26 janeiro 2018

Resenha - Pegando Fogo, Abbi Glines


Livro: Pegando Fogo (Rosemary Beach #13)
Autor(a): Abbi Glines
Editora: Arqueiro
Páginas: 224
Adquira: Submarino | Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora

Nan Dillon, a bad girl de Rosemary Beach, é uma garota imatura e egoísta que não tem outra preocupação na vida a não ser manter o corpinho perfeito. Só que Nan está longe de ser feliz: nunca teve o amor dos pais, o irmão adorado não tem mais tempo para ela, e Grant, o único homem de quem gostou de verdade, resolveu trocá-la pela meia-irmã dela. Então, quando Major Colt a convida para sair, ela não pensa duas vezes. Apesar de saber que esse texano charmoso e de fala mansa não quer nada sério, ficar com ele é melhor do que estar com as colegas fúteis ou passar as noites sozinha vendo televisão. Mas logo Nan fica farta do comportamento descompromissado de Major e, depois que ele a deixa plantada em casa mais uma vez, decide ir a Las Vegas para um fim de semana sem regras e sem limites. Lá, conhece Gannon, um empresário sedutor e perigoso que sempre diz exatamente o que ela quer ouvir. Quando Major vai atrás dela implorar por uma segunda chance e Gannon mostra que não é tão perfeito quanto ela pensava, Nan tem que decidir a quem entregar seu coração. O que ela não percebe é que os dois têm uma estratégia de longo prazo para ela - e já estão várias jogadas à sua frente.

Pegando Fogo é o 13º e último livro da série Rosemary Beach escrito pela autora Abbi Glines, lançado no Brasil pela Editora Arqueiro, eu sei que uma série tão longa pode assustar inicialmente, afinal são 13 livros, mas posso garantir que vale a pena conhecer e se deixar levar por esses personagens encantadores que ganharam vida ao longo dos anos.

Protagonizado por Nan, a personagem mais odiada da série, o livro tem como propósito inserir o leitor no mundo dessa moça que se defende atacando de forma grosseira e brutal, o que lhe rendeu o apelido de megera. No entanto quais seriam as camadas por trás de toda a autoconfiança e arrogância de Nan? A imagem que passa realmente reflete o que ela é por dentro? Será que se procurarmos mais fundo não encontraremos muito mais do que ela deixa transparecer na superfície? É o que veremos.

Em busca de encontrar alguém que a ama verdadeiramente, Nan se envolve com qualquer homem que demonstre o mínimo de interesse, nem que seja em sua aparência física. Mas quanto mais se envolve, mais o vazio pela falta de amor e atenção crescem dentro dela, tornando-a cada vez mais amargurada.

Caramba, eu sabia que ficava bem nua. Costumava usar isso como um superpoder com os homens. Mas descobri que minha beleza e meu corpo só os atraíam. Eu não tinha nada mais profundo para mantê-los por perto. Gostavam de transar comigo, mas, na manhã seguinte, já não queriam mais nada.

E foi seu envolvimento com um chefão do crime em uma viagem em Paris que a tornou alvo de investigação de DeCarlo e seus homens: Major e Cope. Sem saber que cada passo seu está sendo vigiado e de que sua vida está sendo manipulada, Nan se envolve com Major, que a encanta com seu rosto lindo e seu corpo de modelo. Major precisava conquistar sua confiança e descobrir se Nan tem alguma informação sobre o criminoso que se envolveu, ele só não imaginava que lidar com a carência de Nan, que logo se apaixona por ele seria exaustivo. Para lidar com a intensidade da ruiva, Major descarrega sua tensão em todas as garçonetes gostosas que encontra pelo caminho, deixando Nan ainda mais machucada.

E é na falha de Major que Cope entra em cena, já que seu parceiro inexperiente não é capaz de arrancar qualquer informação da moça, e além de tudo, ainda desperta seu ódio. Nan não aguenta mais ser descartada e ver seus sentimentos serem tratadas como lixo, por isso quando o misterioso Gannon (Cope), entra em sua vida com toda a intensidade e tensão sexual, ela se vê completamente desnorteada. Gannon de longe seria um cara com quem se envolveria, ele exala perigoso e isso a assusta, mas lhe desperta um desejo que Nan jamais imaginou ser capaz de sentir. Com a atenção de Gannon e um coração quebrado, ela logo se apaixona, mesmo sabendo que não deveria. Mas será que os sentimentos que Gannon demonstra são genuínos? E será que ela o perdoará quando descobrir o verdadeiro motivo que o trouxe a sua vida? Só lendo para saber...

Alguma vez eu já tinha estado num relacionamento que realmente me fizesse feliz? Não consegui pensar em nenhuma. Mesmo o que eu tinha com Major me magoou muito. Gannon era um cara que eu havia conhecido em Las Vegas e talvez nunca mais fosse ver. Ele podia ser casado ou noivo. E estava me fazendo feliz.

