26 agosto 2019

Resenha - Nove desconhecidos, Liane Moriarty


Livro: Nove desconhecidos
Autor(a): Liane Moriarty
Editora: Intrínseca
Páginas: 464
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Nove pessoas se reúnem em um spa bem distante da cidade. A quilômetros da civilização, sem carro nem celulares, elas não têm qualquer contato com o mundo exterior. Apenas tempo para pensarem em si mesmas e se conhecerem melhor. Algumas estão lá para perder peso, algumas para tentar recomeçar a vida, outras por razões inconfessáveis até para elas mesmas. No meio de tanto luxo e mimo, sucos e meditação, todos sabem que vão precisar se esforçar nos próximos dez dias. Mas ninguém é capaz de imaginar o tamanho do desafio. Frances Welty, escritora de romances best-sellers, chega à Tranquillum House com um problema nas costas, um coração partido e um corte no dedo extremamente dolorido. Ela logo fica intrigada com os colegas de retiro — a maioria não parece precisar de fato de um spa. Mas quem mais a deixa curiosa é a diretora. Será que ela tem as respostas que Frances nem sabia que estava procurando? Será que Frances deve colocar suas dúvidas de lado e mergulhar em tudo que o spa tem a oferecer? Ou é melhor fugir enquanto é tempo? Não demora muito para que todos os hóspedes estejam se fazendo esta pergunta.

Venha para a Tranquillum House e obtenha nada menos que a satisfação total. Durante dez dias, os hospedes enfrentaram um isolamento não apenas físico – já que o SPA fica a quilômetros de qualquer civilização – mas total. Durante esse período eles não terão acesso a e-mail, telefone, internet. Conversar com os demais internos também não é amplamente permitido, mesmo aos que dividem quarto. Esse é só o primeiro passo para que eles passem por uma transformação completa no corpo e na alma.

O grupo da vez conta com nove pessoas totalmente distintas. Frances é uma autora best-seller que já viveu dias melhores. Além da autoestima abalada, a idade está cobrando seu preço e sua editora não transmite muita certeza sobre o futuro de sua carreira. Ao analisar seus colegas de internato, ela não para de se questionar o que levou pessoas aparentemente tão perfeitas aquele lugar.

Ele faria tudo por suas garotas, tudo, então pegou aqueles segredos terríveis e pesados que elas estavam carregando e notou o alívio com que os entregavam, mas agora ele mesmo tinha um segredo, porque nunca contaria como os segredos delas o deixavam bravo, nunca, nunca, nunca, nunca, nunca.

As aparências enganam, e não é apenas para perder peso ou superar uma fase difícil que aquelas pessoas procuraram a terapia intensiva proposta por Masha. Ao longo da história, essa foi a personagem que mais me instigou e ainda sinto que não a desvendei totalmente. Porém a família Marconi são os que causam mais estranheza em um primeiro momento. O que um casal e sua filha procuram nesse lugar?

Essa não foi uma leitura fácil, nunca tive tanta dificuldade de engrenar em um livro da autora, mas valeu a pena ser insistente. A grande quantidade de personagens e temáticas abordadas é característico da autora. Porém, dessa vez, consigo resumir tudo em algo que falta na sociedade atualmente: empatia.

Nossos problemas não são maiores que o do vizinho, e as vitórias de outro não pode desmerecer as suas. Cada indivíduo tem sua carga de coisas a serem enfrentadas e cada trajetória é única. Liane Moriarty acertou mais uma vez com a temática, mas sigo na esperança de que ela faça livros mais curtos.

Jéssica não conseguia se livrar da sensação de que, caso não registrasse aquele momento com o celular, significaria que aquilo não teria acontecido de verdade; não contava, não era a vida real.

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