08 março 2019

Resenha - Stalker, Tarryn Fisher


Livro: Stalker
Autor(a): Tarryn Fisher
Editora: Faro Editorial
Páginas: 256
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Ela não quer ser igual a você. Ela quer a sua vida. Quando Fig Coxbury compra uma casa na West Barrett Street, sua maior motivação não é o amor pelo bairro, ou ter se apaixonado pelo imóvel. É para ficar mais próxima de tudo o que ela deseja: o marido, a criança e a vida que pertence a outra pessoa. Com os olhos fixos na família Avery, Fig se insere gradualmente na rotina de Jolene, Darius e sua filha, Mercy. E não para por aí... Fig invade a privacidade familiar, e logo acredita que pode assumir, definitivamente, o lugar de Jolene. Ela persegue. Copia. Manipula. Cobiça. Usa táticas e cenas a cada momento. Toda stalker tem um objetivo. Para Fig, nada deve ficar em seu caminho


Ao ver aquela garotinha de cabelos loiros correndo pelo parque, Fig Coxbury sente que reencontrou a sua bebê. Foram dois anos sofrendo a sua perda, sem nenhum daqueles que deveriam amá-la. Sua mãe e seu marido diziam apenas para seguir em frente e tentar outra vez, como se sua bebê não fosse nada. Mas agora que a reencontrou, nada estaria entre as duas. Ela faria o que fosse necessário para estarem juntas.

- Nosso tempo acabou - a doutora Mattews disse. - Vamos explorar melhor isso na semana que vem.
[...] Quanta crueldade dizer a alguém que esta ferrado e deixá-lo no vazio tentando digerir aquilo por uma semana.

Ao primeiro contato com sua nova vizinha, Darius Avery sabe que tem algo de errado com ela. Ser psicólogo o faz analisar toda e qualquer pessoa com quem mantém o mínimo de convivência. Seus filmes preferidos, seu olhar e suas redes sociais são apenas alguns dos indícios, mas não adianta tentar alertar sua esposa. Ela decidiu que a alguém precisa ser salvo da própria insignificância e contradizê-la é a pior opção. Então é melhor criar um relacionamento minimamente amigável com a vizinha... minimamente.

Jolene Avery é uma daquelas raras pessoas puras de coração. Ela não nega ajuda a quem precisa e procura enxergar o melhor das pessoas, mas isso não quer dizer que seja uma santa. A maternidade é uma bênção, mas nem por isso menos desgastante. Assim como seu trabalho. Sempre que que o prazo de entrega de um original está chegando ao fim, os que estão ao redor sofrem com seu pior lado. Ela se torna negligente e intolerante, mas é momentâneo. Nada que sua família não consiga suportar. E agora que sua mais nova vizinha está ali para auxiliá-la, a pressão parece estar bem mais suportável. É bom ter alguém que cuide de seu marido e de sua filha enquanto se dedica a escrita. Mas será dessa vez é ela quem está abusando da boa vontade de outra pessoa?

Instigante, arrastado, surpreendente. Essas foram minhas reações conforme li a primeira parte de Stalker. A proposta dos primeiros capítulos me mostravam uma história cheia de potencial, mais que foi perdendo o foco ao com o passar das páginas e que atraia cada vez menos minha atenção. Até que cheguei no segundo bloco e quase cai para trás. Depois de três dias enrolando, eu finalizei o livro em questão de horas.

Tarryn Fisher é uma autora que me surpreende pelas reviravoltas de suas histórias, mas nesse livro seu foco estava todo no desenvolvimento dos personagens. O plot inicial era muito bom, mas a obsessão de Fig pela pequena Mercy foi sendo deixado de lado até que se tornou quase insistente. Isso me incomodou um pouco, mas o aprofundamento que temos na mente insana de cada personagem é tão louco, que relevei isso na minha avaliação final.

O leitor já inicia a leitura julgando Fig, mas fechamos o livro pensando em como o ser humano consegue ser podre sem emitir nenhum odor do que habita nele. É aquele velho ditado que nos lembra que, ao apontarmos um dedo para alguém, outros três estão sendo apontados para nós mesmos.

Eu nunca perdoaria a Mindy Malone por me inferiorizar o a George por me negligenciar ou a Jolene por ter aquilo que eu desejava para mim. Eu observava as pessoas e passava a querer aquilo que elas queriam. Faz algum sentido? [...] Queria abrir meu crânio e despejar um monte de experiências dentro dele - as boas, as ruins... até mesmo as mais medíocres. Não queria abrir mão de nada, a vida é complicada e exaustiva e, convenhamos, eu ainda tinha um trabalhão pela frente.

Stalker é uma história determinada a mostrar o melhor e o pior do ser humano. Se você tiver estômago, insista um pouco na leitura e divirta-se.




Um comentário

  1. Ah como eu quero ter e ler este livro! Amo o gênero e desde que vi o lançamento deste livro, o quis.
    Li algumas resenhas que falaram do ritmo lento no início, mas pelo que pude perceber acima, isso muda bastante no decorrer da história e isso que dá este ar de investigação gostoso a trama!
    Talvez funcione melhor a outros leitores..rs ou não!
    Lerei!
    Beijo

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