24 janeiro 2017

Resenha - O Martelo de Thor, Rick Riordan

 
Livro: O Martelo de Thor (Magnus Chase e os Deuses de Asgard #2)
Autor(a): Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Páginas: 400
Adquira: Saraiva | Submarino
Livro cedido através da parceria com a editora
Em A Espada do Verão, primeiro livro da série, os leitores são apresentados a Magnus Chase, um herói boa-pinta que é a cara do astro de rock Kurt Cobain. Morador de rua, sua vida muda completamente quando ele é morto por um gigante do fogo. Por sorte, na mitologia nórdica os heróis mortos vão parar em Valhala, o paraíso pós-vida dos guerreiros vikings. Lá, Magnus descobre que é filho de Frey, o deus do verão, da fertilidade e da medicina. Desde então, seis semanas se passaram, e nesse meio-tempo o garoto começou a se acostumar ao dia a dia no Hotel Valhala. Quer dizer, pelo menos o máximo que um ex-morador de rua e ex-mortal poderia se acostumar. Magnus não é tão popular quanto os filhos dos deuses da guerra, como Thor e Tyr, mas fez bons amigos e está treinando para o dia do Juízo Final com os soldados de Odin — tudo segue na mais completa paz sanguinolenta do mundo viking. Mas Magnus deveria imaginar que não seria assim por muito tempo. O martelo de Thor ainda está desaparecido. E os inimigos do deus do trovão farão de tudo para aproveitar esse momento de fraqueza e invadir o mundo humano.

ESSA RESENHA NÃO POSSUI SPOILER DO LIVRO ANTERIOR.
LEIA A RESENHA DE A ESPADA DO VERÃO.


Descansar. Isso tudo que Magnus Chase pretende fazer depois da batalha épica contra Fenrir, o Lobo. Acontece que a vida de um einherjar nunca se torna pacata, afinal de contas, sempre tem alguém querendo destruir o mundo.

Thor ganhou o Martelo Mjölnir de seu pai. Por ser a arma mais poderosa já vista (além de ter a melhor conexão de internet),  presume-se que ele seja extremamente cuidadoso com ela, certo? Só que não. Mais uma vez, o martelo está desaparecido e enquanto Thor se desespera por não conseguir atualizar suas séries existe algo pior que isso gente?, alguém precisa se preocupar em não deixar essa informação vazar. Ou melhor, alguém precisa se empenhar para recuperá-lo! Os gigantes não desistiram de seus planos e só não invadiram Midgard ainda por conta do martelo. Se eles souberem que o deus do trovão esta desarmado, as coisas podem ficar bem feias....

Samirah é bem enigmática quando o recruta para essa nova aventura, mas as informações não tardam a chegar. Aparentemente Loki fez um acordo com um gigante chamado Thrym, para que Samirah (que é sua filha) se case com ele. Ele diz que essa é a única maneira de recuperar o martelo, mas desde quanto Loki é uma pessoa confiável. Além disso, um novo filho(a) de Loki chega ao Hotel Valhala. Apesar de arisca, parece que ela não está a fim para causar problemas. De qualquer modo, é bom ficar de olho.

Magus e seus amigos irão correr contra o tempo para encontrar o martelo antes da data do casamento. A jornada será marcada por aliados inesperados e uma revelação preocupante. Será que todos estarão salvos no final?

Rick Riordan é aquele autor que, não importa o quanto suas obras sigam sempre a mesma fórmula, eu nunca vou cansar de ler. Fiquei muito empolgada com o primeiro livro dessa nova saga. O fato de conhecer uma nova mitologia me agrada muito, principalmente se o professor for Rick Riordan. Ele tem uma forma única de inserir esse conhecimento em suas histórias! Então, depois de concluir A Espada do Verão, eu estava muito ansiosa pela continuação. Apesar de não fazer ideia do que esperar dela...

Não vou dizer que me joguei no livro assim que abri primeira página. A leitura começou cheia de ação, mas estava faltando algo para me prender totalmente no livro. Pode ter sido uma consequência pela grave ressaca literária que eu estava enfrentando, mas arrastei bastante a leitura até me ver na situação de não conseguir mais largar o livro. Fiquei muito aliviada quando esse momento enfim chegou, não perder o interesse nessa série. Agora voltei a ser só amor ♥

Nosso narrador continua sendo o Magnus Chase, e era cada aperto que eu queria dar nele! A cada livro me encanto mais com seu jeito irreverente e a tendência a entrar em furadas. E o seu humor gente? Apaixonante. Aliás, os personagens são um dos pontos altos dessa série.

