25 setembro 2015

Resenha - Half Wild, Sally Green


Livro: Half Wild (Half Life #2)
Autor(a): Sally Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 332
Adquira: Americanas | Submarino | Saraiva
Livro cedido através da parceria com a editora
Na Inglaterra, onde duas facções rivais de bruxos dividem espaço com os humanos, Nathan é considerado uma abominação. Além de ser um mestiço — filho de uma bruxa da Luz com um bruxo das Sombras —, seu pai, Marcus, é o bruxo mais cruel e poderoso que já existiu. Nesse mundo dividido entre mocinhos e vilões, não ter um lado é pecado. E Nathan não pode confiar em ninguém. Em Half Wild, após descobrir seu dom mágico, mesmo sem ainda conseguir controlá-lo, Nathan se une aos rebeldes da Luz e das Sombras de toda a Europa para derrubar Soul, líder tirânico do Conselho, e os caçadores, cujo domínio se espalhou para além da Inglaterra. O Conselho de bruxos da Luz continua em sua cola e não vai parar até ele ser capturado e obrigado a matar o próprio pai, cumprindo a profecia. Nathan vai precisar encontrar um modo de conviver com seu lado selvagem, descobrir quem são seus verdadeiros aliados e — principalmente — quem é seu verdadeiro amor.

ESSA RESENHA NÃO POSSUI SPOILER DO LIVRO ANTERIOR.
LEIA A RESENHA DE HALF BAD.


Nathan é um meio código, ou seja, meio bruxo da luz, meio bruxo das sombras. Vivendo em uma sociedade preconceituosa, o menino sofreu a vida inteira por sua condição. Mas pior do que ser impuro, era ser filho de quem era. Marcus, seu pai, é o bruxo das sombras mais temido que existe. O que acrescenta uma carga extra se sofrimento e recriminação a sua vida.
No primeiro livro dessa trilogia, conhecemos sua história, sua família e lhe acompanhamos na saga para conseguir sua Cerimônia de Atribuição de Dons. Somente depois de receber seus três presentes e beber o sangue de sua linhagem é que ele seria considerado um bruxo de verdade.

Tenho raiva de quase todo mundo quase o tempo todo, e sinto ainda mais raiva agora do que quando era prisioneiro, porque agora posso olhar para o passada e ver a injustiça e a brutalidade com que me trataram, mas não posso fazer nada a respeito.

Half Wild começa pouco depois do fim do primeiro livro. Ele está na floresta esperando por Gabriel, mas as coisas estão confusas para ele. Todas as noites o seu dom assume o controle e ele não consegue se lembrar de nada do que acontece, apenas tem uma vaga ideia. Semanas se passam até que ele decida agir de verdade, ou melhor, um caminho surge na sua frente, prometendo lhe levar diretamente a Gabriel e a muita confusão.

O Conselho dos Bruxos da Luz o quer morto, ele nunca teve duvida quanto a isso, mas eles estão mexendo com outras pessoas, bruxos poderosos e isso está causando uma revolta não só dos bruxos da Sombra, também há muitos da Luz discordando desse governo elitista. O conselho, que só agia na Inglaterra, esta expandindo seu domínio por toda a Europa e recrutando Caçadores para acabar com os bruxos das Sombras e com qualquer outro que se opor a eles.

- E você, Nathan, precisa de nós. Mesmo que consiga despertar Annalise e fugir de Mercury, acha mesmo que seus problemas acabarão por ai? Os da Luz vão caçá-lo até o fim da terra. E, mesmo que você consiga correr bastante, temo que sua preciosa Annalise não vá durar nem dois minutos.

Mesmo contra sua vontade, Nathan sabe que a causa pode lhe trazer benefícios e querendo ou não, ele é um dos principais alvos do Conselho. Sua missão é simples: lutar e convencer seu pai a se juntar aos rebeldes. Bem, talvez não seja tão simples assim...

É tão bom quando você entra numa história a ponto de ficar pensando nela mesmo quando terminar. Finalizei Half Had dessa forma e em duas semanas eu já havia finalizado o conto Half Lies (que conta a história de Gabriel e como ele foi trabalhar para Mercury) e deste livro que vos resenho. No inicio achei que a autora sofreria do mal das continuações, pois o inicio foi bem lento, mas a história engrenou e não deixou a desejar.

A maior falha desde livro talvez seja a repetição de ideias. Nathan tem como principal objetivo o resgate de Annalise e entendo a posição dele, mas ficou meio chato. Além disso, a autora meio que quis começar um triangulo amoroso sem pé nem cabe. Se já houvesse um indício, uma tendencia aos fatos.. mas não, foi do nada e não ficou bacana.

Tive poucos amigos: Annalise, Ellen e Gabriel. E sei que ele é o que me conhece melhor, que acredita mais em meu potencial. Nem mesmo Arran confiava em mim da forma como Gabriel confia.

