Resenha - Incendeia-me, Tahereh Mafi

UM DIA EU POSSO ROMPER UM DIA EU POSSO R O M P E R E ME LIBERTAR NADA MAIS VAI SER IGUAL O destino do Ponto Ômega é desconhecido. Todas as pessoas com quem Juliette se importa podem estar mortas. Talvez a guerra tenha chegado ao fim antes mesmo de ter começado. Juliette foi a única que restou no caminho d O Restabelecimento. E sabe que, se ela sobreviver, O Restabelecimento não sobreviverá. Entretanto, para destruir O Restabelecimento e o homem que quase a matou, Juliette vai precisar da ajuda de alguém em quem nunca pensou que pudesse confiar: Warner. Enquanto eles lutam juntos para combater o inimigo, Juliette descobre que tudo que ela pensava saber sobre seu poder, sobre Warner e até mesmo Adam era uma mentira.

SÉRIE: Estilhaça-me #3
AUTOR: Tahereh Mafi
EDITORA: Novo Conceito				EDIÇÃO: 2014
CONCEITO: 5 estrelas				PÁGINAS: 383
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CUIDADO ESSA RESENHA POSSUI SPOILER DOS LIVROS ANTERIORES

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Incendeia-me é o último livro da trilogia Estilhaça-me escrito pela talentossísima autora Tahereh Mafi. Já sinto saudades desse incrível mundo diatópico criado pela autora.

Depois de levar um tiro de Anderson no peito e quase morrer, Juliette é salva por Warner com a ajuda de Sara e Sonya. Porém nossa protagonista não esperava pela notícia que receberia ao despertar, após o terrível confronto entre o Restabelecimento e seus amigos rebeldes do Ponto Ômega, Juliette se vê sozinha mais uma vez, e precisa procurar forças para destruir Anderson e vingar a morte de seus amigos.

Minha cabeça está girando, os pensamentos trombando uns nos outros, mas engulo as lágrimas. Aperto os punhos e tento não gritar e guardo meus amigos no coração e a vingança eu penso, nunca pareceu tão doce. (pág. 16)

Com o Ponto Ômega destruído e a perda de seus amigos, a dor, o desespero e a vontade de fazer justiça deixam nossa protagonista mais forte e confiante, e a menina insegura de Estilhaça-me e Liberta-me é deixada para trás em Incendeia-me. Juliette agora está definitivamente convencida de que ela é a pessoa certa para destruir Anderson e derrubar o Restabelecimento, e para isso ela precisará controlar melhor os seus poderes e contará com uma aliança que nunca imaginou ser feita, unirá forças com Warner, o líder do setor 45, e juntos tentarão convencer outros rebeldes de que é possível derrubar esse sistema que os oprimem.

Não tenho mais medo do medo, e não vou deixa-lo mandar em mim. O medo vai aprender a me temer. (pág. 100)

Em Incendeia-me Mafi nos faz entender melhor os motivos de Warner ser como é, e embora o “vilão” tenha feito tantas atrocidades anteriormente, a autora trabalha as características do personagem de uma forma tão brilhante que faz o leitor mudar completamente sua visão sobre o rapaz. E assim como nós, Juliette também se vê surpreendida com os fatos ocorridos com Warner, e embora o rapaz tente esconder alguns segredos sombrios, e nem ele mesmo aceite defender-se e nem dizer nada a seu favor, a verdade vem à tona e nos mostra outro lado do personagem que jamais esperaríamos conhecer ou que existisse.

[...] Eu não queria que você soubesse. Mas não suponha que entende minhas ações – ele diz, enfim olhando-me nos olhos. – Porque, se fizer isso, posso garantir que só vai encontrar decepções. E, se insistir em continuar a fazer suposições quanto ao meu caráter, dou apenas este conselho: presuma que sempre vai estar errada. (pág. 45)

Uma coisa que me deixou um pouquinho triste nesse livro foi como a autora diminuiu a importância de Adam na vida de Juliette e na saga em si. O personagem que anteriormente vinha brilhando, ficou um tanto apagado neste livro e tomou atitudes extremamente infantis. Sei que com certeza a autora quis mostrar que ele estava sofrendo por estar sendo deixado de lado por Juliette, mas acredito que algumas reações foram desnecessárias, pois a vida e a necessidade de cuidar de James, o amadureceram bastante e deveriam ter sido fatores cruciais para manter sua dignidade. Mas o que consegui enxergar foi alguém amargurado, derrotado e completamente humilhado.  Outro personagem que roubou a cena e se tornou marcante neste livro foi Kenji, que mesmo em meio ao caos, manteve-se confiante e determinado. Os diálogos de Kenji são divertidíssimos, e sua amizade e seus treinamentos com Juliette tornam-se fatores importantes para ajuda-la a superar seus limites e encontrar a força que precisa para enfrentar Anderson.

Tahereh Mafi termina a série de forma brilhante, deixando muito ação para os últimos capítulos do livro e nos deixando sem fôlego até a última página. Se você curte distopia, prepare-se para uma história cheia de reviravoltas e escrita de uma forma totalmente diferente do que você já viu por aí. 

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