Resenha - Carbono Alterado, Richard K. Morgan

Livro: Carbono Alterado (Trilogia Altered Carbon #1)
Autor(a): Richard K. Morgan
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 490
Adquira: Submarino | Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora

Um eletrizante thriller noir de ficção científica em adaptação para série do Netflix No século XXV, a consciência de uma pessoa pode ser armazenada em um cartucho na base do cérebro e baixada para um novo corpo quando o atual para de funcionar. A morte, agora, nada mais é que um contratempo inconveniente, uma falha no programa. Takeshi Kovacs, um ex-militar de elite, após sua última morte, tem sua consciência transportada a Bay City, a antiga São Francisco, e é trazido de volta à vida para solucionar o assassinato de um magnata. Isso só para descobrir que seu contratante é a própria vítima, que voltou à vida em um novo corpo, mas sem as memórias do crime. Mal sabe Kovacs, porém, que essa investigação irá lançá-lo no centro de uma conspiração perversa até para os padrões de uma sociedade que trata a existência humana como um produto a ser comercializado.

Em Carbono Alterado, a riqueza do homem pode ser medida pela sua imortalidade! O avanço tecnológico proporcionou aos humanos praticamente uma vida eterna. Tudo o que você vive é armazenado num cartucho implantado dentro do corpo (capa). Sempre que ocorria a morte da capa, a pessoa poderia ser “reencapada”, desde que tivesse condições financeiras para tal.

Viajar para outros planetas também não era mais problema. Ou seja, o livro pode representar uma série de colagens de filmes e outras obras, o que não significa um demérito.


Na trama, Takesi Kovacs é contratado por um magnata (reencapado) para investigar seu próprio assassinato, ocorrido na Terra. Sem nunca ter tido contato com nosso planeta, Takesi dá inícios às investigações e, mal sabe ele que está mexendo com os tipos mais perigosos.

[...]- Quando se vive tanto tempo assim, começam a acontecer coisas com você. Você fica muito impressionado consigo mesmo. Acaba pensando que é Deus. De repente, as pessoinhas, com trinta, talvez quarenta anos, bem, elas não importam mais. Você já viu sociedades inteiras se erguerem e caírem e começa a se sentir como se estivesse fora de tudo, e nenhuma parte do mundo importa. E talvez, você comece a eliminar essas pessoas, como se colhesse margaridas, caso elas se tornem uma pedra em seu sapato.

O livro tem momentos ágeis, com um uma freada de ritmo na metade do livro, nos preparando para um final bem movimentado.

O autor descreve com riqueza qualquer tecnologia, tentando situar o leitor sobre o que está exatamente ocorrendo (o que pode ser maçante para alguns leitores não tão detalhistas a tal ponto).

Justamente por toda esta riqueza de detalhes, tecnologias e cenários futurísticos, o livro caia como uma luva para a adaptação que está sendo devolvida pela Netflix, que tem previsão de estreia para o dia 02 de fevereiro de 2018. Além disso, já há boatos de que a segunda temporada já estaria encomendada.

Em relação a edição física, a Editora Bertrand fez um excelente trabalho, a capa condiz com a elaboração da trama, as folhas são amareladas, a fonte possui um tamanho agradável para a leitura e não lembro de ter encontrado erros de revisão.

Apesar de ter lido o livro por estar mais curioso sobre como seria a adaptação para o serviço de streaming, a leitura acabou sendo uma excelente surpresa e com certeza deverá ser apreciada pelos fãs de ficção científica.

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