23 maio 2016

Resenha - Baía da Esperança, Jojo Moyes


Livro: Baía da Esperança
Autor(a): Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 301
Adquira: Saraiva | Submarino | FNAC | Travessa | Americanas | Livraria Cultura
Livro cedido através da parceria com a editora
​Liza nunca conseguiu fugir do passado. Mas nas praias paradisíacas da encantadora comunidade de Silver Bay ela ao menos encontrou a liberdade e a segurança que procurava se não para ela, para sua filha pequena, Hannah, até que Mike Dormer se hospeda no hotel que Liza administra com a tia. Um perfeito cavalheiro inglês, com roupas elegantes e olhar sério, Mike pode significar o fim de tudo que Liza trabalhou arduamente para proteger: não apenas o negócio da família e o lugar que tanto gosta, mas principalmente a convicção de que ela nunca amaria nem seria digna de amor outra vez.


Kathleen morou na pequena Silver Bay durante toda a sua vida. Na adolescência acabou entrando para o Guinness Book ao capturar o maior tubarão em pesca esportiva, o que acabou colocando a cidade nas rotas turísticas. Todo o tipo de pessoas chegou a cidade: pescadores dispostos a quebrar seu recorde, famílias querendo aproveitar as belezas da baia e baleeiros, muitos deles. A movimentação quase esgotou os recursos naturais da região, mas tantos anos depois, tudo esta de volta a calmaria. Essa calmaria foi o que motivou Lise a permanecer na região. Cinco anos antes, quando bateu na porta da pousada dirigida pela tia com uma mala e sua filha Hannah a tira colo, ela estava destroçada. Lise sabia que havia feito uma coisa terrível e, mesmo que não houvesse a intenção de causar qualquer mal, precisaria aguentar a culpa pelo resto se sua vida.

Aos poucos Lise voltou a se reconectar com a vida, até porque, sua filha sofreu tanto quanto ela e precisava da mãe mais do que nunca. Porém muito de sua recuperação aconteceu graças às baleias que passavam na região no período migratório. Elas criaram um laço que ninguém conseguia explicar.

E é isso que amo nelas: apensar do poder, da força muscular, da aparência assustadora, as baleias são um das criaturas mais benignas de todas.

A cidade ainda vivia do turismo, principalmente da observação dos golfinhos. O que recebia com as saídas de observação somado os lucros da pousada que administrava com a tia não era muito, mas garantia que elas vivessem com relativa segurança.

Os golfinhos, cinzentos e silenciosos, descreviam arcos pela água, circundando o barco como se eles mesmo fossem os turistas. Toda vez que um rompia a superfície, só se ouvia o som das máquinas fotográficas disparando. O que os golfinhos pensariam de nós, observando-os de boca aberta?

Mike é um prodígio do setor de investimento imobiliário londrino. Se sua missão era convencer um grupo de investidores a apostar seu dinheiro em um barco furado, ele conseguiria. Recém promovido a sócio da imobiliária de seu futuro sogro, ele foi enviado as presas para Silver Bay com a missão de conhecer tudo sobre o lugar onde eles construiriam um Resort de Luxo. Além disso, era necessário conversar com as pessoas certas para garantir todas as liberações necessárias para o início das obras. Porém Mike não fazia ideia do quanto seu projeto seria prejudicial para a cidade e nem imaginou que esse fato pudesse vir a incomodá-lo.

Baía da Esperança não foi um livro que me conquistou nas primeiras páginas, mas não posso negar que o finalizei com o coração cheio de amor. Esse é um livro antigo da autora e pude perceber o quanto ela vem evoluindo sua escrita. Jojo Moyes possui uma característica muito marcante e que se faz presente em vários de seus livro: a quantidade de vozes ativas em uma mesma história. Isso quando ela não mistura a narrativa no presente e no passado. Não é uma reclamação, eu adoro quando acontece, mas não dá pra negar que tornam o início da leitura menos fluida.

Além dos já citados, outros dois personagens ganham voz, entre eles Hannah que foi a minha personagem favorita. Essas garotinhas que saem da mente da Jojo são puro amor! Ela é inocente e ao mesmo tempo muito esperta. Seu sonho é ganhar um barquinho para passear na baía com suas amigas. As cenas em que ela confrontar a mãe por conta da sua super proteção são de partir o coração, principalmente quando descobrimos o motivo.

O passado de Lise e Hannah é o grande mistério da história e é guardado a sete chaves. O legal foi que não ficou aquela impressão de que a autora estava enrolando, outros acontecimentos mantém presa a atenção do leitor. Sei de pode parecer que contei tudo de importante que aparece no livro, mas não passei nem perto. A infinidade de personagens trás consigo muitas histórias paralelas e cada um tem uma tem sua mensagem.

Observe o mar por tempo suficiente, seus humores e suas exaltações, suas belezas e seus terrores, e você terá todas as histórias de que precisa, de amor e perigo e daquilo que a vida nos traz em suas redes. E do fato de que às vezes não somos nós que estamos no leme, e não podemos fazer mais do que confiar em que tudo vai dar certo.

Essa história é muito fofa sim, mas a capa bonitinha esconde assuntos importantes para serem discutido como família, relacionamento abusivo e o relativismo sobre o que é certo e errado. Vale a pena encarar essa leitura.

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Valendo um exemplar de Dez coisas que aprendi sobre o amor.

7 comentários

  1. Eu já li alguns livros da autora, gostei para falar a verdade, mas esse eu não tenho a mínima vontade de ler, não sei....não me pegou de jeito rsrsrsrs....Eu não curto muito essas capas que a editora coloca nos livros dela
    bjs

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  2. Oiii

    Tô muito afim de ler esse livro. Até agora só consegui ler um livro da Jojo e amei a escrita dela. Mas não vejo a hora de ter tempo pra ler o resto.

    Beijos

    www.ooutroladodaraposa.com.br

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  3. Gosto muito da autora e esse livro não devia deixar de ser diferente! Gostei demais da resenha e vontade imensa de ler o livro agora!! hahaha

    Bjokas e uma maravilhosa semana,
    Blog: DMulheres
    Instagram : @dmulheres

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  4. Admito que não conhecia esse livro da autora e creio que só tenha ficado em evidência agora, depois do sucesso que ela tem alcançado.
    O enredo parece ser dos bons. Gosto disso, segredos de passado, família..sentimentos demais envolvidos.
    E talvez me arrisque na leitura sim!!
    Capa lindíssima.
    Beijo

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  5. Olá Dreeh,
    Sou fã da Jojo Moyes, suas histórias são tão bem escritas, envolventes e apaixonantes, sempre tenho uma sensação boa ao terminar de ler um livro dela. Esse é um dos dois livros que ainda não li da autora, mas já está na meta de leitura desse ano, vou ler assim que tiver o exemplar nas mãos. Também adoro as personagens infantis que a autora cria, são puro amor e fofura!
    Beijos

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  6. Oi,
    Ainda não li nenhuma obra da Jojo. Quero muito ler como eu era antes de você, mas já sei que o cara morre, e eu sei que vou sofrer, chorar, ficar olhando para o teto depois, por isso tudo estou enrolando.
    Esse livro parece ser bom, traz a tona temas um pouco pesados, mas é bom pois nos faz refletir. Só preciso saber se vou ficar mal depois rs.

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  7. A Jojo é maravilhosa né? Quero ler todos os livros dela.
    Você disse que o livro não te prendeu no começo né? Estou lendo um que também não está me prendendo, detesto quando isso acontece!
    Mas no final você acho que o livro vale a pena ser lido, então lerei, quero descobrir quais os mistérios dessas duas.

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