28 fevereiro 2017

Resenha - O eterno namorado, Nora Roberts


Livro: O eterno namorado (A pousada #2)
Autor(a): Nora Roberts
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
Adquira: Saraiva | Submarino
Livro cedido através da parceria com a editora
Tudo o que acontece na vida de Owen Montgomery é meticulosamente organizado em uma planilha ou lista de tarefas. No trabalho não é diferente, e é graças a sua obsessão por ordem que a Pousada Boonsboro está prestes a ser inaugurada – dentro do cronograma.  A única coisa que Owen jamais previu foi o efeito que Avery MacTavish teria sobre ele. A proprietária da pizzaria em frente à pousada sempre foi amiga da família e agora, enquanto vê em primeira mão a fantástica reforma pela qual o lugar está passando, também observa a mudança gradativa de seus sentimentos por Owen.  Os dois foram namorados de infância, e desde então tinham estado bem distantes dos pensamentos um do outro. O desejo que começa a surgir entre eles, porém, não tem nada de inocente e é impossível de ignorar.  Enquanto Owen e Avery decidem se render à paixão e levar seu relacionamento a um nível mais sério, a inauguração da pousada se aproxima e dá a toda a cidade um motivo para comemorar. Mas quando os traumas do passado de Avery batem à porta e a impedem de se entregar, Owen sabe que seu trabalho está longe de terminar. Agora ele precisa convencê-la a baixar a guarda e perceber que aquele que foi seu primeiro amor pode também ser seu eterno namorado.

ESSA RESENHA NÃO POSSUI SPOILER DO LIVRO ANTERIOR.
LEIA A RESENHA DE UM NOVO AMANHÃ.


Entre os irmãos Montgomery, Owen é o mais pragmático. Seu jeito sempre gera reclamações por parte dos irmãos, mas eles reconhecem a importância de sua obsessão para o bom funcionamento do negócio deles. Além disso, alguém precisa lidar com a burocracia e se Owen fica feliz em ser essa pessoa...

Após um ano de trabalho exaustivo, a Pousada Boonsboro está quase pronta e os detalhes finais exigem a atenção de todos os envolvidos. Apesar de gostar de por a mão na massa, Owen precisa se concentrar nos arranjos externos para que a pousada seja um sucesso e a barulheira de fim de obra não ajuda em nada. Como trabalhar de casa não seria pratico, ele decide pedir abrigo a uma velha amiga. Avery está tão ansiosa para a inauguração da pousada como qualquer outro morador da cidade e faz tudo o que está ao seu alcance pra colaborar. Seus esforços já incluíam carregar caixas e montar lustres em suas horas livres, por isso, ceder espaço em sua pizzaria para que Owen conseguisse trabalhar em paz não seria sacrifício nenhum.

Avery é uma cozinheira de mão cheia, ela se orgulha muito do que já conquistou com proprietária da Pizzaria Vesta, mas engana-se quem pensa que ela está satisfeita com o que já possui. Sua cabecinha de empreendedora não para nunca! Para todos, Avery é a alegria em pessoa. Determinada e impulsiva também são adjetivos utilizados para descrevê-la, mas quem a conhece bem, sabe que há um que de fragilidade escondida por debaixo dessa casca. Uma velha lembrança, em especial, tem o poder de abalar sua confiança sempre que remexida. Para o seu desespero, nem todos os fantasmas são tão amigáveis quanto Lizzy, e para exterminar esse da sua vida de uma vez por todas, o apoio de Owen será fundamental.

A leitura começou cheia de surpresas, já que eu não imaginava que a autora usaria o clichê dos opostos que se atraem. Por não ter lido a sinopse, achei que Owen ficaria com a gerente da pousada, já que ela é uma versão feminina dele. Então imaginem minha cara quando a histórica começou a abordar a Avery. Essas histórias de velhos amigos que acabam ficando juntos, principalmente quando eles já compartilharam uma história romântica antes, aquecem meu coração hiper romântico. Só que o tamanho da minha expectativa foi proporcional ao da minha decepção. A leitura terminou sem encantamento algum.

