TOC, ou transtorno obsessivo-compulsivo, é um distúrbio psiquiátrico de ansiedade descrito no “Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais -DSM.IV” da Associação de Psiquiatria Americana. A principal característica do TOC é a presença de crises recorrentes de obsessões e compulsões.
Entende-se por obsessão pensamentos, ideias e imagens que invadem a pessoa insistentemente, sem que ela queira. Como um disco riscado que se põe a repetir sempre o mesmo ponto da gravação, eles ficam patinando dentro da cabeça e o único jeito para livrar-se deles por algum tempo é realizar o ritual próprio da compulsão, seguindo regras e etapas rígidas e pré-estabelecidas, que ajudam a aliviar a ansiedade. Alguns portadores dessa desordem acham que, se não agirem assim, algo terrível pode acontecer-lhes. No entanto, a ocorrência dos pensamentos obsessivos tende a agravar-se à medida que são realizados os rituais e pode transformar-se num obstáculo não só para a rotina diária da pessoa como para a vida da família inteira. (
Fonte)
Durante a trama acompanhamos as dificuldades de Aza para lidar com esse transtorno que impacta sua vida muito mais do que ela consegue perceber.
Aza vive uma constante luta com pensamentos indesejados que a todo tempo enviam alertas repetitivos sobre possíveis infecções que podem leva-la a morte, obrigando-a a fazer o mesmo ritual diário para garantir sua segurança, como por exemplo trocar diversas vezes o curativo da ferida que sempre está aberta em seu dedo e até mesmo beber álcool em gel para matar as bactérias existentes em seu estomago.
Seu comportamento não é nada saudável, mas ela não consegue evitar, e mesmo com a ajuda da psiquiatra que a acompanha por anos e define uma série de táticas e medicamentos para auxilia-la durante esses episódios, parece que nada funciona.
Mas as coisas parecem ficar ainda piores quando ela começa a se envolver com Davis. Ela gosta da companhia do garoto e deseja ter um relacionamento normal com ele. Contudo um simples beijo já é um gatilho que traz à tona seu transtorno. Durante uma troca de beijo inúmeras bactérias são trocadas, e pensar em ter as bactérias de Davis em seu sistema a deixa completamente paranoica, um verdadeiro alerta de que ela poderia morrer por isso.
Concluindo, o TOC é muito mais sério do que pensamos e precisa ser melhor compreendido, trata-se de algo muito mais grave do que manias de limpeza e arrumação. Achei muito interessante o fato de
John Green inserir na história um distúrbio que ele mesmo sofre e exemplificar em sua personagem o quanto essa doença pode afetar um indivíduo em seus relacionamentos interpessoais. Enquanto agrava também sua saúde física e mental.
- - - - -
Postagem válida para o T
OP COMENTARISTA,
Participe!
Valendo um exemplar de Dear Heart, eu odeio você!.