15 fevereiro 2017

Resenha, Quase um romance - Megan Maxwell


Livro: Quase um romance
Autor(a): Megan Maxwell
Editora: Suma de letras
Páginas: 333
Adquira: Saraiva | Submarino | Livraria da Folha | Cultura
Livro cedido através da parceria com a editora
Desde a perda dos pais e o fim de um relacionamento complicado, Rebecca tem levado uma vida solitária. No entanto, quando esbarra em Pizza – uma cachorrinha abandonada que parece precisar tanto de afeto quanto ela –, a jovem pressente que sua vida está prestes a mudar. Paul Stone é campeão de Moto GP, e pai de Lorena, uma menina encantadora que ele cria sozinho. Administrar a carreira e a família não é um trabalho fácil, ainda mais quando as mulheres em seu redor parecem interessadas apenas no piloto famoso, e não no homem real. Quando os dois se esbarram – com uma ajudinha de Pizza e Lorena –, Paul tem certeza de que encontrou o que vinha procurando há muito tempo. Já Rebecca não está assim tão disposta a abrir espaço em sua vida para uma nova relação, mas como resistir à amizade, aos sorrisos e aos olhares de Paul?


Quase um romance conta a história de Rebecca, uma jovem advogada de vinte e quatro anos que vive uma vida solitária desde a perda dos pais e o fim de um relacionamento conturbado de três anos. Sem disposição para focar em qualquer assunto que possa vir a fazê-la sofrer novamente, a jovem foca suas energias na própria carreira em uma empresa de tecidos á qual começou como recepcionista e chegou à posição de advogada após concluir a faculdade.

Mantendo uma rotina sob controle, Rebecca vive entre trabalhar, dormir e curtir a amiga e os irmãos quando pode. Ela não quer distrações ou situações que possam fugir de seu domínio, mas quando em um dia chuvoso ela se depara com uma cadelinha abandonada na rua, seu senso de proteção fala mais alto e a faz levar o filhote para casa. A ideia era entregar o bichinho ao controle de animais, porém um fim de semana foi o suficiente para Rebecca se afeiçoar aquela bolinha de pelos brancos e decidir adota-la dando-lhe o nome de Pizza.

Quatro anos se passam e a vida de Rebecca está conforme o planejado com Pizza, que é sua companheira fiel em casa. No entanto a vida profissional de Rebecca não é fácil, acontece que mesmo com sua dedicação e comprometimento na empresa, nossa protagonista é desvalorizada por Cavanillas - seu chefe, um homem machista, arrogante e inescrupuloso que a julga inferior pelo simples fato de ser uma mulher. Mas Rebecca não se dará por vencida, ela sabe que precisa ser paciente e diligente. Certamente seu momento de reconhecimento irá chegar, só precisa estar preparada.

Paul Stone é piloto de Moto GP e pai solteiro da pequena Lorena – a amada filha ao qual ele se dedica desde o nascimento, momento no qual a esposa o abandonou. Sua vida é uma correria e Paul precisa constantemente se dividir entre os campeonatos e a criação da menina de apenas quatro anos. Desde que fechou seu coração para o amor, Paul nunca mais se permitiu apaixonar-se novamente, Lorena precisava do pai e todas as mulheres que se aproximavam não enxergavam mais do que o piloto famoso.


Como é de se esperar, o destino trata de unir Rebecca e Paul em uma situação engraçada, ela o trata sem floreios, diferente das demais mulheres ao qual o rapaz está acostumado, algo que de início já o intriga. Rebecca por sua vez sente atração pelo lindo homem a sua frente, que ele é um tipo interessante não se pode negar, mas Paul com certeza tem mulheres caindo aos seus pés e isso é motivo suficiente para Rebecca tentar manter distância.

O romance entre o casal começa na forma de amizade colorida e com o tempo a afeição entre ambos torna-se crescente, mas não o suficiente para mantê-los unidos por muito tempo. Por isso quando problemas começam a surgir para Rebecca o relacionamento perde o controle, ela se fecha para Paul e o afasta sem qualquer explicação. E embora essa situação tenha tornado a leitura mais fluída e intensa, confesso que por vezes eu quis dar uma sacudida em Rebecca para tentar colocar um pouco de juízo em sua cabeça.

Em contrapartida Paul decide seguir adiante, priorizando a filha e a carreira, mesmo com a dor de um coração partido.

Quando solicitei Quase um romance a editora, imaginei que encontraria uma romance no estilo fofo e chiclê, e embora também tenha encontrado esses ingredientes aqui, percebi que o foco não era bem isso e sim demonstrar o quanto problemas interpessoais podem interferir em um relacionamento no qual o casal não possui uma boa comunicação. Uma coisa que me incomodou muito nessa história foi a personalidade grosseira da protagonista, que pelo que percebo parece uma característica das mocinhas criadas pela autora, me corrijam se eu estiver errada, mas já é o terceiro livro que leio da Megan em que a mocinha tem esse tipo de comportamento irritante.

