17 outubro 2019

Resenha - O Livro do Cemitério 2, Neil Gaiman


Livro: O Livro do Cemitério ( volume #2)
Autor(a): Neil Gaiman
Editora: Rocco
Páginas: 320
Adquira: Amazon

Na adaptação em quadrinhos deste premiado bestseller, feita pelo parceiro de longa data de Gaiman, P. Graig Russel, a fantástica e comovente história do jovem Nin consegue atingir novos patamares. No segundo volume, é pelas mãos dos talentosos artistas David Lafuente, Scott Hampton, Kevin Nowlan, Galen Showman e o próprio P. Craig Russel, que a saga do herói de carne e ossos e seus amigos espectrais chega a seu agridoce, mas esperançoso, fim.




Nin Owens cresceu órfã e aos cuidados dos espíritos de um cemitério próximo a residência onde sua família foi assassinada. Agora aos 11 anos sua sede por explorar mais do mundo dentro e fora dos portões do cemitério é evidente. Motivo pelo qual seu guardião Silas sabe que é chegada a hora de revelar ao garoto detalhes sobre a morte de sua família.

O problema é que o assassino chamado Jack ainda está a procura do garoto para concluir sua tarefa e por isso Nin precisa aprender mais sobre os perigos que o cercam no mundo dos vivos. Mas como aprender quando o garoto cresceu apenas na companhia dos mortos?

Pensando nisso, Silas permite que Nin frequente a escola da região. Mas para impedir que o garoto seja localizado, apaga todos os seus dados do registro escolar. Estar em meio aos vivos é como um sonho realizado para o Nin, no entanto, ele logo descobrirá que lidar com os vivos pode ser bem mais difícil do que com os mortos.

Com o passar dos anos, fica perceptível que nem mesmo todos os cuidados de Silas serão suficientes para proteger o garoto de enfrentar seu próprio destino. Nin precisará confrontar seu passado se quiser encontrar as respostas relacionadas à noite que mudou o rumo de sua vida. E, é nesse encontro de tirar o fôlego que o garoto e o leitor finalmente terão suas dúvidas sanadas.

Se eu já havia me encantado pelo menino criado pelos mortos antes, aqui essa paixão só ficou mais em evidência. Embora longe dos humanos, os interesses e conflitos de Nin mudaram com o passar dos anos. Suas necessidades já não são as mesmas da infância, ele anseia por saber mais, por estar cercado de gente de sua idade e por se sentir parte de algo. Essa evolução do personagem foi completamente justificada, afinal mesmo criado em outro ambiente, Nin ainda é humano e por isso seus anseios e inseguranças surgiriam conforme sua visão de mundo se transformasse. ⠀

Nesse segundo volume temos muito mais cenas de ação e tensão, o que tornou quase impossível largar a HQ antes de sua conclusão. O final me deixou de coração partido, mas foi o correto para a evolução de Nin e de toda a sua história.


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