05 fevereiro 2018

Resenha - Cinquenta Tons de Liberdade, E.L. James


Livro: Cinquenta Tons de Liberdade (#3)
Autor(a): E.L. James
Editora: Intrínseca
Páginas: 544
Adquira: Submarino | Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Quando a ingênua Anastasia Steele conheceu o jovem empresário Christian Grey, teve início um sensual caso de amor que mudou a vida dos dois irrevogavelmente. Chocada, intrigada e, por fim, repelida pelas estranhas exigências sexuais de Christian, Ana exige um comprometimento mais profundo. Determinado a não perdê-la, ele concorda. Agora, Ana e Christian têm tudo: amor, paixão, intimidade, riqueza e um mundo de possibilidades a sua frente. Mas Ana sabe que o relacionamento não será fácil, e a vida a dois reserva desafios que nenhum deles seria capaz de imaginar. Ana precisa se ajustar ao mundo de opulência de Grey sem sacrificar sua identidade. E ele precisa aprender a dominar seu impulso controlador e se livrar do que o atormentava no passado. Quando parece que a força dessa união vai vencer qualquer obstáculo, a malícia, o infortúnio e o destino conspiram para transformar os piores medos de Ana em realidade.


Christian Grey e Anastacia Steele finalmente chegaram ao altar, após muitos conflitos e obstáculos vividos pelo casal, conseguimos enxergar o processo de amadurecimento entre ambos. É claro que essa nova fase não os livrará da necessidade de se adaptar há um novo estilo de vida, agora eles precisarão aprender a ceder para construir esse casamento de forma que nada possa separa-los.

Diferente dos demais livros da série, Cinquenta Tons de Liberdade começa de forma um pouco mais lenta. Inicialmente somos remetidos às lembranças de Ana que durante a lua de mel, relembra pontos importantes de seu casamento. Eu esperava que a autora se aprofundasse mais na história da união dos dois, já que esse é um momento bem esperado pelos fãs da trilogia, no entanto, E.L. James optou por enxugar essa parte da história e nos dar vislumbres dos acontecimentos através de flashbacks, o que serviu para matar um pouco da nossa curiosidade.

Porém, assim como em qualquer casamento, nem tudo serão flores no caminho do Sr e da Sra Grey. Christian continua maníaco por controle, o que por vezes faz nossa protagonista sentir-se sufocada. Mas engana-se quem acredita que Ana irá se submeter aos caprichos de seu Cinquenta Tons, pelo contrário, teimosa como sempre, ela não se deixará levar pela vontades de Christian, o que gerará muitos desentendimentos entre o casal, mas também os fará crescer nessa nova fase do relacionamento.

- Não é suficiente que eu tenha me casado com você? – Minha voz é quase um suspiro. Ele apenas pisca, registrando o horror no meu rosto. Aonde isso vai nos levar? O que mais eu posso fazer? -Não foi isso o que eu quis dizer – fala ele, ríspido, e passa a mão pelo cabelo, que acaba por cair em sua testa. – O que você quis dizer? Ele engole em seco. – Quero que o seu mundo comece e termine em mim – diz ele, com expressão franca. 

Além de focar no desenvolvimento do casal, a autora também focou em incluir um pouco de suspense a trama. Jack Hyde está de volta à espreita de Ana e Grey, e fará de tudo para garantir que sua vingança seja cumprida. E é justamente o aparecimento de Hyde na trama que torna a história mais eletrizante e nos faz roer as unhas até saber o que de fato irá acontecer com os Grey.

Entre tantos acontecimentos e uma notícia inesperada, o relacionamento de Ana e Grey é colocado à prova, e dúvidas sobre o amor e a lealdade do marido começam a surgir. Em meio a decisões equivocadas e a descoberta de que Mr. Robinson novamente entrou em cena, as certezas de Ana são abaladas como nunca antes, será que esse casamento terá forças para manter-se firme? Só lendo para saber...

Como eu disse anteriormente, Cinquenta Tons de Liberdade embora tenha algumas reviravoltas e um pouco mais de ação do que os volumes anteriores, o foco principal aqui é o amadurecimento do casal e a capacidade para lidarem com a vida a dois quando tudo em volta começa a ruir.