Paul por sua vez é um homem apaixonante, ela está sempre disponível quando Rebecca precisa, é carinhoso, romântico, atencioso, um verdadeiro príncipe encantando, bem diferente dos bad boys ao qual estamos acostumados. É fácil ama-lo, sentir suas dores e torcer por sua felicidade.

Outro ponto que me incomodou no livro foi a resolução ligeira de alguns assuntos, a autora inseriu situações na trama que mereciam uma construção mais elaborada, contudo em certos casos ficamos com aquela sensação de que faltou um algo mais.

Em suma, Quase um romance começou devagar, mas ganhou minha atenção no decorrer da história. Gosto de livros que focam em problemas familiares e situações do cotidiano, e aqui a autora inseriu esses temas com uma dose de tensão e mistério, deixando a leitura ainda mais frenética.

Em relação à edição física, a capa lindíssima, com verniz localizado e todo um ar de romance. As folhas são amareladas, a fonte em tamanho grande e não encontrei erros de revisão.

Indico o livro para quem deseja conhecer a escrita da autora e para quem curte uma leitura rápida e despretensiosa.

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Valendo um exemplar de Princesa de Papel



10 comentários

  1. Fiquei muito curiosa para conhecer as letras da autora. Ainda não tive oportunidade, mas já meio que torci o nariz para a personagem.
    Fresca demais?rs
    Gosto disso não. Engraçado né? Porque a maioria dos autores tem optado por mulheres decididas e valentes, que já sabem bem o que querem e vão à luta. Este tipo de personagem fora do foco tem ficado cada vez mais fora das histórias.
    Mesmo assim, senti vontade de ler, pelo romance em si.
    Beijo

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  2. Não li nenhum livro da autora, mas não gosto de personagens grosseiras e nem irritantes, geralmente são mulheres fortes e cativantes. Achei a personagem imatura também, pois quando os problemas surgem ela caí fora ao invés de enfrenta-los ao lado de Paul. Concordo com Rebecca em ter ficado com a cachorrinha que gracinha difícil resistir. Fiquei encantada com Paul que homem rs.

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  3. Glaucia
    Devo concordar com você em relação as protagonistas femininas criadas pela autora.
    Não li esse livro ainda, mas como gosto do tema onde a família é inserida, ainda mais quando tem criança, quero conferir.
    E espero não me incomodar com as ressalvas que fez em relação ao livro.
    “O saber é saber que nada se sabe. Este é a definição do verdadeiro conhecimento.” (Confúcio)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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  4. Oiii!

    Eu acho MUITO bacana quando tem problemas familiares ou amorosos no enrendo, o primeiro principalmente porque querendo ou não ele acaba atingindo uma parcela maior de leitores.
    Como eu não li nada da autora já fiquei irritada em saber que a personagem é irritante. ODEIO isso hahaha
    Mas eu gostei da sua resenha <3

    Beijinhos,

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  5. Oi!
    Já li algumas obras da autora e gosto muito das suas histórias, sempre cheias de romance e reviravoltas, como parece ser o caso desse, mas confesso que a descrição da protagonista me desanimou muito pois detesto personagens assim. Ainda assim não descartaria a leitura pois gosto da autora e uma leitura rápida de vez em quando cai muito bem.
    Beijos!

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  6. Olá.
    Nunca tinha ouvido falar no livro antes, mas já me apaixonei. A premissa é muito boa e assim como você, adoro livros que focam em problemas familiares e situações do cotidiano e se tem pitada de mistério tudo fica ainda mais perfeito. Amei a resenha, muito bem escrita e adorei a dica.

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  7. Olá!

    Adoro a Megan justamente por suas personagens femininas fortes, eu li Vai Sonhando e a protagonista é assim mesmo... Esse eu ainda não li, mas pretendo fazer a leitura, gosto de quando o romance tem mais ingredientes, do que só romance. Parabéns pela resenha!

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  8. Olá!
    Eu adoro a escrita da Megan, que já conhecia previamente por causa de Peça-Me o que Quiser, então tenho muita curiosidade em ler essa obra, principalmente por ser de um gênero diferente.
    Beijos.

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  9. Eu achei legal que dessa vez quem tem a convicção de que achou o amor da vida é o menino e não ela, o que é comum ver nos romances. Faz sentindo o que você falou que o livro também procura mostrar mais que um bom romance mas também procura mostrar o lado que os relacionamentos precisam de conversas pra poder prosseguir, principalmente para o caso da menina. Adorei a resenha e sua opinião do livro.

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  10. Olá, esta é a primeira resenha do livor,e realmente pela sinopse se pensa que é apenas um romance clichê, mas você demonstrou que é muito mais que isso. Não gostei de que alguns problemas se solucionem tão rápido, sem um melhor desenvolvimento. Mas anotei aqui e vou buscar ler.

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