18 dezembro 2018

Resenha - Whitney, meu amor, Judith MCNaught


Livro: Whitney, meu amor (Dinastia Westmoreland # 2)
Autor(a): Judith McNaught
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 490
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
A encantadora e impetuosa Whitney não tem medo de dizer o que pensa. Por conta de seu comportamento pouco apropriado para uma moça da sociedade inglesa do século XIX, ela é forçada, pelo pai frio e severo, a mudar-se para a casa dos tios em Paris, onde recebe aulas para se tornar uma dama. Sob o cuidado dos amorosos e dedicados tios, ela desabrocha em uma mulher sofisticada e bela, tornando-se a sensação da esfuziante sociedade parisiense. Quando retorna à Inglaterra, está mudada, mas ainda deseja conquistar o belo Paul, seu primeiro amor. Mas há alguém que parece disposto a destruir sua felicidade: trata-se de Clayton Westmoreland, um poderoso duque, que está decidido a ter Whitney a qualquer preço.



Whitney cresceu fora dos padrões impostos pela sociedade londrina, e mesmo após as demasiadas tentativas de seu pai em tentar fazer a filha comportar-se como uma dama, a moça de apenas quinze anos não hesitava quando queria chamar a atenção de seu vizinho Paul Sevarin, por quem ela nutre uma paixão platônica desde muito jovem.

Cansado de ver a filha ridicularizando o nome da família enquanto subia em árvores, usava calças ou fazia acrobacias perigosas em seu cavalo, seu pai decide envia-la para a França para morar com os tios. Esse período longe não apenas a afastaria de Paul e das humilhações diárias a qual se submetia, mas a transformaria em uma dama e talvez até colocasse um pouco de juízo em sua cabeça.

Quatro anos depois, Whitney é uma jovem de beleza singular e sua educação dispensa comentários. Convidada requisitada nas festas da alta sociedade e amiga de Nicolas DuVille, sua presença marcante e temperamento forte atrai diversos admiradores em busca de corteja-la. O problema é que Whitney ainda leva consigo a convicção de conquistar Paul, e todo e qualquer cavalheiro que tenta se aproximar com uma proposta logo é descartado.

Em uma dessas festas, Whitney sem imaginar captura a atenção do Duque de Claymore, um homem conhecido por suas riquezas e por seu comportamento libertino. Obcecado pela jovem, Clayton Westmoreland investiga a vida de Whitney e descobre que seu pai está enterrado em dívidas até o pescoço. Com a proposta de quitar todos os débitos do futuro sogro, o Duque e sua fortuna selam o destino de Whitney em segredo. E a jovem que acredita ainda ter a liberdade de casar-se com Paul, volta para Londres a mando do pai, sem nem imaginar que seu retorno faz parte dos planos de Clayton em conquista-la e toma-la como esposa.

Whitney era uma tentação, uma feiticeira nata, uma sedutora com sorriso de anjo, tinha o corpo esguio e perfeito de uma deusa, um encanto puro que o fazia sorrir quando pensava nela. Além disso, tinha senso de humor e um jeito irreverente de descobrir o ridículo que existia por trás de certas coisas tidas como sérias. Nisso, os dois eram muito parecidos.

Whitney, meu amor é o segundo volume da série Dinastia Westmoreland que conta com quatro livros que podem ser lidos de forma independente. Esse é meu segundo contato com a escrita de Judith MCNaught, e só posso dizer que meu amor por sua escrita só aumenta a cada livro.

Suas mocinhas são fortes e espirituosas e testam a paciência dos mocinhos até o limite, o que por vezes os faz tomar decisões impensadas que podem vir a incomodar alguns leitores, mas por se tratar de um romance de época, alguns comportamentos esbarram na realidade das experiências vividas por tantas mulheres que séculos atrás eram tratadas como mercadoria por pais e maridos. E com Whitney e Clayton a história não foi diferente.

Whitney possui um temperamento forte, é impertinente, inteligente e tem um bom senso de humor, mas seu comportamento algumas vezes ainda beirava a infantilidade. Em contrapartida temos Clayton, o poderoso Duque de Claymore, um homem prepotente, obsessivo e com atitudes machistas que em alguns momentos irritam, mais que em outros nos arrancam muitos suspiros.

Esse é o típico romance de gato e rato, onde os personagens vivem se enfrentando e até mesmo se odiando, mas que no fim aquece nosso coração. Odiei a forma como Clayton tratou Whitney em alguns momentos, principalmente na passagem que se refere à virgindade, mas também odiei Whitney e sua paixão obsessiva por Paul Sevarin, um homem que nunca lhe deu valor, mas que ela insistia que amava.

Fazia tempo que eu não lia uma história que me fazia varar a madrugada em busca de respostas. E com Whitney, meu amor, eu simplesmente não vi as horas passarem devido à fluidez da escrita da autora e da delícia que é ler suas tramas tão bem elaboradas.

Whitney, meu amor é um romance intenso que amadureceu com os personagens ao longo da história e dos percalços que enfrentaram no decorrer do caminho tortuoso do amor. Para quem busca uma trama apaixonante e arrebatadora, essa indicação é perfeita.


4 comentários

  1. ainda nao conhecia essa autora, gostei bastante de conhecer o livro pq gosto de romances historicos

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  2. Eu também gosto muito deste jeito da autora trazer personagens impetuosas e engraçadas. Que por serem muito fortes, acabam trazendo todo este jeito de meninas arteiras..rs Mas que acabam se rendendo ao sentimento quando encontram o amor!
    Ainda não comecei esta série, mas vou acompanhando e espero ter e ler em breve!!!
    Beijo

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  3. Olá, essa tendência de empoderamento feminino nos romances de época já é algo recorrente na literatura, e nessa obra temos uma protagonista extremamente bem caracterizada, que cativa rapidamente o leitor pela sua personalidade alheia à sociedade. Confesso, contudo, que achei ambos os personagens masculinos uns trastes, sendo que Whitney não deveria ficar com nenhum dos dois. Beijos.

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  4. Olá Glaucia!
    Judith é um nome novo para mim no universo dos romances de época. Whitney ganhou meu respeito por ser tão obstinada apesar de não saber administrar direito seus sentimentos. Esse tipo de romance onde raiva se torna amor é o melhor de todos. Também me incomodo com o tratamento dado às mulheres antigamente mas entendo que era o pensamento da época e isso só me faz valorizar a autonomia e os direitos femininos. Dica anotadíssima na lista de desejados.
    Beijos

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