16 agosto 2019

Lançamentos da Editora Intrínseca (Agosto/ 2019)



Inspeção, Josh Malerman

Às vezes, o que existe atrás de uma porta pode libertar ou matar você. Até onde vai a sua curiosidade?Rapazes e garotas estão sendo criados em escolas especiais. Um grupo não sabe da existência do outro -- até agora. No alto de uma torre embrenhada em uma floresta e isolada do restante do mundo, temos J. Ele é um dos vinte e seis rapazes de um internato que tem como objetivo formar prodígios em artes, ciências e atletismo. Até hoje J só teve contato com as outras pessoas que vivem ali: os colegas são sua única família e todos acreditam ser filhos do fundador da escola. A vida acadêmica é tudo o que conhecem -- e tudo o que lhes é permitido conhecer. Mas J suspeita da existência de algo mais fora dali, para além da Torre em que vive, algo que não querem que ele veja. É então que começa a questionar. Qual o verdadeiro propósito daquele lugar? Por que os alunos não podem sair? E que segredos o pai está escondendo deles? Enquanto isso, do outro lado da floresta, em um internato muito parecido com o de J, uma jovem chamada K vem se fazendo as mesmas perguntas. Ao investigar os mistérios por trás de suas estranhas escolas, talvez os dois acabem descobrindo algo... que não deveriam.

Daqui pra baixo, Jason Reynolds

Will perdeu o irmão para a violência. Agora, precisa enfrentar sua realidade e descobrir se a vingança é capaz de aplacar sua dor. Aos 15 anos, Will conhece intimamente a violência. Ela está à espreita no dia a dia de seu bairro, nos avisos para que não volte tarde para casa, nos sussurros dos vizinhos sobre mais uma pessoa que foi morta. Dessa vez, os sussurros são sobre seu irmão mais velho. Shawn foi assassinado na rua onde a família mora.
Contado do ponto de vista de Will, Daqui pra Baixo é uma narrativa ágil que se passa em pouco mais de um minuto — o tempo que o elevador do prédio leva para chegar ao térreo. Esse é o tempo que Will tem para descobrir se vai seguir as regras de sua comunidade ou se é possível não perpetuar o ciclo de violência. A regra número 1 é não chorar. A número 2, nunca dedurar alguém. A terceira, a crucial: se fazem algo com você ou com os seus, é preciso se vingar. A curta trajetória do elevador é ritmada pelas paradas em cada andar e por aqueles que aos poucos ocupam a cabine e os pensamentos de Will. Cada rosto tem uma história de vida e de morte. Will, em questão de segundos, vai definir a dele. Originalmente escrito em prosa, depois em verso, Daqui Pra Baixo faz a emoção — a confusão, a revolta, o medo — de um garoto armado que sai para vingar o irmão crescer também no peito de quem lê. Um livro impossível de ignorar.

Pare com essa merda, Gary John Bishop

Você sabe que não deveria fazer, mas faz. Sabe que deveria fazer, mas não faz. De novo e de novo e de novo. Sua carreira estagnou, você não consegue encontrar sua alma gêmea, economizar parece impossível, ter uma rotina saudável, então, nem se fala... As reclamações são inúmeras, mas o motivo é sempre o mesmo: a autossabotagem. E com certeza você já se cansou disso. Se você deseja sair desse aglomerado de comportamentos confusos e autodestrutivos, não dá para continuar reagindo no piloto automático. Você precisa parar de culpar os outros pela situação em que se encontra. A responsabilidade não é dos seus pais, do seu cônjuge, dos seus amigos. É sua. E a mudança também deve começar por você. Pare com essa merda tem as palavras certas para que você retome o controle das engrenagens da sua mente e transforme seus piores pensamentos e hábitos para conquistar o tipo de vida que você sempre quis, mas nunca soube muito bem como alcançar.



                                                       Serpentário
, Felipe Castilho

Com traços de H. P. Lovecraft e Robert W. Chambers, Serpentário é uma narrativa macabra, em que o humor mordaz e a ironia se insinuam como o veneno de uma serpente. Todo ano, Caroline, Mariana e Hélio costumavam deixar a capital paulista para encontrar Paulo, um jovem habituado à simples vida caiçara. No entanto, a amizade construída nas areias do litoral sofreu abalos sísmicos no Réveillon de 1999, quando algo tão inquietante quanto o bug do milênio abriu caminho para uma misteriosa ilha que despontava no horizonte, e explorá-la talvez não tenha sido a melhor decisão. Sobreviver à Ilha das Cobras tem um preço. O arquipélago é um ambiente hostil, tomado por víboras, e esconde segredos tão perturbadores quanto seus habitantes. Mais do que um equívoco darwiniano ou uma lenda popular, a ilha praticamente destruiu a vida deles. Entre memórias e fatos fragmentados, o que aconteceu naquela fatídica noite se tornou um mistério. Mas de algumas coisas eles se lembram perfeitamente: uma enorme e ameaçadora serpente, além de uma pessoa sendo entregue ao ninho da víbora, um sacrifício sem chance de recusa. Anos depois, Caroline é confrontada com um de seus piores pesadelos: a pessoa que eles abandonaram está viva. Um fantasma do passado que surge para fazer suas certezas caírem por terra. Então, ela decide reunir os amigos para entender o que aconteceu. E talvez o encontro seja parte de algo maior... e maligno. Em Serpentário, Felipe Castilho mostra todo o seu talento ao mesclar referências do folclore e da mitologia a elementos da cultura pop, da ficção científica e do horror.


