29 outubro 2018

Resenha - Mentes Sombrias, Alexandra Bracken


Livro: Mentes Sombrias (#1)
Autor(a): Alexandra Bracken
Editora: Intrínseca
Páginas: 400
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Do dia para a noite, crianças começam a morrer de um misterioso mal súbito. Em pouco tempo, a doença se espalha e os que sobrevivem a ela desenvolvem habilidades psíquicas assustadoras. Uma delas é Ruby. Na manhã do seu décimo aniversário, um acontecimento aterrador faz com que seus pais a tranquem na garagem e chamem a polícia. A menina é então levada para Thurmond, um acampamento que segue as diretrizes brutais do governo vigente. Seis anos depois, ela se torna uma das jovens mais perigosas de Thurmond, embora tenha que esconder isso a todo custo para a própria segurança. Quando a verdade vem à tona, Ruby desperta o interesse de muitas pessoas e precisa escapar às pressas. Fora dali, ela se alia a fugitivos de outros acampamentos e conhece Liam, que lidera uma fuga em direção ao único refúgio para adolescentes como eles. Por mais que queira fazer amigos e ter uma vida normal, Ruby sabe que isso não vai ser possível, porque nenhum lugar é seguro, e ela não pode confiar em ninguém — nem em si mesma.


Sem qualquer aviso a população infantil dos Estados Unidos foi dizimada por uma doença posteriormente conhecida como Neurodegeneração Aguda Idiopática Adolescente ou simplesmente NAIA. O mal súbito só atingia crianças que já tivessem chegado aos dez anos de idade mas, aqueles que nada sofriam, acabaram desenvolvendo habilidades mentais que, em diferentes graus, assustava a população adulta. Resultando em uma intervenção governamental para manter a ordem e impedir o caos.

Aquilo era medo. Não pelas crianças que corriam risco de vida, ou pelo vazio que as muitas vítimas já deixavam. Era medo de nós... Os que sobreviveram.

Ruby foi levada para um campo de concentração acampamento de recuperação na manha de seu aniversário. Aos pais era prometido que eles ficariam seguros e que retornariam à sociedade curados, mas depois de provocar uma grande confusão, Ruby sabia que seus pais não esperariam por ela.

Os jovens psi foram divididos em cinco grupos, classificados de acordo com a habilidade desenvolvida, e  identificados por cores. Ruby soube que não poderia revelar a verdade desde que pisou Thurmond, e seis anos depois, está cada vez mais certa da escolha que fez. Fazia algum tempo que os vermelhos, amarelos ou laranja - respectivamente aqueles que detinham controle sobre o fogo, a eletricidade e a mente - tinham sido levados de lá e ninguém sabia exatamente para onde.

A ajuda para fugir vem de quem menos se espera, mas com seu segredo prestes a ser revelado, não há muito no que pensar. Fora daqueles portões, Ruby descobrirá que o mundo não é mais o mesmo e contará com a ajuda de jovens iguais a ela para descobrir onde ela se encaixa nele e quem sabe, no caminho, encontrar um lugar seja acolhida de verdade.

Uma onda crescente de livros vem tendo seus direitos de adaptação vendidos, gerando uma grande expectativa nos leitores. Afinal, se uma história despertou o interesse ao ponde de investirem nela, a leitura deve valer a pena. Mentes Sombrias havia sido publicada pela extinta Editora iD, mas muitos, assim como eu, só tiveram a oportunidade de conhecê-lo agora.

Não da para dizer que há novidade em nenhum dos elementos apresentados, mas Alexandra Bracken tem mérito pela forma que conseguiu uni-los em sua distopia. A narrativa flui facilmente, sem pressa, apresentando os fatos de forma a nos fidelizar na leitura e desenvolvendo as nuances dos personagens ao longo das páginas.

Com a história sendo contada sob a ótica de Ruby, o leitor acaba se vendo com as mesmas dúvidas que ela sobre em quem confiar ou o que fazer. Eu só queria que ela tivesse sido um pouco menos relutante em aceitar quem é. Foram seis anos sofrendo por não saber controlar suas habilidades, então manter o discurso de 'vão me odiar' ao invés de se desenvolver? Sim, ela me irritou consideravelmente. Ao contrário de Suzume e companhia. Ela é uma fofa e despertou em mim a vontade de protegê-la do resto do mundo. Já Liam é apaixonante mesmo quando tenta manter a fachada, enquanto Bolota é aquele amigo que eu queria ter ao meu lado. Eles são muito cativantes e evitaram que eu enlouquecesse com Ruby.

Ela melhora com o transcorrer do livro, o que tornou suas última decisão bem previsível, porém, não menos angustiante. Preciso da continuação para ontem: sim ou com certeza? Também estou ansiosa para que disponibilizem a adaptação. Não assisti nos cinemas e, por ter ouvido tanto críticas quando elogios, estou curiosa para conferir o resultado.

Nenhum comentário

Postar um comentário


Mais que Livros - 2015. Todos os direitos reservados.
Tecnologia do Blogger.
Miss Mavith - Design with ♥