19 junho 2017

Resenha - Um Dia de Cada Vez, Danielle Steel


Livro: Um dia de cada vez
Autor(a): Danielle Steel
Editora: Record
Páginas: 294
Adquira: Saraiva | Livraria da Travessa
Livro cedido através da parceria com a editora
As mulheres Barringtons formam uma família atípica: a famosa escritora Florence Flowers é uma viúva cheia de vida que está namorando em segredo um homem 24 anos mais novo que ela. Jane, sua filha mais velha, é uma das maiores produtoras de Hollywood e vive há dez anos com sua companheira, com quem planeja ter um filho. A caçula, Coco, é a ovelha negra da família – trocou a faculdade de direito e o glamour de Los Angeles por uma vida simples numa pequena cidade no litoral norte da Califórnia, onde ganha a vida trabalhando como passeadora de cães. Quando Jane precisa se ausentar por alguns dias, pede à irmã mais nova que fique em sua luxuosa casa em San Francisco para cuidar de seu buldogue. Lá Coco tem uma incrível surpresa. Sem aviso, surge um hóspede: o charmoso Leslie Baxter, um dos atores mais badalados de Hollywood, que está fugindo de uma ex-namorada emocionalmente instável. O mundo dos dois não poderia ser mais diferente, porém a atração entre eles é imediata. À medida que Coco imagina um futuro ao lado de uma das maiores estrelas do cinema e sua mãe e irmã estabelecem vidas inteiramente novas, velhas feridas cicatrizam e novas famílias se formam — algumas delas bem tradicionais, outras nem tanto, mas todas unidas pelo amor.

Coco Barrington nasceu e cresceu em um lar rodeado pela fama, sua mãe é Florence Flowers, uma renomada escritora best-seller, e seu falecido pai era conhecido por agenciar verdadeiras celebridades de Hollywood, por se identificar tanto, Jane, sua irmã mais velha também decidiu seguir os passos de sua família chegando a se tornar uma das melhores produtoras cinematográficas, com direito a indicação ao Oscar e tudo mais.

Mas desde cedo Coco sabia que aquela vida não era para ela e por abominar tudo que é ligado à fama e se considerar a ovelha negra da família, a primeira coisa que a moça fez ao atingir maior idade foi deixar a casa dos pais e se mudar para uma casa simples em Bolinas, local pouco movimento e próximo a praia onde encontrou a tranquilidade ao lado do namorado Ian.

Coco era do tipo que desejava desesperadamente deixar para trás as suas origens, os valores que para ela não passavam de armadilhas daquele mundo. A falsidade, a obsessão pelos bens materiais, a luta para conquistar um lugar ao sol, o sacrifício que as pessoas faziam em nome da carreira. A casa em Bolinas era uma manifestação evidente de tudo isso.

Embora a mãe e a irmã fizessem questão de diminuir suas escolhas e por vezes recriminá-la, Coco sabia que havia escolhido o melhor para si e vivia uma vida tranquila e digna como passeadora de cães. Tudo estava indo conforme o planejado, mas um terrível acidente tirou a vida de Ian, deixando Coco solitária e com o coração trancado por dois anos, tempo que sua família respeito sua dor, até começarem a atormenta-la novamente.


A relação entre Coco e sua mãe e bem distante de uma relação convencional mãe e filha. Florence é daquelas mulheres que se preocupam apenas com seu glamour, fama e aparência. E agora que está namorando um homem 24 anos mais jovem, parece se importar ainda menos com as filhas.


Jane é a irmã mais velha que não perde tempo em menosprezar a caçula e se acha no direito de pedir favores o tempo inteiro. Sua relação com Coco também foge de uma relação convencional, ela não aceita o estilo de vida da irmã, que julga como Hippie, embora Coco respeite sua relação com a companheira Liz. E agora que Jane está esperando um bebê e precisa terminar um filme importante que a manterá fora de casa por seis meses, Coco foi intimada a cuidar de sua casa e de seu cachorro, algo que a contragosto ela acaba aceitando.


Mas por ironia do destino, a casa de Jane também receberá um hospede ilustre que está se escondendo de ex-namorada psicótica. Seu nome é Leslie Baxter que por sinal é o galã dos filmes favoritos de Coco. Ela jamais imaginou que pudesse um dia estar hospedada no mesmo ambiente que Leslie, e muito menos que fossem se tornar grandes amigos, uma amizade que logo se torna algo mais. O único problema é que Leslie e sua carreira representam tudo o que Coco mais abomina, será que o amor entre eles será capaz de superar esse obstáculo? Só lendo para saber...


