05 janeiro 2022

Resenha - Jane Eyre, Charlotte Brontë



Livro: 
Jane Eyre
Autor(a): Charlotte Brontë
Editora: Zahar
Páginas: 768
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora

Muito à frente de seu tempo, a emocionante obra-prima de Charlotte Brontë confrontou os tabus da sociedade vitoriana, ao narrar com maestria a busca apaixonada de sua protagonista por uma vida mais significativa e menos convencional do que a oferecida às mulheres de sua época. Romance mais querido e famoso de Charlotte Brontë, Jane Eyre foi imediatamente reconhecido como obra-prima quando publicado em 1847. A história da órfã de temperamento forte e independente atravessando uma infância sofrida na casa da tia e em Lowood, onde é educada, cativa leitoras e leitores de todas as épocas. Ao romper com o passado em busca de autonomia, Jane emprega-se como governanta e apaixona-se pelo patrão sarcástico, descobrindo assim o amor – e, com ele, um segredo terrível. Pioneira na forma como constrói sua personagem feminina principal, abordando criticamente questões de gênero, sexualidade, religião e classe, Charlotte Brontë confrontou os tabus da época com este retrato inesquecível da luta de uma mulher por respeito e liberdade em seus próprios termos. "No fim estamos totalmente encharcados pela genialidade, a veemência, a indignação de Charlotte Brontë."– Virginia Woolf.


Eu me importo comigo. Quanto mais solitária, mais destituída de amigos, mais sem amparo eu estiver, mais vou me respeitar. 

De forma breve, o que eu posso dizer dessa leitura: mais uma obra que só faz aumentar minha admiração pela escrita das irmãs Brontë. Quanto mais eu leio, mais me apaixono.

A exemplo deste, são livros que nos apresentam personagens femininas fortes, em busca do seu lugar no mundo, questionando aspectos impostos pela sociedade da época, tanto que as obras foram publicadas sob pseudônimos, para ocultar o gênero das autoras, para serem aceitas por editoras.

“É uma pena que o melhor que podemos dar de nós nem sempre seja o suficiente."


Jane Eyre relata a vida e os obstáculos da nossa protagonista, da infância à vida adulta, sendo ela sincera, impetuosa e inteligente. O livro foi um grande marco por apresentar a mulher como um ser humano complexo, que era podada pela sociedade, em suas limitações domésticas, principalmente as mulheres da classe média.

Jane não se permite ser privada de sua liberdade, não aceita de forma passiva as restrições impostas por sua classe social e gênero e se apresenta uma personagem complexa que vai além da superficialidade definida pelos padrões de beleza, portanto, uma obra radical para o seu tempo (1847).

Não sou um pássaro e nenhuma rede pode me prender: sou um ser humano livre com vontade independente.

Além de contar com um enredo incrível, ao se saber sobre as questões históricas que envolvem o livro a magnitude desta obra só se intensifica. 




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