16 maio 2017

Resenha - Um Menino em Um Milhão, Monica Wood



Livro: Um Menino em Um Milhão
Autor(a): Monica Wood
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
Adquira: Saraiva | SubmarinoLivraria Cultura
Livro cedido através da parceria com a editora

Quinn Porter é um guitarrista de meia-idade que nunca conseguiu deslanchar na carreira. Enquanto aguardava sua grande chance na música, foi um marido e pai ausente, e jamais conseguiu estabelecer um vínculo afetivo com o filho, uma criança obcecada pelo Livro dos Recordes e algumas peculiares coleções. Quando o menino morre inesperadamente, alguém precisa substituí-lo em sua tarefa de escoteiro: as visitas semanais à astuta Ona Vitkus, uma centenária imigrante lituana. Quinn assume então o compromisso do filho durante os sete sábados seguintes e tenta ajudar Ona a obter o recorde de Motorista Habilitada Mais Velha. Através do convívio com a idosa, ele descobre aos poucos o filho que nunca conheceu, um menino generoso, sempre disposto a escutar e transformar a vida da sua inusitada amiga. Juntos, os dois encontrarão na amizade uma nova razão para viver.



Quinn Porter é um guitarrista itinerante que vive da música e para a música. Tendo a música como sua maior, e talvez única paixão, Quinn não foi capaz de sustentar uma família, de se manter presente como Pai e Marido, sendo assim, seu filho de 11 anos conheceu muito pouco do Pai e vice versa.

O menino – como é tratado o tempo todo no livro – é um garoto recluso, tímido, e que tem alguns transtornos que não são bem explicados na história, seu maior interesse é nos recordes do Guiness, mas ninguém entende - nem tentam - tamanho interesse.

Até que o menino entra para o grupo de escoteiro e conhece a adorável – e inicialmente difícil – Ona Vitkus, uma senhora de 104 anos que vive sozinha e recebe auxílio de alguns grupos, como o dos escoteiros. O menino tem a missão de ajudar ela com algumas tarefas da casa, como cuidar dos passarinhos, limpar o quintal e etc. Durante esses momentos eles acabam criando um laço de amizade, Ona encontra no menino uma companhia agradável e inteligente, e ele por sua vez, acha alguém que o escuta, e entende seus interesses sem julga-lo. Ao contrário, Ona embarca na onda do menino, e ambos planejam inseri-la no Guiness como a pessoa mais idosa do mundo a ter uma habilitação.

Porém, tudo muda quando o menino morre. Ona preocupada com o sumiço repentino do jovem amigo, inicialmente pensa que ele se cansou dela, mas ao receber a visita de Quinn, pai do menino, ela desconfia que há algo errado.

Sentindo-se culpado por não ter sido um pai presente e amoroso para o filho, Quinn decide que vai assumir o compromisso do garoto e comparecer à casa da centenária ao qual o menino ajudava, e assim concluir as semanas de trabalho que faltavam para o menino. O que ele não contava é que, aquela senhora conhecia seu filho mais do que qualquer pessoa, mais do que ele mesmo. E é ali que ele passa a conhecer e entender mais o filho.

Quinn e Belle, os pais do menino, têm reações diferentes à perda dele. Belle, como toda mãe, sente que sua vida acabou e que nada mais tem sentido, se afogando na dor e no luto. Já Quinn, segue a vida tentando algum prestígio na música, e tentando compensar tudo que perdeu da vida do filho dando a Belle todo dinheiro que daria para sustentar o filho até a faculdade, e claro, visitando Ona.

Ao longo do livro vamos vendo Quinn tentando amadurecer e se redimir, Belle tentando sobreviver e perdoar o ex marido, e Ona tentando seguir os planos que havia feito com o menino.

Preciso confessar algo, não consegui me conectar com nenhum dos personagens, nem mesmo o menino. A única que conseguiu me fazer sentir uma leve ternura por ela foi Ona, que é fofa e engraçada em alguns raros momentos.

A história nos trás reflexões incríveis num todo, sobre a dor da perda, como cada um lida com ela, sobre amizade, sobre perdão. E sim, a história poderia ser bem mais. O livro é narrado em terceira pessoa o que, em minha opinião, empobreceu a história, já que assim não somos capazes de saber o que realmente se passa na cabeça e sentimentos dos personagens, é tudo mostrado de maneira superficial, o que torna um pouco frio o ponto de vista.