Sempre li muitos elogios relacionados aos livros da autora Danielle Steel, porém Um dia de cada vez foi meu primeiro contato com sua escrita e posso adiantar que gostei bastante da construção da história, dos personagens e de sua escrita leve e fluída. No entanto algumas coisas me incomodaram um pouco durante essa trama, sendo a principal delas o fato dos personagens já se declararem apaixonados após a primeira noite de amor.


É claro que antes de se envolverem, Coco e Leslie tiveram um começo de amizade bem bacana, mas esse sentimento instantâneo de amor foi algo que não me convenceu de imediato. Outro ponto que me incomodou foi o fato de Coco ser tão repetitiva enquanto divagava sobre Leslie e sua vida. Acredito que muita coisa poderia ter sido enxugada no texto e tornado a leitura mais prazerosa.


Um dia de cada vez não é o tipo de livro repleto de reviravoltas ou grandes emoções, pelo contrário, é um romance clichê, previsível, mas que não deixa de prender o leitor por conta de sua narrativa envolvente.

Indico a leitura para quem busca um romance leve e despretensioso ou deseja conhecer a escrita da autora.



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7 comentários

  1. Já li um ou dois livros da autora, mas já deu para ter uma vaga noção do quanto a autora pode e sabe conduzir suas histórias.
    Amo um bom romance clichê, não nego. Principalmente que comece desde o título, capa até o final.
    Não conhecia este novo livro da autora, mas já vou colocar na lista de desejados!
    Beijo

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  2. Oi Glaucia ;)
    Também nunca li nada da Danielle, acredita? Sempre vejo as pessoas falando bem dos livros dela, mas nunca me interessei muito em começar um!
    Acredito que deve ser muito difícil nascer rodeada pela fama, tendo que prestar atenção toda hora para não dar um passo em falso...
    A história parece ter uma boa narrativa, e a escrita da autora parece ser leve e fluída, então acredito que vou gostar do livro.
    Obrigada pela indicação!
    Bjos

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  3. Olá!!!
    Adoro ler esses romances clichês depois que eu termino alguma leitura mais pesada. É bom para aliviar o clima, mesmo que algumas coisas me deixem irritada em livros assim e mesmo que você já saiba tudo o que vai acontecer na trama, mas acho que vale a pena dar uma chance ao livro, até porque é bom ler livros mais leves as vezes. Bjos!

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  4. Oi.
    Acho que já li alguma coisa da autora, mas faz muito tempo, já nem lembro mais.
    Sinceramente, a premissa desse livro não me cativou. Mas, quem sabe em outro momento, venha a ler.
    Ótima resenha.
    Beijos.

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  5. Oi Glaucia,
    Li muitos livros da Danielle Steel anos atrás, na época em que ia semanalmente na biblioteca da cidade em busca de novidades literárias kkk lembro que a bibliotecária sempre me indicava essa autora e Nora Roberts.
    Li recentemente outro livro da autora e lembro que fiquei incomodada com a mesma questão que você citou: os personagens se declararem perdidamente apaixonados depois da primeira noite. Adoro romances clichês e previsíveis e gosto quando o relacionamento começa com base na amizade, mas confesso que não fiquei muito empolgada em ler esse livro, vou adicionar no skoob, quem sabe leio algum dia.
    Beijos

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  6. Li so um livro da autora e gostei, mas esse não despertou meu interesse, parece não ter nenhum acontecimento que deixa o leitor ansioso querendo saber mais ou vibrando na torcida pelos personagens, ja que o romance é tipo instantâneo, gosto quando surge aos poucos.

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  7. Gláucia!
    Desde a minha adolescência (e já se vão mais de 35 anos dela... abafa!) gostava de ler os livros da Danielle Steel, justamente por trazer romances clichês e piegas, porque são os que mais gosto, afinal, no meu ponto de vista, não há como existir amor se não for nessas condições...
    Quero poder ler.
    “Como eu não tenho o dom de ler pensamentos, eu me preocupo somente em ser amigo e não saber quem é inimigo. Pois assim, eu consigo apertar a mão de quem me odeia e ajudar a quem não faria por mim o mesmo.” (Desconhecido)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE JUNHO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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