06 maio 2016

Resenha - O primeiro último beijo, Ali Harris


Livro: O primeiro último beijo
Autor(a): Ali Harris
Editora: Verus Editora
Páginas: 448
Adquira: Saraiva | Submarino | FNAC | Travessa | Americanas | Livraria Cultura
Livro cedido através da parceria com a editora
“O primeiro último beijo” conta a história de amor de Ryan e Molly, de como eles se encontraram e se perderam diversas vezes ao longo do caminho. Na primeira vez em que eles se beijaram, Molly soube que ficariam juntos para sempre. Seis anos e muitos beijos depois, ela está casada com o homem que ama. Mas hoje Molly percebe quantos beijos desperdiçou, porque o futuro lhes reserva algo que nenhum dos dois poderiam prever…
Esta história comovente, bem-humorada e profundamente tocante mostra que o amor pode ser enlouquecedor e frustrante, mas também sublime. Na mesma tradição de P.S. Eu Te amo e Um Dia, O Primeiro Último Beijo vai fazer você suspirar e derramar lágrimas com a mesma intensidade.


Resenha em parceria com a Giulia, do blog Prazer, me chamo Livro


Você certamente conhece um casal que se conheceu novinho e está junto desde então. Sempre tem aquela história de "casei com meu primeiro namorado", e olhando de fora parece que está vendo um conto de fadas. Aí um dia você resolve chegar perto e descobre que as coisas não são tão perfeitas como aparentam. Mas, chegando mais perto ainda, você entende que por trás de cada problema tem amor, e é isso que mantém o casal junto. É mais ou menos isso que vemos em O primeiro último beijo.

Molly e Ryan estudavam juntos e a princípio não tinham nada em comum, o clássico "os opostos se atraem. Ela era a tímida e isolada aluna que só tinha uma amiga, ele era o cara popular do time de futebol. A família dela era de fachada, distantes demais; em compensação a dele era todo mundo junto e misturado. Seus sonhos eram bem diferentes. Mas quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?

As mesmas diferenças que os uniram acabam por afastá-los com o passar dos anos. A sensação de ter pulado uma etapa bate à porta: eles se casaram cedo demais, compraram uma casa cedo demais, viraram adultos cedo demais. O "e se" não deixa de incomodar Molly, e ela percebe que tem alguma coisa errada.

Ryan sempre pareceu o destino final para mim, o ponto de descanso. Ele foi meu primeiro destino, de modo que não viajei muito para encontrá-lo. Desde então, temos andado depressa em volta do tabuleiro do Banco Imobiliário da vida, perdendo as cartas da sorte e nos acomodando em uma casa no primeiro quarteirão onde caímos.
[...]
E agora não posso deixar de pensar que, se ainda estou no tabuleiro do Banco Imobiliário, talvez seja hora de usar a carta de saída livre da prisão.

Mas quando é amor é amor e não tem jeito. Tem defeitos - e muitos! -, tem brigas - e como tem! -, mas é amor. E que história linda. A autora construiu dois personagens extremamente críveis, cheios de manias e falhas, repletos de sonhos e vontades, com os quais me identifiquei em vários momentos, dos quais senti raiva em várias cenas. O amor é assim, não é perfeito, mas é.

Amar alguém significa saber que você não vai ser feliz o tempo todo, que ninguém pode fazê-la feliz o tempo todo. Essa é uma expectativa totalmente irreal. E às vezes, em um casamento ou em um relacionamento longo, você precisa aprender isso.

Fiquei apaixonada por Ryan e Molly, pela história deles, pelas chances que dão ao relacionamento, pela maturidade que conquistam juntos, pelas concessões que fazem pelo outro, pelo casamento tão difícil, tão problemático e tão cheio de amor que têm. Comecei o livro sabendo que alguma coisa deu errado, afinal tem um último beijo nessa história aí, e cheguei a sentir raiva de gostar tanto deles dois quando era certo que esse casamento ia ter um fim. Mas foi mais forte do que eu, a cada cena eu torcia ainda mais pela felicidade dos dois e ficava mais indignada quando um deles fazia besteira.

Senso comum a quase todo leitor: demoramos MUITO a engrenar na narrativa e embarcar de vez na história. É um vai e vem sem fim, marcado na diagramação por aquelas setinhas de controle remoto (► ►► ◄◄), que a princípio te deixam completamente perdido. Não foi nem uma nem duas que rolou mensagem de desespero no WhatsApp porque queria abandonar o livro, mas sempre tinha uma com a cabeça no lugar que tinha lido uma resenha, visto alguém comentando, caçado a nota no Skoob e no Goodreads... E foi assim que a gente não desistiu. Ainda bem! Então, por favor, confie em nós e vá até o fim, mesmo que pareça um tanto confuso.

Eu achava que tirar fotografias me faria enxergar melhor as coisas, congelar o momento, lembrá-lo para sempre. Mas percebo que a única maneira de fazer isso é viver o momento, não ficar atrás de uma lente. Nós não precisamos de fotos ou vídeos intermináveis, ou lembrancinhas, ou anéis de noivado para recordar esses momentos especiais, porque eles sempre estarão presentes. Mesmo que desvaneçam um pouco com o passar do tempo, um dia o sol vai brilhar no céus em certa manhã, de certa maneira, ou vamos encontrar algo há muito perdido, uma concha talvez, ou um cartão que vai chegar peço correio... e tudo virá à tona. E as lembranças serão boas, e saberemos que somos abençoados por tê-las.