Uma história como essa poderia ter me tocado bem mais, e era o que eu esperava quando li a sinopse, porém não foi o que aconteceu. Foi uma leitura que não funcionou tão bem pra mim, não me prendeu não me cativou, apesar de Ona ser uma fofa, não chegou ao ponto de me comover, acho que eu criei muita expectativa. Mas talvez funcione para outras pessoas.

Leiam e depois me digam o que acharam!


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Valendo um exemplar de O Sol Também é Uma Estrela.



11 comentários

  1. Quando eu li a sinopse imaginei que a trama séria aqueles dramas de luto, em tentativa de superar a dor, e apesar da mãe se sentir assim, vejo que ainda e mais um acompanhamento corrido de como as pessoas que estavam em volta daquele garoto lidaram com toda a situação. Pela sua resenha vejo que talvez faltou um desenvolvimento maior entorno dessa premissa para que o leitor pudesse se envolver, e se apegar aos personagens.

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  2. Achei a história diferente de tantas que já li é claro que quero ler conhecer Quinn, uma pena algumas coisas não ficarem bem explicadinhas e não te te cativado tanto quanto esperado será que não haverá um segundo livro?
    Até mais.

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  3. Que pena que não te conquistou achei que seria uma historia que pega o leitor de jeito com suas emoções e o menino conquistaria o leitor, mas pelo menos tem as reflexões. Ou pelo menos o pai poderia nos conquistar depois da perda do filho pelo fato dele só se preocupar em conhecê-lo melhor depois do ocorrido, pelo menos teve o bom senso de continuar com a boa ação do garoto.

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  4. Eu sou apaixonada por histórias assim, onde crianças ou jovens, acabam mudando a vida de pessoas de mais idade. No cinema então isso funciona muito bem!
    Não conhecia o livro e já quero muito poder conhecer mais sobre os personagens. Sem contar o lance da música que é outra coisa que gosto bastante!
    Espero poder ler!
    Beijo

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  5. Nossa, mas que pena que o livro não agradou tanto assim. É ruim quando a gente não consegue se conectar com os personagens, mesmo que a história passe lições e coisas a se pensar. Acho que perde muito da graça porque se a gente não se conecta ao personagem não dá pra mensagem ser passada direito. Não sei, perde muito do impacto =/
    Mas ainda queria ler. Parece que tem uma trama legal.

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  6. Olá,
    Que fofo, amei a historia do livro, quando vi a capa eu me apaixonei mais nunca soube do que se tratava a historia. A trama parece bem envolvente, interessante e algo renovador porque uma criança por escutar uma idosa já de idade e algo raro de se ver. Para mim e uma grande lição de um garoto poder querer ajudar essa senhora. Pena que no final o menino morre e bem triste isso, o pai também deveria pelo menos dar atenção a ele mas nunca teve essa oportunidade e sempre ruim quando alguém que não damos importancia morre e você perceber o erro que cometeu!

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  7. Oi Jaque,
    Que coisa, estava com as expectativas lá em cima com esse livro, me encantei com a sinopse, pensei que seria uma emocionante história que conquista pela simplicidade e pelas lições de perda e luto. Que pena que o enredo não é bem desenvolvido, que ficou superficial, se fosse narrado em primeira pessoa seria completamente diferente. O que salva são as lições e reflexão que a história traz.
    Beijos

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  8. Eu já vi esse livro no Facebook e confesso que não me chamou muito a atenção!
    A capa em si é linda e a sinopse tbm é legal, mas vi várias resenhas e a maioria eram negativas.
    Uma pena que para você não funcionou muito, acho que vou deixar passar essa leitura!
    Beijos

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  9. Oi Jaque!
    Vi outras pessoas reclamando do livro ser em terceira pessoa.
    Acho que quando falamos de um assunto tão delicado como a perda das pessoas que amamos é melhor que seja escrito em primeira pessoa, pois assim conseguimos entender melhor os personagens, se colocar no lugar dele, ter empatia e, claro, sofrer mais rs.
    Do jeito que você falou parece mesmo que a narrativa é um pouco fria.

    Beijos!

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  10. Já tinha visto ele no skoob, mas essa é a primeira resenha que leio, é uma pena que não tenha se conectado com nenhum dos personagens, e a trama não me interessou e acho que assim como voce tambem não conseguirei me apegar a eles.

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  11. Oi Jaque ;)
    Já conhecia o livro e não tinha me interessado em ler :/
    Odeio livros narrados em 3 pessoa, então acho que se lesse provavelmente não iria gostar... mas obrigada pela indicação!
    Bjos

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