Resenha - A Última Dama, Elizabeth Fremantle

Livro: A Última Dama (Tudor #3)
Autor(a): Elizabeth Fremantle
Editora: Paralela
Páginas: 384
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora

Musa celebrada por poetas. Dama de confiança da rainha. Adúltera. Inimiga do Estado. Quem é a verdadeira Penelope? Penelope Devereux é a beleza lendária da corte da Elizabeth I e a inspiração de Philip Sidney para os sonetos de Astrophil e Stella. Mas a aparência não é sua única virtude. Sua sagacidade fez dela a favorita da rainha, e, com seu caráter ardiloso e dissimulado, tornou-se uma forte oponente a qualquer um que ficasse em seu caminho — incluindo o próprio marido. Enquanto isso, Robert Cecil, considerado os olhos e ouvidos de Elizabeth, vigia Penelope e seu irmão, o conde de Essex. Utilizando toda a sua perspicácia e malícia, a bela dama precisa salvar seu irmão das acusações de Cecil, ao mesmo tempo que ousa conspirar com seu amante em um cenário que pode terminar com sua cabeça rolando.

A última dama é o terceiro volume da trilogia Tudor escrito pela autora Elizabeth Fremantle que narra os últimos anos do reinado de Elizabeth I.

Nessa trama conheceremos a história dos irmãos Devereux, filhos da exilada Lettice Knollys, prima e rival da rainha Elizabeth I que recebeu esse destino após envolver-se em um casamento secreto com Robert Dudley, um dos favoritos de Elizabeth. Contudo, essa má reputação lançado sobre o nome dos Devereux não impediu que a jovem Penelope de apenas 18 anos caísse nas graças da rainha. Admirada na corte por sua beleza, dança e habilidade musical, Penelope Devereux usará de sua inteligência e ousadia para fazer alianças na corte e garantir sua sobrevivência e a de seu amado irmão.

“Você vai causar muita inveja nas damas da corte com sua beleza, e se for minimamente afinada isto aqui vai virar uma loucura.”

Assim como Penelope, Robert Devereux, Conde de Essex tornou-se um favorito de Elizabeth I. No entanto, sua ascensão ao poder será ameaçada por um inimigo perigoso, o jovem Robert Cecil, conselheiro-chefe da rainha que fará de tudo para derruba-lo. Será que as alianças e a beleza de Penelope serão suficientes para mantê-los seguros por muito tempo?

A última dama é um romance histórico que se desenvolve durante parte do reinado de Elizabeth I e trás como destaque uma personagem feminina forte que não medirá forças para influenciar quem precisa ou proteger sua família. Penelope é uma mulher fascinante que mesmo em meio aos costumes da época em que a mulher não possuía muitas escolhas, pareceu viver a vida da forma quis, usando de artimanhas e acordos para atingir seus objetivos. Um exemplo disso foi seu casamento de fachada com lord Rich. Penelope havia sido prometida em casamento a Philip Sidney, porém a união nunca se concretizou. Mas a jovem dama não ficou muito tempo presa a esse casamento sem amor, pelo contrário, um acordo não convencional com o marido garantiu a liberdade de seu coração.

O livro é narrado em terceira pessoa pelo ponto de vista de Penelope e Robert Cecil, nos permitindo ter uma visão mais ampla da trama e das intrigas que irão se suceder ao longo da narrativa. O mais interessante nessa trama foi à importância que a autora deu a Penelope durante a ascensão de seu irmão ao poder e consequentemente as situações que levaram a sua execução. Se pesquisarmos a fundo na história, Penelope é pouco citada, mas em A última dama sua presença é essencial. É ela a conselheira do conde de Essex e também peça importante no momento de firmar alianças que beneficiariam o irmão.

Novamente Fremantle entrega a seus leitores uma trama bem escrita, fluída e repleta de intrigas políticas, escândalos e traição. Indico o livro para os amantes de ficção histórica ou para aqueles que apreciam histórias relacionadas à corte Tudor.