Vamos conhecer mais sobre o passado de do elfo Hearthston. Eu já achava ele uma graça, mas foi de cortar o coração saber tudo que ele passou em sua infância. Mas quem roubou de cena mesmo foi Alex. Ela se tornou uma einhenjar através de sua irmã Samirah e não ficou nada feliz com isso. O Alex ou a Alex possui gênero fluido, o que significa que a cada dia ela se identifica mais com um dos gêneros. Eu demorei um pouco muito a entender como funcionava a dinâmica, porque ela não é uma transexual como imaginei no início. É algo bem mais complexo. No meio de tantas novidades, Samirah ficou meio sumida. Era pra ela ter dito mais destaque, já que o ponto central envolvia o casamento dela, mas a valquíria quase não apareceu. Senti falta dela.

Não posso deixar de falar o quanto me alegro em ver a naturalidade com qual o autor promove a diversidade em seus livros. Não falo apenas na questão de sexualidade, mais de religião também. Samirah é muçulmana e sua crença não fica restrita ao véu que usa para cobrir os cabelos. Nas vezes em que apareceu, principalmente quando abordavam o casamento, ela pode falar mais sobre isso. Não deveria me espantar quando o autor aborda esses temas, já que não é a primeira vez, mas quando penso que esses são livros para jovens não posso deixar de pensar que ele está ajudando a formar pessoas com menos preconceitos.

O desfecho do livro foi de tirar o fôlego. Surpresas atrás de surpresas. A primeira foi a confirmação do cross over mais esperado e temido da minha vida: Magnus Chase e Percy Jackson. A segunda foi constatar que estamos chegando ao final da série, que na verdade é uma trilogia! O navio dos mortos será publicado em outubro deste ano, com lançamentos simultâneos em vários países. #IntrínsecaNósTeAmamos

Graficamente o livro é o que já conhecemos. A diagramação é confortável à leitura, temos páginas amareladas e os capítulos tem títulos hilários. A capa é uma adaptação da original e arrasa muito. Adoro a composição das cores e o quanto ela se difere dos outros títulos do autor. São tantas cores, que fico meia hipnotizada admirando.. é perfeito. Na estante, as lombadas ficam lindíssimas juntas. Em relação a revisão não tenho o que reclamar, não encontrei nenhum errinho.

O Martelo de Thor mantém o nível da série e deixa grande expectativa para a conclusão da mesma. Se você gosta de aventura, mitologia ou é apenas um curioso, se jogue nessa leitura.

5 comentários

  1. Oi Dreeh, eu gosto de mitologia como ninguém então está mais do que na cara que vou gostar desses livros.
    Beijos
    [SORTEIO] Aniversário de 1 Ano: Livro - Perdida
    Quanto Mais Livros Melhor

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  2. Rick Riordan tem uma legião de fãs e não é a toa,né?
    O moço consegue fazer de histórias tão iguais, sempre algo que parece ter sido criado naquele momento.
    Não é meu estilo de leitura preferido, mas não há como negar que as letras dele arrasam!
    Ainda não comecei a ler esta série, mas sei que quando o fizer, terei os mesmos sentimentos.
    E lerei em breve!!!
    Beijo

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  3. Oi Dreeh, ainda não conheço os livros do autor, mas vejo muita gente falando super bem, e como eu amo mitologia ele já ta na minha lista faz um tempinho, espero muito poder conhecer mais e ler em breve!

    Bjs Jany

    www.leituraentreamigas.com.br

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  4. Oi.
    Gosto muito da escrita do autor.
    Apesar de serem livros mais para o público infanto-juvenil, gosto dos enredos, das aventuras e personagens que cativam! Na lista.
    Resenha perfeita.
    Beijos.

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  5. Oii... acabei de ler A Espada do Verão, que eu confesso ter evitado bastante depois de me decepcionar com O Sangue do Olimpo, e.... pq eu esperei??? O livro é muito bom!! Muito bom. Riordan recuperou o controle da coisa e entregou outra aventura muito bem escrita, apesar de ser mais do mesmo (Heroi semideus, profecia com prazo, recuperar objeto perdido, bla bla bla). Ele sabe contar mais do mesmo sem deixar chato ou cansativo. Já quero pegar O Martelo de Thor pra onteeeeeeeem. Bjinhos.

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