Livro: Celular
Autor(a): Stephen King
Editora: Suma
Páginas: 384
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Onde você estava no dia 1º de outubro? O protagonista Clay Riddell estava em Boston, quando o inferno surgiu diante de seus olhos. Bastou um toque de celular para que tudo se transformasse em carnificina. Stephen King - que já nos assustou com gatos, cachorros, palhaços, vampiros, lobisomens, alienígenas e fantasmas, entre outros personagens malévolos - elegeu os zumbis como responsáveis pelo caos desta vez. Depois de anos de tentativas frustradas, o artista gráfico Clay Riddell finalmente consegue vender um de seus livros de histórias em quadrinhos. Para comemorar, decide tomar um sorvete. Mas, antes de poder saboreá-lo, as pessoas ao seu redor, que por acaso falavam ao celular naquele momento, enlouquecem. Fora de si, começam a atacar e matar quem passa pela frente. Carros e caminhões colidem e avançam pelas calçadas em alta velocidade, destruindo tudo. Aviões batem nos prédios. Ouvem-se tiros e explosões vindos de todas as partes. Neste cenário de horror, Clay usa seu pesado portfolio para defender um homem prestes a ser abatido, Tom McCourt, e eles se tornam amigos. Juntos, eles resgatam Alice Maxwell, uma menina de 15 anos que sobreviveu a um ataque da própria mãe. Os três sortudos - entre outros poucos que estavam sem celular naquele dia - tentam se proteger ao mesmo tempo em que buscam desesperadamente o filho de Clay. Assim, em ritmo alucinante, se desenrola esta história. O desafio é sobreviver num mundo virado às avessas. Será possível?
Celular chegou ao Brasil em 2007 pela Companhia das Letras, sendo reimpresso esse ano pelo selo Suma de Letras. Fiquei muito feliz com essa novidade, já que não tive a oportunidade de ler na época que foi lançado e logo depois ele se tornou uma raridade nas livrarias. Foi somente em 2016, quando o livro foi adaptado pra o cinema trazendo nomes como John Cusack e Samuel L. Jackson, que pude ter um gostinho do que seria esse livro fantástico. Agora, pude finalmente ler essa que, certamente, é a obra mais sangrenta do mestre King.
Clayton Riddell é um quadrinista sem sucesso, tanto em sua vida profissional, quanto na sua vida pessoal. Ele vê uma oportunidade de mudar de vida quando recebe a oportunidade de vender uma de suas HQs em Boston no estado de Massachusetts, longe de sua cidade que fica no estado Maine. Clayton está realmente feliz com o fechamento do negócio e está pronto para voltar para a sua cidade com a intenção de rever seu filho e reconquistar sua ex-mulher, parou apenas para tomar sorvete em um desses caminhões sorveteiros quando um evento sinistro acontece. Clay logo percebe que todas as pessoas ao seu redor que antes utilizavam seus celulares, agora estão transformadas em pessoas altamente violentas e perigosas.
A cabelinho claro largou a mulher do terninho executivo, que desabou na calçada com a carótida aberta a dentadas ainda esguichando, e então saltou na direção da garota com quem ela estivera dividindo amigavelmente um telefone poucos minutos atrás.
Clay não tinha celular, ele nunca se interessou pelo aparelho e isso pode ter salvado a sua vida quando aconteceu o “Pulso”, nome que o evento ficou conhecido mais tarde. No meio da confusão, Clay conhece Tom McCourt e decidem fugir daquele caos que a cidade se transformou. No caminho Clay e Tom conhecem Alice, uma adolescente que estava na frente do hotel onde Clay se hospedou, toda ensanguentada e desorientada e Jordan, um pré-adolescente um tanto nerd. É nesse ponto que as teorias sobre os acontecimentos vão se esclarecendo.
Em algum lugar mais afastado, tiros pipocaram. Pareciam fogos de artifício. O ar fedia a fuligem e a coisas carbonizadas, e tinha sido assim o dia todo. Clay achou que o cheiro estava mais forte por conta da chuva. Ele se perguntava quanto tempo levaria para o bolor de carne em decomposição que pairava sobre a Grande Boston se transformar em uma fedentina. Calculava que iria depender do calor que fizesse nos próximos dias.
Confesso que por conta de ter assistido o filme, já sabia o que esperar do desfecho, mas ainda haviam surpresas e que me deixaram de queixo caído, o cinema não foi capaz de mostrar graficamente o caos e terror que esse livro passa ao leitor e convenhamos, o filme é bem ruim, leiam o livro.
Essa versão de 2018 lançada pela Suma possui uma bela capa de Jorge Oliveira com acabamento em brochura com orelhas. O título e o nome do autor estão em alto relevo e os cacos de vidro estilhaçando dão um efeito 3D bem bacana. O papel pólen soft torna a leitura das 384 páginas bem agradável.
Olá!
ResponderExcluirStephen King não para de surpreender com suas tramas originais que arrepiam só pela sinopse. Apesar de não ser fã de terror tenho muita vontade de conhecer a escrita dele. Eu também não conheço o filme. O que mais se destaca nessa obra acho que é o alerta para o uso indiscriminado da tecnologia, nos tornando escravos dos aparelhos eletrônicos já que é o celular que transforma as pessoas em zumbis. A capa está bem bonita mesmo. Acho que os fãs irão curtir muito essa nova edição.
Beijos
Só o mestre King poderia trazer um roteiro tão original, como um verdadeiro tapa na sociedade e mesmo assim, não causar o furor das pessoas que já são meio zumbis nesse meio tecnológico!!!
ResponderExcluirAinda não consegui ter este livro do Mestre e conferir toda esta história, que mais uma vez, traz o terror psicológico.
Preciso rever o filme!!!
E claro, ler o livro.rs
Beijo
Olá, é difícil encontrar alguma obra de Stephen King que não seja um primor no que se refere à escrita, né? E aqui não é diferente, sendo que a trama exige estômago por conta da minúcia de detalhes que o autor faz questão de colocar nas cenas de horror protagonizadas pelas afetados pelo celular. É possível até extrair uma reflexão acerca do uso que fazemos desses aparelhos, e até onde ele é saudável para nossa sanidade. Beijos.
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