Comecei a leitura de Pegando Fogo de forma despretensiosa, já que Nan de longe era uma personagem que me despertava grande afeição. Contudo no desenrolar da trama fui percebendo que Nan apenas agia de forma rude para esconder seus verdadeiros sentimentos. Ela é humana, falha, e todas as decepções que sofreu na infância com os pais moldaram a adulta que se tornou. Porém ela também tem sonhos, ama e sofre, se machuca e vive na esperança de que um dia se tornará o porto seguro de alguém. Confesso que entender a fundo a complexidade de seus sentimentos e sua necessidade por atenção e por ser especial para alguém me deixou triste e com o desejo de que Nan também alcançasse o seu tão almejado “felizes para sempre”.

– Por que você decidiu se envolver com a Nan? Eu avisei para não fazer isso. Ela não é o tipo de mulher que um homem deve levar a sério. O babaca não sabia do que estava falando. Ele não a conhecia como eu. Ela não era a meia-irmã da qual ele crescera afastado. E não era a filha que o pai dele havia negligenciado durante a maior parte da vida. Era a garota que todo mundo tinha deixado para trás. A que todo mundo odiava.

Além de acompanharmos a perspectiva de Nan, também temos a alternância de narrativa pelas vozes de Major e Cope, com participação especial também de Mase. Achei essa ideia da autora genial, pois deixou no ar aquela dúvida de quem seria o par ideal para Nan no final.

Eu queria ser a Harlow de alguém. Ou a Blaire. Mas eu sempre seria a Nan. E ela não bastava. Nunca havia bastado, e definitivamente não ia mais tentar bastar.

Pegando Fogo conclui a série Rosemary Beach com chave de ouro, deixando a mensagem de que as aparências enganam, e que tudo depende do ângulo ao qual estamos enxergando os fatos. Terminei a leitura com o coração leve e com um sorriso no rosto, mas acima de tudo, com a certeza de que esses personagens imperfeitos deixarão saudades.

- - - - -
Postagem válida para o TOP COMENTARISTA, Participe!
Valendo um exemplar de Lady Whistledown Contra-Ataca.


10 comentários

  1. Como ainda não li nenhum livro da série, confesso que fiquei meio perdida com os nomes dos personagens.
    Mas tenho uma coisa que carrego comigo sempre:personagens que acabam nos irritando por sua forma nada convencional de viver a vida, que são ácidos ou até mal humorados, sempre carregam em si uma dose de decepções ou traumas do passado.
    Quero muito poder começar a série em breve!
    Beijo

    ResponderExcluir
  2. Realmente uma série com 13 livros inicialmente assusta, pois é uma série bem longa. Que bom que este livro conclui a série Rosemary Beach com chave de ouro, e deixa a mensagem que as aparências enganam, e que tudo depende do ângulo ao qual estamos enxergando os fatos. Pela sua resenha este livro parece ser bom. Quem sabe futuramente eu leia a série Rosemary Beach.

    ResponderExcluir
  3. Gláucia!
    Como não li ainda nenhum dos livros da autora, fico um pouco perdida quando leio uma resenha de continuação, mas vou apontar algumas coisas de sua resenha…
    Achei estranho também uma personagem como a Nan, que foi má durante todos os outros livros, chegar nesse de forma mais acanhada e até certo ponto depressiva, mostrando sua vulnerabilidade. Fácil demais, né? A Redenção deveria vir de outra forma mesmo…
    Desejo um ótimo domingo!
    “Que o novo ano que se inicia seja repleto de felicidades e conquistas. Feliz ano novo!” (Desconhecido)
    cheirinhos
    Rudy
    1º TOP COMENTARISTA do ano 3 livros + Kit de papelaria, 3 ganhadores, participem!

    ResponderExcluir
  4. Eu não sou muito fã dos livros da abbi glines acho que isso se dá pelo fato de não gostar muito de livros hot coisa que é muito presente nos livros da autora até porque ela tem uma base nisso eu juro que tentei ler dois livros da autora Acho que eram os primeiros livros dessa série Rosemary Beach mas acabei empacando e abandono da Leitura inclusive até troquei os livros recentemente com algumas amigas minhas

    ResponderExcluir
  5. Oi Gláucia!
    Amo todos os livros da série, mas infelizmente esse não me conquistou, e fato que a Abbi continua escrevemos com maestria e conquista os leitores, mas senti que ela quis dar uma justificativa no que a personagem Nan aprontou em todos os outros livros, e não gostei disso. Talvez eu esteja sendo um pouco maldosa, mas eu não gostava da Nan, e continuo não gostando...
    Beijos

    ResponderExcluir
  6. Oi, Glaucia.

    Um amor verdadeiro com certeza faria bem para a Nan. O livro nos dá a oportunidade de conhecer um possível outro lado dela... Mesmo que seja difícil gostar e compreender uma personagem tão odiada como ela.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu entendo muito o lado dela. Parece que esse livro fala sobre mim sabe. Cada palavra a dor que ela sentia por não ser amada. Ela é um ícone, eu amei dedos princípio

      Excluir
  7. Comecei com o livro pegando fogo. Foi uma ligação tão profunda com a Nan que quando fui ler da irmã dela eu odiei essa irmã dela mais que tudo no mundo. Me apaguei a Nan de uma forma absurda... e quando fui ver os outros livros eram todos falando mal dela. E já odeie desde então.

    ResponderExcluir
  8. Quero uma continuação da história da minha Nan ela merece

    ResponderExcluir


Mais que Livros - 2015. Todos os direitos reservados.
Tecnologia do Blogger.
Miss Mavith - Design with ♥