso deste desafio? Será que algum membro da nossa turma? 

Em A balada da Superlua, temos a história de uma festa badalada que está acontecendo no dia da superlua. Mônica decide dar uma festa nesse mesmo dia e logo ela irá descobrir com quem pode contar e qual o verdadeiro significado de ser amigo.

Na terceira e última história, temos o Rei dos Trolls e aqui falamos de um assunto bem sério. Uma página de internet foi criada para expor alunos e praticar bullying, gerando um grande desconforto e confusão entre os jovens. Será que nossos personagens conseguirão desmascarar o causador disso tudo?

Minha experiência com a turma da Mônica foi apenas na infância, mas fazia tempo que eu queria conhecer mais desses personagens vivendo a juventude. Será que mudaram tanto? E a resposta é sim e não! As características mais marcantes de cada um deles permanecem como lembramos, mas todos estão experimentando e descobrindo novos sentimentos, aprendendo novas lições e levantando questionamentos. Foi uma delícia acompanhá-los nessas novas histórias e me identificar com alguns sentimentos que também tive nessa fase. Terminei o livro em poucas horas e senti aquele gostinho da infância.


17 novembro 2022

3 MESES DE KINDLE UNLIMITED POR R$1,99

A promoção de 3 meses de Kindle Unlimited por R$ 1,99 voltou!

Para assinar, clique aqui



Aproveite 3 meses de Kindle Unlimited pagando apenas R$ 1,99 
● Tenha acesso ilimitado a mais de 1 milhão de eBooks.
● Explore nossa seleção de revistas.
● Leia em qualquer lugar e em qualquer dispositivo com o App Kindle.

10 novembro 2022

Resenha - Código Mãe, Carole Stivers



Livro: Código Mãe
Autor(a): Carole Stivers
Editora: Planeta Minotauro
Páginas: 288
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora

Em um mundo devastado e perigoso – em consequência da ambição e da violência da humanidade –, o que significa ser humano? Quais as fronteiras entre nós e as máquinas que criamos? E até onde iríamos para salvar nossas mães? O ano é 2049. O governo de uma grande nação mundial decide disparar uma arma biológica capaz de matar terroristas mesmo dentro dos mais inacessíveis esconderijos. Porém, nem tudo sai conforme os planos militares, e uma pandemia mortal se espalha pelo planeta. O destino parece certo: a total aniquilação da humanidade. E não resta muito tempo para que isso aconteça. Como último recurso a fim de garantir um futuro à espécie humana, cientistas e engenheiros se juntam para criar as Mães: enormes robôs, construídos para gerar em seus ventres crianças imunes ao agente mortal. Um código especial permitiria, além disso, que cada robô fosse único, singular, desempenhando o verdadeiro papel de mãe da criança sob sua responsabilidade. Anos depois, chega o momento de reunir as crianças sobreviventes. Mas, à medida que elas atingem a idade programada, suas Mães também se transformam – de maneiras imprevisíveis e aparentemente perigosas. Agora, cada uma dessas crianças deverá fazer uma escolha difícil: quebrar o vínculo partilhado com suas mães robóticas ou lutar com todas as forças para salvá-las?


O governo dos EUA criou uma arma biológica com o objetivo de encontrar terroristas onde quer que eles estivessem e acabar com o perigo que eles representavam. Contudo, eles perderam o controle dessa arma, que se transformou e causou uma pandemia que se espalhou pelo mundo e levou os humanos à beira da extinção.

Determinados a salvar a humanidade, um grupo de cientistas cria embriões geneticamente modificados e os implanta nas Mães, robôs programados para servirem como hospedeiros destes humanos e proteger seus “filhos” a qualquer custo, o chamado Código-Mãe.

Carole Stivers construiu uma narrativa muito fluida e envolvente, daquelas que você lê em uma sentada. Entrelaçando duas linhas do tempo, sendo a primeira com o início do “apocalipse” e a outra focada nas Mães, a autora se saiu muito bem em seu livro de estreia, me deixando completamente obcecado por essa história.

O livro possui vários personagens importantes para o desenvolvimento da trama, numa luta pela sobrevivência da raça humana. Mas grande parte da obra se foca em Kai, um dos embriões que nasceu de sua mãe robô, a Rho-Z. Acompanhar a busca dos dois pelas outras crianças foi bastante emocionante, principalmente vendo o afeto que Kai tinha pela mãe.

Por se tratar de uma obra de ficção científica, achei que Stivers daria mais ênfase para esse lado robótico, mas me surpreendi em quanto a autora bateu na tecla da humanidade. Em vários momentos ela abordou questões sobre a necessidade de se manter humano diante das adversidades e se colocar no lugar do próximo, além de todo o trabalho ao redor da maternidade.