Lizzy, o fantasma que habitava as ruínas do que se transformou a pousada e que permaneceu por lá, continua bem presente na história. Eu curti ela no primeiro livro, apesar de um detalhe ou outro me desagradar, mas agora estou achando tão desnecessária. Lizzy acabou se tornando um trunfo para a autora, assim, ao invés de desenvolver determinado acontecimento, o fantasma da um empurrãozinho e pronto, tudo resolvido. A história da vida dela é legal? Sim, mas ela poderia continuar sendo uma coadjuvante né..

Com uma história linear e sem grandes acontecimentos, o ponto alto foram os momentos na pousada. Não costumo gostar muito de histórias com alto índice de descrição, mas aqui elas são extremamente necessárias. A Nora Roberts nos faz passear pelos corredores da pousada, pela temática de cada quarto e sério, como eu queria que esse lugar existisse de verdade. É perfeito demais! Para quem não sabe, a autora possui um pousada na vida real. Então eu fico me perguntando o quanto dessas experiências não são inspiradas em sua própria vida. Será a matriarca dos Montgomery seria ela mesma? Porque sério, além de proporcionar as melhores cenas, Justine tem um senso de decoração além no normal.

Os livros da série A Pousada contam as histórias de cada casal de forma fechada, isso quer dizer que você não precisa ler o anterior para entender a história daquele casal. Mas quer uma dica? Não façam isso! Apesar de ter histórias paralelas, a grande história dessa série é sobre o trabalho de uma família para construir uma pousada do zero e se você pegar ela fora de ordem, vai perder essa parte tão importante. A amizade entre eles, o amor... tudo isso é apresentado de forma contínua. O casal do primeiro livro continua tão presente quando em sua própria história e o casal que ainda se formará já deu alguns sinais do que pode acontecer.

O potencial desse livro foi totalmente desperdiçado, mas continuo achando que vale muito a pena acompanhar a série. Minha avaliação final vai sair quando eu finalizar a leitura de O Par Perfeito. Até lá, me contem o que vocês acharam dessa leitura.

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Valendo um exemplar de Princesa de Papel

6 comentários

  1. Eu tinha interesse em ler essa série, pois li uma trilogia da autora e amei, mas os comentários que li sobre ela é que não é tudo isso, então me desanimou um pouco. Gostei da Avery por ser alegre e determinada, deve conquistar o leitor fácil fácil, parece ser uma historia bem família e de união.

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  2. OI Dreeh.
    Eu achei o livro um tanto que clichê, porém fiquei muito mais muito curiosa, eu sou muito fã de romances de época e adoraria conhecer essa série, gostei de saber que o romance é fofo, também curto muito quando há um certo reencontro entre os casais, enfim lerei com certeza.
    bjs.

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  3. Oie, Dreeh! Eu tenho muita curiosidade em ler os livros da Nora, mas morro de medo de decepcionar... são as expectativas que nos atrapalham as vezes. Esse realmente não me deixou curiosa, desde a sinopse e com sua resenha desanimei ainda mais. O que é estranho pois estou bem viciada em romances ultimamente. A única parte que me deixou curiosa foi a existência da Lizzy, afinal, um fantasma deixa as coisas um pouco mais peculiares.
    Beijinhos
    Anna - Letras & Versos

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  4. Dreeh!
    A série anda bem cotada no mundo literário.
    Como gosto da autora (e muito...) gostaria de acompanhar essa série, mesmo que o livro tenha sigo um tanto 'desperdiçado', como comentou.
    E o que me deixou mais curiosa foi poder conhecer o fantasma que habita na pousada.
    “Não basta saber, é preferível saber aplicar. Não é o bastante querer, é preciso saber querer.” (Johann Goethe)
    cheirinhos
    Rudy

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  5. Ah mana livros que tem descrições excessivas tendem a me deixar entediada mas como entendo que se faz necessário pra desenvolver a história eu vou considerar. Até porque eu particularmente gosto dos livros da Nora Robert apresar de fazer muito tempo que não leio algo dela. Eu gosto quando não tem a necessidade de ler o volume anterior pra entender a história. Obrigada pela resenha.

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  6. Nora é Nora! E não seria preciso falar mais nada, já que a autora responde por si mesma. Só quem conhece as letras desta grande autora, sabe do que ela é capaz!
    O que eu fico com pé atrás, são séries longas demais, isso me irrita profundamente, porque acaba se tornando tudo repetitivo, sem grandes surpresas.
    Ainda irei conferir!
    Beijo

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