13 junho 2019

Resenha - Uma Mulher no Escuro, Raphael Montes


Livro: Uma Mulher no Escuro
Autor(a): Raphael Montes
Editora: Companhia das letras
Páginas: 256
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Um crime brutal cometido há vinte anos, uma única sobrevivente, o retorno calculado do assassino. Em quem Victoria deve confiar? Neste thriller psicológico, Raphael Montes une romance e suspense em uma narrativa intrincada e sedutora.Victoria Bravo tinha quatro anos quando um homem invadiu sua casa e matou sua família a facadas, pichando seus rostos com tinta preta. Única sobrevivente, ela agora é uma jovem solitária e tímida, com pesadelos frequentes e sérias dificuldades para se relacionar. Seu refúgio é ficar em casa e observar a vida alheia pelas janelas do apartamento onde mora, na Lapa, Rio de Janeiro. Mas o passado bate à sua porta, e ela não sabe mais em quem pode confiar. Obrigada a enfrentar sua própria tragédia, Victoria embarca em uma jornada de amadurecimento e descoberta que a levará a zonas obscuras, mas também revelará as possibilidades do amor. Um psiquiatra, um amigo feito pela internet e um possível namorado — qual dos três homens está usando tudo o que sabe para aterrorizar a vida de Vic? E o que afinal ele quer com ela? Na literatura nacional, Raphael Montes é unanimidade quando se trata de livros de suspense. Uma Mulher no Escuro traz sua primeira protagonista feminina e confirma o autor como um dos mais originais da atualidade — além de deixar o leitor intrigado do começo ao fim.


Uma mulher no escuro é uma leitura instigante. Porém, ao longo do livro, eu sentia que estava sendo tudo fácil demais. Conhecendo o estilo de narrativa do autor e tendo sido avisada por ele que tinha uma pegada de Dias Perfeiros, sabia que estava sendo induzida a acreditar em algo que não deveria ser. Redobrei a atenção e sentia que seria surpreendida no final, mas ele sempre se superou.

Raphael Montes guia o leitor da forma como sabe melhor. Ele desvia nossa atenção com coisas irrelevantes enquanto solta pequenas informações de maneira despercebida. Pela primeira vez minha linha de raciocínio estava correta, mas eu não levei muita fé e nem percebi os fatos que a confirmavam. Os sinais enviados pelos personagens eram muito confusos e eu acabei comemorando o desvendar do mistério antes do fim da história. E lógico, errei.

Falando assim pode parecer sádico, mas eu gosto dos personagens dissimulados tão característicos do autor. É bom ser lembrado que o mundo está longe de ser um conto de fadas. Mas esse livro é uma grande concentração de pessoas perturbadas. Acho que nem a protagonista salva. Vic tem um transtorno pós traumático. Sua família foi assassinada a sangue frio, dentro de casa, logo após sua festa de quatro anos. Ela não viu tudo, mas viu o suficiente. Sobreviveu aquela noite por um milagre, mas talvez preferisse ter morrido. Vinte anos depois, ela ainda sofria as consequências de ter o psicológico fragmentado. É para piorar tudo, o assassino estava de volta para terminar o que começou.

Logo nas primeiras páginas conhecemos Arroz, o mais próximo que ela tem de um amigo, mas ela mal sabe dizer quem ele é. Sua tecnica é: quanto menos você pergunta, menos precisa dizer. A unica pessoa que sabe quase tudo da sua vida é o psicólogo Max, um homem especializado em vítimas como ela e que se ofereceu para ajudá-la anos atrás. A maior surpresa da sua vida foi o recente interesse ela por parte de um dos clientes do café onde trabalha.

Esse é o trio de suspeitos, de uma história ambientada no Rio de Janeiro e que tem de tudo para te surpreender. Só uma dica? Mantenha a mente aberta.

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