Minha única ressalva é em relação a resolução de todo o conflito que foi rápida demais, mas de modo geral, Código-Mãe é um livro bem escrito, dinâmico, envolvente, com personagens cativantes e um enredo de tirar o fôlego. Os fãs de ficção científica vão se apaixonar por esse livro.





08 novembro 2022

Resenha - O Convite, Vee Keeland


 
Livro: O Convite
Autor(a): Vi Keeland
Editora: Essência
Páginas: 380
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora

Será que uma cinderela penetra e um príncipe não tão encantado conseguirão encontrar seu “felizes para sempre”? A primeira vez que eu encontrei Hudson Rothschild foi em um casamento. Eu tinha recebido um convite inesperado para a festa mais exclusiva da cidade, na qual ele era o padrinho – e também o homem mais lindo que eu já tinha visto. Ele me tirou para dançar e foi impossível negar: nós dois tínhamos uma química incrível. Eu sabia que não era uma boa ideia me envolver com ele, mas a nossa conexão foi instantânea, e não fui capaz de resistir. Porém, toda a diversão acabou abruptamente quando Hudson percebeu que eu não era quem dizia ser. Sabe aquele convite inesperado que recebi? Bem, na verdade ele não era para mim, e sim para a minha ex-colega de quarto que foi embora no meio da noite sem me falar nada. Eu achava que ela me devia uma noite cheia de luxos e que por isso merecia aproveitar a oportunidade. Mas, tecnicamente, eu estava de penetra no casamento. Assim que fui desmascarada, saí de lá o mais rápido possível, com o padrinho bonitão logo atrás de mim. Quando finalmente entrei num táxi, senti um alívio enorme – tinha escapado ilesa! Ou foi o que pensei. Até perceber que tinha esquecido meu celular na mesa. Consegue adivinhar quem achou?

 
Stella Bardot não deveria estar naquela festa. O convite foi endereçado para sua ex-colega de apartamento, que fugiu sem dar a menor satisfação e lhe devendo dinheiro. Então, esbanjar naquele casamento luxuoso lhe dava uma secreta satisfação. Tudo que ela precisava era ser discreta, para que não a descobrissem... Atrair a atenção do irmão da noiva certamente não se encaixava nesse objetivo.

O convite poderia ser uma comédia romântica, daquelas que passavam na sessão da tarde. A gente ri, se emociona um pouco, e em pouco tempo consegue captar exatamente o que vai acontecer. Essa formula clichê é a assinatura da Vi Kelaand e é exatamente por isso que gosto tanto da autora. Porém esse não foi um dos meus livros favoritos! Amei os protagonistas, mas o diversos detalhes me soaram forçados! Como uma noiva se torna a melhor amiga da penetra do seu casamento, DO DIA PRA NOITE? Mesmo que o pedido de desculpas tenha sido incrível, é bem estranho.

02 novembro 2022

Resenha - O Guardião de Nomes, Leonardo Garzaro


 
Livro: O guardião de nomes
Autor(a): Leonardo Garzaro
Editora: Rua do Sabão
Páginas: 476
Adquira: Amazon


Um romance elaborado em torno da primeira das atividades humanas: o nomear. Um barão e sua esposa disputam como deverá se chamar o sétimo e último filho. Um adolescente decide fazer de seu apelido o nome próprio e quer ser registrado como Remela. Um garimpeiro se indigna quando uma marchinha de Carnaval torna-o motivo de escárnio. E um anão planeja roubar a página onde seu nome foi grafado pela primeira vez. "O guardião de nomes" é, nas palavras da crítica literária Thais Rodegheri Manzano, “Uma explosão de criatividade em um romance barroco.”



O PODER DE UM NOME!

A esposa do barão Álvares Corrêa está grávida do sétimo filho e de acordo com um sonho profético, ela decide compartilhar com o marido seu desejo de nomear a criança. Acontece que o barão é senhor de uma vasta propriedade e faz questão de nomear tudo que germina em suas terras, escolhendo desde o nome dos filhos dos empregados até o nome de cada bezerro que ali nasce.

Conhecido como o Guardião de nomes e autoridade em suas terras, o barão acredita que a escolha de um nome está conectada com o destino de quem o recebe, definindo seu futuro e prosperidade. E é por isso que a escolha do nome do sétimo filho precisa ser perfeita, logo, ele desconsidera a decisão da esposa, iniciando um embate no casamento que durará toda a gestação e que acarretará em uma tragédia que manterá o leitor grudado nessa história até a última página.

Narrado em terceira pessoa, acompanhamos a ira do barão devido aos acontecimentos que se sucederam ao nascimento do sétimo filho. Envaidecido por suas conquistas, posses e títulos e consumido por sua cólera, ele decide não nomear a criança, negando-lhe uma identidade perante a sociedade e um lugar no seio familiar. E sem nome, o menino cresce esquecido por todos.

Mais que Livros - 2015. Todos os direitos reservados.
Tecnologia do Blogger.
Miss Mavith - Design with ♥