Resenha - A Seleção, Kiera Cass

Para trinta e cinco garotas, a Seleção é a chance de suas vidas. A oportunidade de escapar da vida estabelecida para elas desde o nascimento. Entrar em um mundo de vestido brilhantes e joias de valor inestimável. De viver em um palácio e competir pelo coração do lindo Príncipe Maxon. Mas para America Singer, ser Selecionada é um pesadelo. Isso significa virar as costas para seu amor secreto com Aspen, que é de uma casta menor que a dela. Deixar sua casa para entrar em uma competição acirrada por uma coroa que ela não quer. Viver em um palácio constantemente ameaçado por rebeldes violentos. Então, America conhece Príncipe Maxon. Gradualmente, ela começa a questionar todos os planos que fez para si mesma- e percebe que a vida que ela sempre sonhou não é nada comparada com o futuro que ela nunca imaginou.

SÉRIE: A Seleção #1
AUTOR: Kiera Cass
EDITORA: Seguinte	EDIÇÃO: 2014
PÁGINAS: 361	CONCEITO: 5 estrelas
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Após quatro Guerras Mundiais, o mapa da terra que conhecemos estava bem modificado. Alguns países foram riscados do mapa ao mesmo tem que outros surgiram, entre eles Illéas. Essa monarquia possui uma estrutura social dividida por castas, e sua divisão aconteceu durante a criação do país. Quanto mais dinheiro você tivesse para doar ao governo, maior – e melhor – sua casta seria. Ou seja, se você veio de uma família de Cincos, você sempre será um Cinco. As únicas formas de mudar de casta são casando – onde prevalece a casta do marido – ou tendo dinheiro para comprar seu ‘título’ em uma casta superior - o que raramente acontecia. Com o intuito de aproximar mais o povo da realeza, foi criada A Seleção. Onde 35 garotas – uma de cada província - competiriam pela atenção e amor do príncipe.

América Singer é uma Cinco e vem de uma família de artistas – uma das profissões exercidas por sua casta. Todos possuem trabalhos sazonais e com isso a instabilidade financeira é constante. Não que ela se importe com isso... Seu namorado secreto Aspen é de uma casta inferior, apesar de ser um rapaz trabalhador, é comum que ele não faça suas refeições para que sobre aos seus irmãos. Essa não é a vida que ele deseja dar a sua amada América! Quando surge o convite para a Seleção, ele não hesita em pedir que ela se inscreva. Claro que ele não desejava que ela ganha-se, mas passar algum tempo no programa traria a família dela certo alivio financeiro e tiraria dele o peso por ela nunca ter tentado uma vida melhor.

Obedeci, bufando. Eu era feliz por Illéa existir. O país tinha escapado por pouco de virar um monte de escombros. Só que essas regras começavam a me sufocar, como correntes invisíveis que me prendiam ao chão. Leis sobre quem você podia amar, formulários sobre virgindade... Era detestável! (pág. 71)

Realizando o desejo da mãe e de Aspen ela se inscreve para a Seleção e não é surpresa alguma quando ela é nomeada como uma das Selecionadas. Tudo no castelo é diferente do que ela imaginava, principalmente o príncipe Maxon. Ele de fato acredita que possa encontrar entre aquelas meninas alguém que será uma boa rainha e uma esposa a quem possa amar, foi criado para pensar assim. Maxon não é arrogante ou nariz em pé e isso quebra todas as defesas de América. Magoada com Aspen, ela decide esquecê-lo e com o príncipe sendo tão atencioso e cuidadoso, talvez tudo acabe bem para ela, ou não. Primeiro ela precisará convencer seu coração sobre o que deve ser feito, sua maior adversária no palácio é ela mesma!

Algo em sua voz me abalou. Não havia nenhum traço de sarcasmo. Aquilo que parecia pouco mais que um programa de tv para mim era a única chance que o príncipe tinha de ser feliz. Ele não podia pedir um segundo lote de mulheres. Bom, talvez pudesse, mas seria vergonhoso. Estava tão desesperado, tão esperançoso... Senti minha raiva por ele diminuir. Um pouco. (pág. 128)

O livro é dividido em capítulos e possui uma diagramação simples e fofa. A escrita da Kiara é simplesmente viciante! Eu iniciei em uma noite e terminei na noite seguinte. Isso porque eu ainda fui trabalhar e assisti aula na faculdade, risos. Ela consegue misturar os fatores políticos de uma distopia com o romance de uma forma única!

América é uma garota de personalidade. Ela não se intimida na frente do príncipe, o que proporciona cenas hilárias ao leitor. Ela grita e diz o que pensa bem na lata, como se ele fosse um vizinho seu ao invés do príncipe do seu país. Eu me identifiquei imediatamente com ela pelo seu lado romântico e sonhador. Acredito que eu agiria igual a ela em tudo, inclusive nas dúvidas. Aspen e Maxon são dois amores e sinceramente, eu entendo as motivações de ambos. Não concordo de Aspen tê-la entregado a outro de bandeja - e nem teria a ‘bondade’ de agir assim -, mas ninguém pode negar que ele agiu pensando exclusivamente na felicidade dela. Quer maior demonstração de amor do que isso?!

 - Não consigo evitar. Você é a coisa mais linda que já vi na vida. Não me condene por dizer isso quando posso. (Aspen – pág.20)

Agora, como descrever o príncipe Maxon sem estragar as pequenas surpresas que vocês terão durante a leitura? Ele é um cavalheiro de primeira, só lhe faltou um cavalo branco! Tudo que ele faz é de uma delicadeza sem tamanho, o sentimento dele por América vai se desenvolvendo aos poucos. Parece que tudo que ela faz – por mais errado que possa parecer – acaba fazendo-o se apaixonar ainda mais! Okey, ele trata todas as selecionadas bem, tem encontro com elas e até as beija.. Mas como eu disse, ele leva a seleção a sério e não pode simplesmente jogar tudo pros ares por causa dela... Bem que ele queria, mas... já estou falando demais!

Eis o homem que ia liderar nosso país: alguém que era vendido por lágrimas. Era engraçado demais. (pág 171)

Como livro de abertura, ele nos apresenta diversos personagens! Conhecemos a família de America, a família real, os criados do palácio e todas as 35 meninas que fazem parte da Seleção. Ficamos sabendo superficialmente sobre a maioria dos personagens, mas acredito que no próximo livro iremos ter mais informações, já que o número de personagens cairá. Apesar da maior parte do livro se passar no palácio, consegui me afeiçoar muito à May, a irmã de Améria, e ao pai das meninas. Pessoas fofas e carismáticas, que eu adorará ter em minha família ♥

A história é contata em primeira pessoa por America, então saber da existência dos contos de Aspen e Maxon me deixa imensamente feliz! Vou adorar ver as coisas pela perspectiva dos dois. A Kiera criou tantos personagens incríveis que ela deveria escrever vários contos, e quem sabe um spin-off. 

É uma leitura altamente recomendada! O final não vai te fazer arrancar os cabelos, mas poder lê-los em sequência é perfeito. *-*

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