Semana Especial Percy Jackson - O Velocino de Ouro

Há muitos anos viviam na Tessália um Rei chamado Atamas e uma Rainha chamada Nefele, quando o rei decidiu expulsar sua esposa de casa e casou-se com outra mulher, Nefele ficou receosa que seus filhos – Frixo e Heles – corressem perigo por causa da madrasta, e logo arrumou um jeito de mantê-los a salvo. Hermes a ajudou dando um carneiro com velo de ouro; ela colocou seus filhos nas costas do carneiro e esperou que ele as guia-se até um local seguro. E assim o carneiro elevou-se e rumou ao nascente. Em certo ponto da viagem, entre a Europa e a Ásia, Hales caiu ao mar e este lugar ficou conhecido como Halesponto – hoje Dardanelos. Seguindo sua viagem, o carneiro chegou a costa oriental do Mar Negro, deixando Frixo são e salvo no reino da Cólquida. Sendo bem recebido pelo Rei Etes, Frixo sacrificou o carneiro a Zeus e ofereceu ao rei o Velocino de ouro; que foi guardado em uma gruta sagrada, guardada por um dragão que nunca dormia.

Essa segurança era fruto de uma preocupação do rei de que alguém roubasse o velocino, isso porque ele ficou sabendo por um oraculo que ele morreria caso estrangeiros desembarcassem em Colquida e levassem o velocino *

OS ARGONAUTAS

Em Tessália, um reino próximo ao de Atamas era governado por um parente seu. O Rei Esão cansou dos cuidados do governo e passou a coroa ao seu irmão Pélias, mas com a condição de que ele passasse a coroa ao seu filho Jasão quando este chegasse a maior idade. Quando Jasão foi reclamar ao tio sua coroa, ele fingiu que estaria disposto a entregá-la, mas sugeriu que seu sobrinho se aventura-se na busca pelo velocino de ouro, alegando de que ele era propriedade legítima da família.

Jasão aceitou a ideia e logo tratou de começar os preparativos, primeiro ele pediu que Argos construísse uma embarcação capaz de transportar 50 homens – o que não era comum na época – e chamou todos os jovens gregos que fossem aventureiros para ir com ele. Alguns desses jovens ficaram conhecidos como Hércules, Teseu, Orfeu e Nestor. O barco levou o nome de seu criador, Argos - que era filho de Frixo -, e seus tripulantes os argonautas.

Depois que eles conseguiram passar pelas perigosas Ilhas de Colisão, eles chegaram a Colquida. Quando Jasão transmitiu sua intensão ao Rei Etes, ele concordou com a condição de que ele arasse a terra com dois toures de patas de bronze que soltavam fogo e semeasse os dentes do dragão mortos por Cadmo – que segundo sabiam, sairia uma safra de guerreiros que se voltaria contra o semeador. Jasão aceitou o desafio, mas conseguiu se livrar da respiração de fogo dos touros e das armas dos guerreiros graças a um encantamento feio por Medeia – que além de feiticeira, era filha do rei -, a quem prometeu casamento. Ele venceu o desafio, e sua próxima missão era pegar o velocino. Novamente com a ajuda de Medeia, ele conseguiu adormecer o dragão – o que nunca havia acontecido antes – e pegar o velocino. Seguido por seus amigos e por Medeia, Jasão voltou correndo ao barco – antes que o rei tentasse impedi-los – e voltou a Grécia. O velocino foi entregue a Pélias, e o Argos consagrado a Netuno. Após esse episódio, não se sabe o que foi feito com o velocino, mas talvez tenha sido verificado que ele se assemelhava muito a outros tesouros, e que não valia o trabalho para sua conquista.

Deyer escreveu um poema intitulado O Velocino, onde há uma descrição do Argo e sua tripulação:

Reúnem-se os heróis vindos de todo

O litoral do Egeu: Castor e Polux,

Os ilustres irmãos, e Orfeu, o bardo

De lira pura e mavilhosa, e Zetas

E Calais, tão velozes quanto o vento

Hércules e outros chefes renomados.

Na branca praia de Iocles eles se apinham,

Com as claras armaduras reluzindo.

A corda de loureiro e a enorme pedra

Ao convés são alçadas. Zarpa a nave

Cuja quilha perfeita mão de Argos

Para a ousada aventura construída.

* Fonte

Todas as informações foram retiradas do O livro de ouro da mitologia – histórias de deuses e heróis do autor Thomas Bulfinch, exceto as que assinalam o contrario.