Caçadores de nazistas,  Andrew Nagorski

Sete décadas após o fim da Segunda Guerra Mundial, a caça aos nazistas é finalmente contada. Após os julgamentos de Nuremberg e o começo da Guerra Fria, os vencedores da Segunda Guerra se deram por satisfeitos e perderam o interesse em punir os nazistas que cometeram crimes durante o conflito. Caçadores de Nazistas coloca em foco a pequena parcela de pessoas que atuou — tanto em cargos oficiais quanto de forma independente — para reverter o êxito inicial desses criminosos de guerra e impedir que o mundo esquecesse seus atos. Com determinação e coragem, esses homens e mulheres seguiram lutando mesmo enquanto os países vitoriosos e o resto do mundo se tornavam cada vez mais indiferentes ao destino desses infratores. Andrew Nagorski conta as histórias impressionantes de caçadores emblemáticos, como Simon Wiesenthal e Serge Klarsfeld, e também daqueles que trabalharam longe dos holofotes da imprensa, incluindo os jovens promotores americanos dos tribunais de Nuremberg e Dachau, Benjamin Ferencz e William Denson, respectivamente; o juiz polonês Jan Sehn, que comandou o caso de Rudolf Höss, um dos cabeças do campo de concentração de Auschwitz; o juiz e promotor da Alemanha Fritz Bauer, que forçou seus conterrâneos a confrontar os registros do genocídio; o agente do Mossad Rafi Eitan, que liderou a equipe israelense responsável pela prisão de Adolf Eichmann na Argentina; e Eli Rosenbaum, que liderou os esforços pela extradição dos criminosos de guerra que residiam tranquilamente nos Estados Unidos. Determinados a perseguir e punir criminosos nefastos, esses heróis provaram que, cedo ou tarde, ninguém pode se julgar livre da justiça.
                                                      
                                                                 Agassi, Andre Agassi

Escrita por Andre Agassi, um dos mais queridos atletas da história e um dos jogadores mais talentosos a pisar numa quadra de tênis, temos em mãos sua maravilhosa e apaixonante autobiografia. O treinamento inacreditavelmente rigoroso de Agassi começou quando ele ainda era bem pequeno. Aos 13 anos, foi mandado para um acampamento de tênis, na Flórida, que para ele mais pareceu uma prisão. Sozinho, assustado, fora da escola antes de terminar o ensino médio, tornou-se um rebelde cuja revolta se manifestava de várias maneiras. Nos anos 1980, essa postura iria transformá-lo em um ícone. Pinta o cabelo, fura as orelhas para colocar brincos, veste-se como um adepto do punk rock. Na época em que se torna profissional, aos 16 anos, esse seu look promete mudar o tênis para sempre, assim como o fará seu fulminante retorno às quadras. Apesar de todo o seu talento natural, desde o começo ele enfrenta uma batalha atrás da outra. Sua confusão é perceptível quando perde para o melhor do mundo, e aumenta quando ele começa a ganhar. Depois de desperdiçar três finais de Grand Slam, Agassi choca o mundo, e a si mesmo, quando arrebata o título de Wimbledon em 1992. Da noite para o dia, torna-se o favorito dos fãs e alvo da mídia. Agassi nos proporciona uma retomada quase fotográfica de lembranças de cada jogo crucial, de cada relacionamento importante. Nunca, até agora, os bastidores do tênis e os holofotes da fama foram retratados com tanta exatidão. Ao lado de vívidas descrições de rivais pertencentes a várias gerações – Jimmy Connors, Pete Sampras, Roger Federer –, Agassi faz o relato nu e cru do breve tempo que passou com Barbra Streisand, assim como de seu fracassado casamento com Brooke Shields. Revela toda a sua esmagadora falta de confiança. E narra sua espetacular ressurreição, o regresso às quadras, cujo clímax foi sua épica campanha no Aberto da França em 1999, culminando com o recorde de ser o tenista mais velho a se tornar o número 1 do mundo. Num texto claro, ágil e conciso, Agassi coloca em cena seu leal irmão, seu sensato treinador, seu magistral preparador, todas as pessoas que o ajudaram a recuperar o equilíbrio e, finalmente, encontrar o amor com Stefanie Graf. Inspirado pela força interior de sua companheira, ele é capaz de lutar contra a dor incapacitante de suas costas e continuar sendo um perigoso adversário ao longo do vigésimo primeiro e último ano de sua carreira. Ao começar sua participação no derradeiro torneio de sua vida como tenista profissional, em 2006, é ovacionado pelo admirável triunfo de realizar uma metamorfose completa, de adolescente revoltado a respeitável cidadão, de jovem que abandonou a escola a um ardoroso defensor da educação. E isso ainda não é o fim. Num torneio do Aberto dos Estados Unidos para jogadores sênior, ele faz uma elegante última aparição, encerrada com uma das mais emocionantes despedidas já ouvidas numa arena esportiva. Em ritmo acelerado, pontuado por uma honestidade radical, Agassi será lido e apreciado durante muitos anos. Um verdadeiro presente para os fãs mais ardorosos, esta narrativa também cativará leitores que não conhecem tênis. Tal qual o jogo de Agassi, determina um novo padrão em termos de elegância, estilo, velocidade e impacto.

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