Talvez se a autora tivesse contado de um jeito diferente, totalmente sequencial, não fosse tão impactante quanto foi - e não posso falar muito pra não soltar nenhum spoiler. Passei quase metade do livro achando uma coisa e acabou que foi outra (que bom! adoro ser surpreendida!). Acredito que essa forma se encaixaria perfeitamente bem em um filme, e provavelmente essa tenha sido a intenção da autora. Vamos torcer pra algum estúdio comprar os direitos e transformar isso aí em realidade.

[parágrafo da Giulia]
O livro foi um festival de marcações de frases impactantes. Me identifiquei bastante com a Molly, por ter me casado cedo e recentemente ter vivido uma crise no meu relacionamento, quando pensei muitas coisas que ela também pensou. Em alguns momentos eu lia, marcava o trecho, relia, parava, pensava, fechava o livro, ia fazer outra coisa e continuava pensando. Foi um tempo de análise pessoal muito importante. E ainda dizem que é literatura de entretenimento.
[/parágrafo da Giulia]

Aprendi que fazer concessões é o que une as pessoas. Ceder é partilhar e conciliar, é ser gentil, amoroso e altruísta. É abrir os braços para outra pessoa e dar um passo até o meio do caminho entre o que você quer e o que a outra pessoa deseja e sonha.

Toda resenha que você for ler vai ser basicamente isso, um monte de gente falando bem do livro, que demorou a pegar o espírito da coisa, mas que valeu a pena insistir porque é uma história maravilhosa. Essa será mais uma reforçando o apelo pra você dar uma chance ao livro. Leia!
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Valendo um exemplar de Dez coisas que aprendi sobre o amor.

8 comentários

  1. Oi, boa noite
    Pra começar, gostei da frase do Legião, rs. Nunca tinha lido uma resenha nesse estilo e curti demais.
    Bom, sobre o livro, já tinha lido uma resenha sobre ele em um outro blog e fiquei muito interessada. Do que eu pude ver é um livro que fala sobre abrir mão de certas coisas pelo amor, e que na vida real também é assim. A vida é feita de escolhas e consequências. Acho que foi isso que despertou meu interesse, de ser tudo bem real.

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  2. Primeira resenha que leio sobre esse livro que aliás nem conhecia direito e já fiquei com olhos marejados.
    Sou uma romântica, que mesmo já passada da idade, acredita no amor, vive o amor..nas letras, na poesia..na alma cansada.
    E amor não é conto de fadas. Não é isso. Cazuza dizia que queria a sorte de um amor tranquilo. Se for tranquilo, não é amor,ponto!
    Preciso conhecer esse casal, mesmo que me perca(porque sou lesada),mas preciso ler esse livro.
    Adorei a resenha!
    Beijo

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  3. Quando entrei no blog e vi a capa desse livro, fiquei logo interessada. Me chamou muito a atenção, pois me lembrou as capas dos livros da Jojo Moyes e da Dani Atkins. Por acaso essa autora tem o estilo parecido com o delas? Depois comecei a ler a resenha e me encantei! Já fiquei muito, mas muito curiosa mesmo pela leitura. Vou ler e depois volto aqui para contar como foi!
    A propósito, parabéns pelas resenhas e pelo blog, que está a cada dia mais lindo e fofinho!! :-)

    Bjs!!

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  4. O que é isso Dreeh? Já estava louca de desejos por esse livro quando vi o lançamento, pois tanta a capa como o título chamaram minha atenção, e você vêm com uma resenha dessas e me deixa ainda mais desesperada pelo livro! Hahaha.
    Quando vi que o livro segue a tradição dos livros P.S. Eu te amo e Um Dia, eu pirei de vez. Esse livro promete ter uma história muito linda e tocante, garanto que vou suspirar e derramar muitas lágrimas durante a leitura, sem falar que amo ser surpreendida, e pelo que vi, é o sentimento que terei ao terminar a leitura. Preciso urgentemente desse livro na minha estante!
    Beijos

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  5. Olá Dreeh,
    Estou lendo várias resenha desse livro e estou muito interessada em ler, achei a premissa ótima e adore histórias nesse estilo.

    Parabéns pela resenha!

    www.booksimpressions.com.br

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  6. Li duas resenhas deste livro e você está certa, as duas dizem basicamente a mesma coisa. Mas isso não me anima muito. Li "um dia" e não gostei e tenho medo de livros no mesmo estilo. Me decepcionei com a história de David Nicholls por vários motivos e não sei se não vou me decepcionar com "o primeiro último beijo". Talvez um dia eu leia. Mas não agora.

    http://notasmentaisparaumdiaqualquer.blogspot.com/

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  7. Estou enlouquecida. Que resenha! Nossa, eu to com muita vontade mesmo de ler esse livro. Talvez pela situação que estou passando, me identifiquei um pouco com a Molly kk E esses quotes? Nossa, de destruir o coração mesmo! Parabéns meninas, ficou maravilhosa essa resenha em parceria de vocês duas.

    Beijosss

    http://www.maleando.com.br/

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  8. Olá!

    Só de ver a capa e ler a sinopse há alguns dias atrás, já tive vontade de ler esse livro... E agora com essa resenha, fiqeui com mais vontade ainda!
    Fiquei bem curiosa, mas espero que não tenha o mesmo final de P.S eu te amo e Um dia </3

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