Embora muitos rotulem a série como uma abordagem puramente sexual e rasa, minha opinião é completamente contrária. Cinquenta Tons é uma obra sobre redescoberta, traumas, amor e principalmente a transformação que esse sentimento tão puro é capaz de promover no ser humano.

– Você fez meu mundo virar de cabeça para baixo. – Ele fecha os olhos, e, quando os abre novamente, vejo que estão tomados pela emoção. – Meu mundo era organizado, calmo e controlado. Aí você entrou na minha vida, com essa sua boca afiada, a sua inocência, a sua beleza e a sua coragem discreta… e todo o resto, tudo antes de você simplesmente ficou bobo, vazio, medíocre… nada.

Em meio ao desenrolar da trama, sofri, chorei e me emocionei com esses personagens que cresceram tanto pessoal e profissionalmente, em especial Christian que possuía tantos traumas e aos poucos foi permitindo que Ana alcançasse seus fantasmas para enfim trancá-los no passado. Terminei a obra com o coração leve e com a certeza de que a história desse amor imperfeito em tantos aspectos, certamente entrou para a minha lista de favoritos.

Para quem ainda não teve a oportunidade de conferir o trailer da adaptação do filme, vou deixar logo abaixo.


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5 comentários

  1. Bem, eu acompanhei todos os livros e pretendo encerrar o ciclo no cinema também. Erotismo é um dos meus gêneros favoritos e os amantes deste gênero devem demais a E.L. James por ter aberto as portas a tantos novos autores e autoras.
    Essa saga mexeu com a imaginação de muita gente, tanto no sentido positivo quanto negativo.
    Eu não curti tanto assim..rs mas concordo contigo, o livro não é somente sexo(aliás, a parte de sexo é bem simples),mas a história traz de tudo um pouco: romance, descobertas, traumas e amor, muito amor!
    Beijo

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  2. Gláucia!
    A capa nessa edição com os artistas do filme, está belíssima!
    Quem quiser que fale, pode ser brega, , piegas, cheio de clichês e falhas, mas amo essa série de paixão…
    E claro que como fã, quero ir assistir o filme. Vi na TV hoje uma crítica, dizendo que o filme perdeu totalmente a característica dos anteriores e criou uma história trivial de amor, simplesmente… Acho que é bem o que você sentiu...
    Pois que seja, mas quero assistir de todo jeito.
    Um carnaval de alegria e moderação e bom final de semana!
    “Quer você acredite que consiga fazer uma coisa ou não, você está certo.” (Henry Ford)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA FEVEREIRO: 3 livros + vários kits, 5 ganhadores, participem!
    BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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  3. Oi, Glaucia.

    Nesse último livro, não poderia faltar um pouco de ação/suspense pra dá uma dinâmica no livro.

    Quando terminei de ler esse livro, senti um vazio. Pensei: "E, agora? O que eu vou fazer da vida?". Fiquei sem rumo, eu não aceitava que a série tinha chegado ao fim... Foi difícil dizer adeus para a Anna e para o Christian.

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  4. Eu não gosto de 50 Tons de Cinza em nenhum dos outros livros da série nem mesmo os spin-off acho que eu vou deixar essa sugestão passar eu realmente não gosto desse tipo de literatura

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  5. É uma história ruim, mas eu amo o elenco. É inevitável pensar durante os 105 minutos de duração de “Cinquenta Tons de Liberdade” sobre qual é mesmo a história do filme. Seria sobre a relação do casal regada a sexo ou o perigo trazido pelo ex-chefe de Anastasia Steele (Dakota Johnson)? Ou então estaríamos vendo uma tentativa de Christian Grey (Jamie Dornan do óptimo Meu Jantar Com Hervé) superar os traumas do passado? O fato é que pouco importa: “Cinquenta Tons de Liberdade” é um filme tão antiquado e sem sentido que, mesmo divertindo com tantos absurdos, irrita tamanho o machismo em cena. Por outro lado, o fim da trilogia, talvez, marque o fim de uma era de anacronismo em Hollywood e produções tão machistas como essa não sejam mais aceitas tanto pelo público quanto pela própria indústria do cinema.

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