14 agosto 2021

Resenha - Draco Cola, A Cauda do Dragão, Douglas Portelinha


 
Livro: Draco Cola, A Cauda do Dragão
Autor(a): Douglas Portelinha
Editora: Chiado
Páginas: 336
Adquira: Amazon
Uma embaixatriz que comanda uma agência de espionagem, um cartógrafo e navegador que trocou seu nome e assumiu uma nova nacionalidade por razões não muito claras, um cavaleiro templário com a missão de conseguir mais conhecimento e informações para transformar uma pequena nação em um Império Naval. Esta aventura se passa em uma época de acontecimentos extraordinários, descobertas fantásticas, avanços tecnológicos e transformação das artes, como se fosse nos dias de hoje. As pessoas também usavam a tecnologias de ponta que se tinham na época. Em vez de GPS, astrolábio e bússola, em vez de grandes navios de contêineres cruzando os mares, caravelas e naus. Um alquimista surpreende seus convidados soltando um mecanismo autônomo fantástico em forma de mosquito que voa e sempre volta na palma de sua mão. A história antecipa invenções que em pouco tempo apareceriam como relógios, lápis e telescópio e também mostra no lugar de nobres e fidalgos com roupas espalhafatosas, nobres de ternos como se fossem executivos.

 

Draco Cola, A Cauda do Dragão é uma ficção nacional baseado em fatos históricos. Narrado em terceira pessoa, o livro de Douglas Portelinha é uma verdadeira aula de história que convida o leitor a revisitar com detalhes o início do Tratado de Tordesilhas, bem como a estruturação para as grandes navegações.

Nessa obra, conheceremos três personagens importantes que terão o destino entrelaçado por interesses em comum, em especial a busca por conhecimento e informações afim de poder comercial.

Edoardo, Yohanna e Miguel são personagens fictícios que dão movimento a essa trama, no entanto, ao longo do livro o autor também insere pessoas que de fato existiram na história e fizeram parte de todo esse processo. Foi interessante ver essa mescla de ficção com realidade, emprestando ao leitor a sensação de fazer parte das viagens marítimas, descobertas, intrigas e mistérios que envolvem toda a trama.

Para além de uma aventura carregada de espionagem, o livro é uma verdadeira aula de história com muitas informações de rodapé. Então se você é um apreciador do assunto, acredito que Draco Cola possa te agradar. No entanto, se assim como aconteceu comigo essa não foi sua matéria favorita na escola, já adianto que a obra de Portelinha é também um convite para que o leitor saia da zona de conforto. Confesso que essa foi uma leitura desafiadora para mim, contudo, foi também uma experiência enriquecedora.

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