10 novembro 2016

Resenha - Conquistada por Um Visconde, Stephanie Laurens


Livro: Conquistada por Um Visconde (As irmãs
Cynster #1)
Autor(a): Stephanie Laurens
Editora: HarperCollins Brasil
Páginas: 368
Adquira: Saraiva | Submarino | Travessa | Americanas | Livraria Cultura
Livro cedido através da parceria com a editora
Londres, 1829. Decidida a escolher seu próprio herói, um que a deixe completamente extasiada e pronta para a felicidade conjugal, Heather Cynster declina convites para os bailes conservadores da aristocracia londrina e busca aventuras fora de seu círculo social. Ao ultrapassar as fronteiras de seu mundo seguro e comparecer a um sarau oferecido por uma dama de reputação duvidosa, Heather acaba entrando na cova de leões. Mas seus planos de independência são arruinados quando encontra, no meio do salão, o enervante Visconde Breckenridge. Amigo dos Cynster e, principalmente, dos irmãos de Heather, ele a toma pelo braço e a leva até a carruagem. Mas seus esforços são inúteis. A poucos metros de entrar no carro, Heather é interceptada e sequestrada por inimigos ocultos que buscam vingança contra os Cynster. Agora, o arrojado Visconde terá de provar que é realmente o herói que Heather tanto almeja... 


Heather Cynster é uma sonhadora. Apenas alguns bailes a separam de uma vida onde ela sabe que não será feliz. Se nada mudar, ao final da temporada ela será considerada uma solteirona e por isso ela parte para o tudo ou nada. Romântica, ela não está a procura apenas de um marido, mas sim de um príncipe encantado, do seu verdadeiro herói. Aquele que a fará feliz pelo resto de suas vidas. Querendo sair um pouco do domínio do clã Cynster e sabendo da forte influência de seus primos sobre os homens da aristocracia londrina, ela decide caçar esse homem fora de seu círculo social.

Ela fora à procura de um herói. E o encontrara. Ele definitivamente não era o herói que ela imaginara encontrar, mas ainda assim o era.

O sarau oferecido por Lady Herford, uma dama de reputação pouco confiável, parecer ser o lugar ideal, já que reunirá vários nobres tão duvidosos quanto a anfitriã. Sua surpresa é encontrar o Visconde Breckenridge entre os convidados. Ele é um velho amigo da família, mas a relação dos dois nunca foi muito amigável. Ainda assim, Breckenridge não poderia ignorá-la, não sabendo que aquele não era o ambiente para uma mulher como ela. Se os primos soubessem onde ela estava...

Ele não pensa duas vezes antes de arrastar Heather porta a fora, mas como não pretendia abandonar a festa tão cedo, apenas a acompanha com o olhar até que chegue ao seu cabriolé. Surpreendentemente ela é raptada nesse curto trajeto, o que inicia uma perseguição rumo a Escócia. Estranhamente esse sequestro não foi nem um pouco convencional. O mandante teve o cuidado de não arruinar a honra de Heather, pois mandou uma dama de companhia para ela e claras instruções para que ela fosse bem tratada. Porém, o que mais a apavorou não foram essas atitudes, mas descobrir que eles não estavam especificamente atrás dela. Os sequestradores sabiam todos os seus passos e de suas irmãs. Mesmo com Breckenridge os seguindo, mesmo havendo a chance de deixar aquele episódio para trás.. pelas irmãs, Heather decide ir até o fim para descobrir quem é o mandante e o que ele quer com elas.

Mantê-la em segurança em sua busca era uma tarefa que parecia destinada a testar as capacidades dele como nunca antes; contudo, não importava como ele se debruçasse sobre o enigma do sequestro, nem qual perspectiva tomasse, em um aspecto ela estava incontestavelmente correta.
Aquele não era um rapto comum, costumeiro.

Eu não sou uma Expert em romances de época. Comecei minhas aventuras no gênero praticamente ontem, se levarmos em consideração que há tantas autoras maravilhosas que nem sonho em ler mas que já chegam no Brasil fazendo sucesso. Ainda assim, acredito que li autoras de estilos bem diversificados e posso afirmar para vocês que eu nunca vi algo desse tipo. Não consegui identificar os pontos críticos que me levaram a ter essa sensação, mas é um fato que a narrativa da Stephanie Laurens é diferente e instigante. Comecei a história sem muitas expectativas e em poucas páginas eu já estava enlouquecida com os acontecimentos, mas cheguei ao final com a sensação de que o potencial da história foi desperdiçado.

Vocês podem nunca ter ouvido falar sobre os Cynster, mas essa série é enorme. No Brasil, a editora optou por pular os mais de vinte livros da série principal e iniciar por essa trilogia. Como não li os livros anteriores, não sei se as histórias se conectam de alguma forma, mas a sensação que eu tive em relação vilão, é que a história dele já havia sido contada e o que estávamos tendo ali era apenas uma continuação. E não há nada pior do que ler uma história onde parece que você deveria saber de algo que você não sabe.

O amor raramente vem com garantias de qualquer espécie.

O ponto alto da história foram os próprios personagens. Essa família, apesar de ter homens muito influentes, é dominado por suas mulheres, tenham elas nascido Cynster ou entrado para a família por meio do casamento. Elas são corajosas, determinadas e não abaixam a cabeça para qualquer coisa. O melhor foi ver que os homens da família reconhecem a personalidade delas e sabem ouvi-las. Para a época em que a história é retratada, tal atitude era um acontecimento e tanto. Heather não era uma rebelde, apenas corria atrás de seus interesses. E mesmo aceitando todas as regras impostas pela sociedade, não deixou de ser uma mulher sonhadora. Me identifiquei muito com ela. Aliás, fiquei com vontade de conhecer toda as essas mulheres!

O trabalho da HarperCollins Brasil está lindo! A capa é predominantemente em tons amarelos, simples, mas cheia de detalhes. Também achei que a modelo representou bem a protagonista. A diagramação é que não foi só amores. Achei as margens e a fonte levemente menores do que o usual. As vezes acho que implico demais com essas coisas, mas são detalhes que me incomodam durante a leitura, então é relevante compartilhar com vocês, correto?

Ainda não sei definir minha relação com esse livro, não sei se a curiosidade vai superar as coisas que me incomodaram, mas vocês precisam conhecer essa história e tirar suas própria conclusões.

Ela compreendeu que o amor, que dar amor, era a base de todo o resto, que todo o resto era secundário a essa doação incondicional.

3 comentários

  1. Apesar de gostar muito de romances de época, não sei porque este não me agradou tanto na resenha. Raptos nunca me encantam. Tenho meio que aversão à isso incluído em alguma história.
    Mulheres fortes, decididas sim, isso me agrada, mas parece que nem é tanto o primeiro plano do livro.
    Talvez acabe lendo por curiosidade!!
    Beijo

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  2. Olá, amo romances de época e esse é mais um que gostei muito. Bela resenha. Bjs.

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  3. Oi Dreeh,
    Que capa maravilhosa! Sou fã de romance de época, então é claro que Conquistada por um visconde é a escolha certa para a minha lista de desejados ♥. Amei a sinopse, adoro essas protagonistas destemidas e pelo jeito as mulheres dessa família são corajosas e cheias de atitudes. Estou curiosa para conferir esse enredo instigante, um sequestro tão distinto no cenário da Escócia me deixou um tanto animada para conhecer a escrita dessa autora.
    Beijos

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