06 janeiro 2020

Resenha - A Pequena Caixa de Gwendy, Stephen King e Richard Chizmar


Livro: A Pequena Caixa de Gwendy 
Autor(a): Stephen King e Richard Chizmar
Editora: Suma de letras
Páginas: 168
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora

A pequena cidade de Castle Rock testemunhou alguns eventos estranhos ao longo dos anos, mas existe uma história que nunca foi contada... até agora. Viaje de volta a Castle Rock nesta história eletrizante de Stephen King, o mestre do terror, e Richard Chizmar, autor premiado de A Long December. O universo misterioso e assustador dessa pacata cidadezinha do Maine já foi cenário de outros clássicos de King, como Cujo e A zona morta, e deu origem à série de TV da Hulu. Há três caminhos para subir até Castle View a partir da cidade de Castle Rock: pela rodovia 117, pela Estrada Pleasant e pela Escada Suicida. Em todos os dias do verão de 1974, Gwendy Peterson, de doze anos, vai pela escada, que fica presa por parafusos de ferro fortes (ainda que enferrujados pelo tempo) e sobe em ziguezague pela encosta do penhasco. Certo dia, um estranho a chama do alto: “Ei, garota. Vem aqui um pouco. A gente precisa conversar, você e eu”. Em um banco na sombra, perto do caminho de cascalho que leva da escada até o Parque Recreativo de Castle View, há um homem de calça jeans preta, casaco preto e uma camisa branca desabotoada no alto. Na cabeça tem um chapeuzinho preto arrumado. Vai chegar um dia em que Gwendy terá pesadelos com isso.


Gwendy Peterson tem doze anos e começou a sofrer bullying na escola devido ao excesso de peso. Por isso, todas as manhãs, ela sobe correndo os mais de 300 degraus da Escadaria Suicida que leva a Castle View. Em uma dessas corridas seu caminho se cruza com o do Sr. Farris, um homem de calça preta, paletó preto e um chapeuzinho preto na cabeça. E apesar de saber que não se deve falar ou receber presentes de estranhos, Gwendy aceita a misteriosa caixa de botões que o Sr. Farris lhe oferece, sem imaginar que ao se tornar guardiã daquela simples caixa mudaria completamente o rumo da sua história.

A caixa tem superpoderes e cada botão representa um perigo para a humanidade se cair em mãos erradas. E apesar de dar presentes ao seu guardião, as recompensas são pequenas se comparadas ao tamanho da responsabilidade de mantê-la em segurança. Será que Gwendy estaria preparada para assumir essa missão?⠀

A pequena caixa de Gwendy se passa em Castle Rock, cenário já conhecido em outros clássicos do autor nos livros Cujo e Zona Morta. Ao longo da narrativa feita em terceira pessoa, acompanhamos o amadurecimento de Gwendy e descobrimos junto à garota o fardo de ter em mãos tamanho poder. É claro que queremos imaginar que em seu lugar usaríamos esse poder para o bem, mas será mesmo que não seríamos corrompidos por ele em algum momento?⠀

Com uma escrita fluída e um enredo instigante, Stephen King e Richard Chizmar entregam ao leitor uma fantasia sombria e reflexiva. Trata-se de leitura rápida, mas com um grande dilema moral e ético. Aqui o terror fica a mercê de resistir à tentação de usar os poderes da caixa para benefício próprio, mostrando que o ser humano por mais bondoso que seja ainda é imperfeito.


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