Analisse por sinal é uma personagem que me provoca dúvidas quando as suas intensões. Não sei se simpatizei demais com o Gabriel depois de conhecer sua história e agora o estou levando mais a sério ou se ela é simplesmente sem sal e pouco carismática. Agora, Marcus foi um personagem que muito me acrescentou. Pouco sabíamos sobre ele, mas a questão dele se manter afastado da vida do filho ao mesmo tempo em que procurou estar perto me intrigava. Gostei mesmo de conhece-lo melhor, ainda mais pelos olhos de Nathan.

Sally Green continuou escrevendo de forma envolvente, imergindo o leitor na história de forma que nos sentíssemos no lugar do protagonista. Mas ela estraçalhando meu coração ao  finalizar o livro de uma forma bombástica. Eu quero só mais um capítulo, só um epílogo... não é pedir muito, é?Infelizmente ainda não há previsão para a continuação, mas espero que não passe do ano que vem.

A capa é linda, assim como de seu livro anterior: preta na parte da frente e branca atrás. O título vem em auto relevo e a imagem formada pelas chamas verdes dizem muito sobre o momento do protagonista. O livro possui páginas amareladas, fontes e margens confortáveis aos olhos e foi bem legal ver que o dinamismo da escrita foi passado também para a diagramação. Basta você ler as primeiras páginas para entender do que eu estou falando.

A pessoa só é boa quando faz o bem em situações difíceis, não nas fáceis.

8 comentários

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  2. Nossa Dreeh, não fazia ideia de que esta história tinha bruxos e um quê de sobrenatural. Jurei se tratar de uma distopia. Também não gosto quando os autores forçam situações ou se tornam repetitivos no enredo, mas que bom que a escrita segue envolvente. Beijos, Mi

    Blog Recanto da Mi

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  3. Oi Dreh!!
    Não conhecia a trilogia, (é uma trilogia?), gostei da história e apesar de ser a resenha do segundo gosto da ideia de bruxos, mas no momento não estou na vibe desse tipo de leitura!!
    Você tem razão, até parece mesmo que existe a maldição das continuações =/, ainda bem que nesse caso a leitura acaba fluindo!!
    Adorei a capa!!
    Beijos

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  4. Olá Dreh! Não conhecia esse livro! E de cara gostei, amo livros com a temática de bruxos, feiticeiros...Enfim, fantasia. O enredo é muito interessante e bastante emocionante. Beijos!

    http://livrosepergaminhos.blogspot.com.br/

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  5. Olá!!

    Dre, eu conheço muuuito pouco dessa série, gosto da temática do livro e eu acho as capas lindas, mas estou fugindo de séries por enquanto pela quantidade de livros atrasados.
    Adoro quando vemos o mundo pelos olhos do personagem, é uma sensação ótima <3

    Gente, porque termninar o livro dessa forma?? Odeio quando acontece, muita maldade gente hahaha. Espero que lancem logo!


    Beijinhos,
    www.entrechocolatesemusicas.com

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  6. Oi Dreeh, tudo bem?

    Acho as capas dessa trilogia muito bonitas, elas são lindas em sua simplicidade. Tenho bastante curiosidade de conhecer, pois adoro bruxos e o Nathan sendo meio-bruxo da luz e meio-bruxo das trevas torna tudo ainda mais interessante. Que bom que mesmo com o início lento, o livro conseguiu manter o ritmo do primeiro e deixar você ansiosa por mais... mas nossa, esses finais bombásticos são para nos matar não é mesmo!?

    Triângulo amoroso já me desanimam um pouco, ainda mais quando acontecem meio do nada, mas espero que isso não seja problema para mim. Os personagens parecem ser bem trabalhados e essa parte do Marcus parece ser bem interessante.

    Beijinhos,

    Rafa

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  7. Oi flor, tudo bem???
    Há eu acho as capas dessa série lindas... dá vontade de ter os livros somente por isso... adorei a sua resenha, por mais que a leitura fuja de minha zona de conforto, fiquei imensamente curiosa para conhecer... me senti bem intrigada por você ter falado do Marcos, porque até onde eu sei ele é do lado sombrio da história e parece ser alguém bem maligno, mas ai a gente põe a questão de ser pai... se ele tão bom ou não por causa do filho, quero saber mais dele e acho que nesse segundo livro temos mais dele, certo??? Por não me lembro bem de Annalisse, da resenha anterior, mas não me prendi muito nela não kkkkkk adorei sua resenha e saber que o livro continua na mesma vibe do primeiro... Xero!!!

    http://minhasescriturasdih.blogspot.com.br/

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  8. Ola Dressa não conhecia o livro, mas em se tratando de bruxos e magia sempre me interesso, ainda mais com personagens do mal cativantes adoro, sinal que a autora sabe como conquistar o leitor. vou ler a resenha do primeiro livro e já procurar para comprar. beijos

    Joyce
    www.livrosencantos.com

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