09 março 2018

Resenha - Um sedutor sem coração, Lisa Kleypas


Livro: Um sedutor sem coraçãoo (Os Ravenels #1)
Autor(a): Lisa Kleypas
Editora: Arqueiro
Páginas: 320
Adquira: Submarino | Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Devon Ravenel, o libertino mais maliciosamente charmoso de Londres, acabou de herdar um condado. Só que a nova posição de poder traz muitas responsabilidades indesejadas – e algumas surpresas. A propriedade está afundada em dívidas e as três inocentes irmãs mais novas do antigo conde ainda estão ocupando a casa. Junto com elas vive Kathleen, a bela e jovem viúva, dona de uma inteligência e uma determinação que só se comparam às do próprio Devon. Assim que o conhece, Kathleen percebe que não deve confiar em um cafajeste como ele. Mas a ardente atração que logo nasce entre os dois é impossível de negar. Ao perceber que está sucumbindo à sedução habilmente orquestrada por Devon, ela se vê diante de um dilema: será que deve entregar o coração ao homem mais perigoso que já conheceu? Um sedutor sem coração inaugura a coleção Os Ravenels com uma narrativa elegante, romântica e voluptuosa que fará você prender o fôlego até o final.


Em sua tranquila vida de libertino, Devon e West Ravenel não queriam compromisso com qualquer coisa que não envolvesse festas e mulheres. Logo, a notícia de que seu detestável primo, o Conde de Trenear, havia caído do cavalo e quebrado o pescoço, não foi recebida com muito entusiasmo. Do dia para a noite, Devon se tornou o responsável por propriedades, terras, três primas e uma viúva!

No ímpeto de se livrar de tudo isso o mais rápido possível, ele logo traçou um plano: despacharia as mulheres sem se importar para onde iriam e encontraria um jeito de desmembrar as propriedades, de forma que pudesse vender tudo. Assim, poderia torrar toda a herança de uma forma muito mais proveitosa. A linhagem dos Ravenel morreria de qualquer forma, não havia necessidade de se preocupar com o futuro.

Lady Trenear não precisa ter ouvido Devon esbravejar para saber que ele era um egocêntrico arrogante, ela já conhecia sua fama. Porém, a cada gesto ou palavra ele se revelava mais o tipo de homem sobre quem fora alertada para fugir. Ele era um libertino e ela uma simples viúva sem poder algum, mas não iria abaixar a cabeça diante das atrocidades que o homem pretendia. Kathleen receberia uma pequena pensão vitalícia por ser viúva, mas suas cunhadas - a que já via como irmãs - não teriam direito a nada, e ela não tinha certeza se conseguiria sustentar a todas. E o que aconteceriam com todos os empregados e arrendatários do Priorado Eversby? Se esbravejar era sua única opção, assim ela faria.

Talvez tenha sido a visão de Kathleen ou o desafio proferido por seu irmão, mas o novo Conde de Trenear decide dar uma chance aquela propriedade caindo aos pedaços. Pode ser que ele apenas se afunde em mais dívidas ou que a mulher que domina seus pensamentos nunca aceite-o em sua cama, mas Devon decide embarcar na aventura mais série a sua vida.

- Conheço muitos fatos científicos sobre o coração humano, e um deles é que é muito mais fácil fazer um coração para de bater em definitivo do que evitar amar a pessoa errada.

Criadora de uma das séries mais divertidas que já conheci, Lisa Kleypas sempre me deixa ansiosa por conhecer seus novos personagens. Os Ravenels são uma família conhecida pelo temperamento forte e instável, e posso dizer que já estou curiosa pelas demais histórias, principalmente a de Pandora. Ela possui uma irmã gêmea e são as mais novas da casa. Espevitadas, sem nenhum respeito as regras sociais, seus livros com certeza serão divertidos.

A narrativa em terceira pessoa é fluida e agradável de se fazer. Instigada pela trama de Kathleen, me envolvi rapidamente com a história e quando percebi, já havia passado da metade do livro. Simpatizei com todas as personagens femininas da história, mas quem mais me surpreendeu foi West, o irmão mais novo do duque. Achei que ele seria medíocre, com uma breve aparição, apenas para se tornar conhecido do público. Porém a autora já começou a moldar sua renegação. Aliás, ela aprofundou vários personagens, inclusive o casal protagonista do segundo livro.

Kleypas não cansa de brincar com o leitor, trazendo sempre fatos e reviravoltas para movimentar a história. Quando incendeia o casal, ela prima pelo romance e a delicadeza. Você não irá encontrar nenhuma cena explicita por aqui.

Ao pesquisar sobre a série, descobri que ela ainda não foi finalizada. Porém, o mais curioso foi identificar apenas os nomes de Lady Hellen e Lady Pandora entre as proximas protagonistas. Há casais cujo nomes não foram apresentados aqui e outros personagens que parecem ter ficado de fora. O que só me deixou ainda mais curiosa para acompanhar os Revenels.

Adorei essa capa! A imagem nos faz pensar na propriedade rural da famíla e a moça obviamente representa Kathlee. Preferia que ela estivesse de preto, o que não tornaria a capa feia e harmonizaria ainda mais com a história, mas deixo esse detalhe passar. A diagramação é confortável para a leitura, com páginas amareladas, fontes médias e capítulos contínuos.

Ninguém buscara conforto em Devon antes, e o ato de dar esse conforto pareceu muito mais íntimo do que o mais tórrido encontro sexual.

Um sedutor sem coração é o início perfeito para uma série que promete conquistar muitos leitores.

2 comentários

  1. Tenho somente lido coisas boas sobre o trabalho da autora. E creio que esta seja a terceira resenha, muito positiva, que leio deste primeiro livro.
    Adoro isso dos autores trazerem personagens fortes. O "machão" chato, grosso e mulherengo e a moça, determinada, com um senso de humor incrível e o amor ali, aparecendo devagar e pegando os dois de jeito.
    O livro já está na lista de desejados e espero iniciar ele em breve.
    Beijo

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  2. Oi, Dreeh.

    Acho que de certa forma, a Kathleen chegou pra mudar os aspectos da vida de libertino do Devon, como ele a encara, seus pensamentos...

    Acredito que a Kathleen e as garotas trouxe responsabilidade para o Devon (bem como afeição), para que ele pudesse rever seus conceitos e não pensar somente nele.

    E por fim, se render!

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