15 janeiro 2018

Resenha - Antes da Tempestade, Dinah Jefferies


Livro: Antes da Tempestade
Autor(a): Dinah Jefferies
Editora: Paralela
Páginas: 425
Adquira: Submarino | Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
"Para conhecer o amor verdadeiro é preciso ser arrasado por ele.” Rajputana, Índia, 1930. Desde a morte de seu marido, a jovem inglesa Eliza tem como única companhia sua câmera. Determinada a se firmar como fotógrafa profissional, ela acaba de aceitar um convite do governo britânico para se hospedar durante um ano no castelo da família real local. Sua missão: fotografar, para o acervo da Coroa inglesa, a vida no Estado principesco de Juraipore. Ao conhecer Jayant, irmão mais novo do marajá, Eliza embarca na aventura mais transformadora de sua vida. Acompanhada pelo príncipe rebelde e misterioso, ela conhecerá uma terra marcada por contrastes — com paisagens de beleza incomparável, cultura rica e vibrante e, ao mesmo tempo, a mais devastadora das misérias. Enquanto Eliza desperta Jayant para a pobreza que circunda o castelo, ele mostra a ela as injustiças do domínio britânico na Índia. Juntos, descobrem uma afinidade de alma e uma paixão arrebatadora. Mas a família real fará de tudo — até o impensável — para impedir a aproximação entre o nobre indiano e a viúva inglesa.


Ahistória de Antes da Tempestade de Dinah Jefferies se passa na Índia de 1930. Eliza perdeu o pai muito cedo, e ainda sente e lembra tudo sobre aquele dia que muito a marcou. Como consequência dessa perda, hoje já adulta, ela não tem uma relação boa com a mãe, que após a morte do marido se afundou na bebida.

Eliza correu para se ajoelhar a seu lado, mas tropeçou e quase caiu. Assustada, ela o envolveu nos braços, empapando o vestido com o sangue da pessoa que mais amava no mundo. (…) Foi então que, em meio ao burburinho cada vez maior da multidão, o menino disse, educadamente: “Senhorita, por favor, deixe-me ajudá-la a se erguer. Ele se foi”.
Anos após a perda do pai, Eliza perde seu marido, também num trágico acidente. Decidida a recomeçar, ela agarra-se a fotografia como se fosse seu bote salva vidas. Ela está decidida a se firmar na carreira. Então quando ela recebe uma proposta de trabalho para passar um ano na Índia cobrindo o cotidiano da família real, ela nem pensa em recusar.

Aos vinte e nove anos, aquele era o serviço mais importante que lhe encomendavam desde que se tornara fotógrafa profissional. Não estava claro para ela por que Clifford Salter a escolhera. 

Ao chegar na Índia Eliza conhece Jay, o príncipe, e ele apresenta a ela a beleza de seu mundo. Eliza se depara com a beleza e riqueza da família real, além da cultura cheia de vida, de cor e intensidade que o País tem. Mas há também um outro lado que Eliza passa a captar através de suas lentes, em contraste com toda aquela beleza e riqueza, há a miséria que cerca a vida daqueles que vivem em torno do castelo. Eliza decide que quer ajudar a mudar aquele panorama de algum jeito, ela quer fazer alguma diferença na vida daquelas pessoas.

O príncipe Jayant é rebelde, misterioso e um tanto aventureiro, porém, com um coração lindo e justo. Assim como Eliza, briga para acabar com as desigualdades sociais.

Há o choque que Eliza sofre por parte da cultura e tradições do país, o fato de Eliza ser viúva é um agravante, ela acaba encontrando muita hostilidade no castelo por conta disso. Na Índia a mulher sobreviver ao marido é considerado uma espécie de azar, agouro. Eliza então se vê dividida e perdida em meio aos encantos e belezas daquele país e das tradições conservadoras e machistas, algumas até cruéis.

Mas há o lado bom... Jay, o príncipe. Eles se apaixonam, e claro, não é nada fácil, além de ser inglesa, algo que já a fazia ser vista como inimiga, ela era viúva, e a família real não apoia de forma alguma o romance. Muita coisa acontece entre eles, a relação cresce a partir de uma amizade, paixões e ideias em comum, e vai crescendo.

Será que o romance inaceitável e inapropriado entre eles terá alguma chance? Ou o príncipe irá priorizar seus deveres e responsabilidades com o seu povo? O amor é uma língua universal, é o que dizem. Será que vai sobrepujar a todos os obstáculos entre os dois?

A história é leve e encantadora, cheia de cores, sabores, cheiros e costumes da Índia. Fala sobre escolhas, destino e amor. Uma leitura cativante e cheia de romance.



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7 comentários

  1. Estou namorando este livro desde que o vi pela primeira vez e li uma sinopse. A cultura indiana sempre me cativou, pelos mesmos motivos citados aí acima, a beleza e riqueza de um lado e no oposto, a miséria e mesmo assim, bela, a outra parte. Este contraste pode até nos parecer corriqueiro, mas visto por ser Índia, é outra coisa.
    E no mais, tem o romance proibido, o cenário e claro, a luta desta mulher que já perdeu coisas demais.
    Quero muito ler!
    Beijo

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  2. Achei bonita a capa deste livro, a história parece ser bem interessante, gosto de livros de romance. Que bom que a história é leve e encantadora, e que é uma leitura cativante, sem dúvidas pretendo ler Antes da Tempestade.

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  3. Oi, Glaucia.

    Achei esse livro bem diferente, sendo cercado por decisões a serem tomadas, em nome do amor e a Eliza sendo "mal vista" por querer ser uma mulher independente. E é claro, o romance proibido, que também é cercado por escolhas, e os riscos delas... Em nome do amor!

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  4. Olá! Estou doida pra ler esse livro, curto muito a cultura da Índia, parece uma história linda, bem cativante mesmo, essa resenha me deixou ainda mais curiosa em conferi isso tudo.
    Bjs

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  5. Gláucia!
    Tantos questionamentos, né? Só lendo para saber.
    Muito bom quando não esperamos muito de um livro e nem conhecemos e autora e acabamos nos surpreendendo de forma positiva com a história e o próprio romance.
    Desejo uma semana mais que abençoada e Novo Ano repleto de realizações!!
    “Meta para o Ano Novo? Ser feliz!” (Desconhecido)
    cheirinhos
    Rudy
    1º TOP COMENTARISTA do ano 3 livros + Kit de papelaria, 3 ganhadores, participem!

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  6. Me lembro de ter ficado muito apaixonada por esse livro quando eu soube que se tratava de uma história passada na Índia na década de 30 e estava querendo mais ler livros sobre a cultura indiana porque eu tinha terminado de ler o livro Os Sete suspeitos do vikas swarup apesar de ainda não ter lido esse livro Ele está na minha lista de leituras e na verdade só me interessei ler ele mesmo mesmo mesmo por causa dessa capa linda e fofa

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  7. Oi Gláucia!
    A príncipio quando vi o livro não me interessei tanto, mas depois de ler algumas resenhas percebi como é apaixonante. Já sei que a narração do livro é dividida em três partes, e acredito que assim o romance entre os protagonistas surgiu gradativamente, o que é um ponto positivo. Ah, por ser romance de época, a "Eliza" é uma mocinha bem a frente do seu tempo né? Já percebi que será mesmo encantadora!
    Beijos!

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