01 novembro 2016

Resenha - Nada Mais a Perder, Jojo Moyes



Livro: Nada mais a perder
Autor(a): Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 400
Adquira: Saraiva | Travessa | Americanas | Livraria Cultura
Livro cedido através da parceria com a editora
Na juventude, Henri Lachapelle foi um cavaleiro de raro talento, entre os poucos admitidos na academia de elite do hipismo francês, o Le Cadre Noir. Contudo, reviravoltas da vida o levaram da França a Londres, onde ele agora vive em um simples conjunto habitacional. Sem nunca abandonar o amor pela antiga carreira, aos trancos e barrancos Henri ensina a neta, Sarah, a montar o cavalo Boo, na esperança de que o talento da dupla seja o passaporte para uma vida melhor e mais digna para todos. Mas um grande golpe muda mais uma vez os planos de Henri Lachapelle, e Sarah se vê entregue à própria sorte, lutando para, além de sobreviver, cuidar de Boo e manter os treinamentos. Natasha é uma advogada especializada em representar crianças e adolescentes envolvidos com crimes ou em situação de risco. Abalada emocionalmente e em dúvidas quanto a seu futuro profissional depois de um caso terrível, Natasha ainda tem de lidar com as feridas do fim de seu casamento. Um fim, diga-se de passagem, bem inusitado, já que ela se vê forçada a morar com o charmoso futuro ex-marido enquanto esperam a venda da casa da família. Quando Sarah cruza o caminho de Natasha, a advogada vê na menina a oportunidade de colocar a vida de volta nos trilhos e decide abrigar a adolescente sob o próprio teto. O que ela não sabe é que Sarah guarda um grande segredo que lhes trará sérias consequências.


Sarah foi abandonada pela mãe e acabou sendo criada pelos avôs. De seu avô, Henri, herdou a maior paixão: os cavalos. Ele foi um dos jovens militares que tiveram a honra de ingressar na exclusiva Le Cadre Noir, uma academia de cavalariços renomada na França. Por amor, Henri abandonou a carreira, mas fez questão de ensinar a neta tudo que aprendeu durante aquele tempo. O treinamento era puxado e ia além do que seria recomendado para a idade de Sarah, mas ela não se importava com essa coisas e sempre se dedicou ao máximo. Com Henri e Boo, seu cavalo, Sarah levava uma vida sem muitas regalias, mas eles eram felizes. Quando um mal súbito leva Henri, ela se vê em uma situação muito complicada. Aos quatorze anos, sozinha em Londres, como faria para cuidar de si mesma e de Boo?

Natasha é uma ótima advogada, especializada na representação de crianças e adolescentes. Porém seu sucesso profissional não se reflete em outras áreas de sua vida, e até pode ser apontado como um dos fatores que levaram seu casamento ao fim. Fazia um ano que seu marido havia ido embora e ela estava se recuperando relativamente bem. Só que Mac decidiu voltar para oficializar o divorcio e pegar a parte que lhe cabia dos bens, mas acabou se hospedando na casa de Natasha enquanto aguardava o desenrolar do processo. Com um caso notório para defender, esse não era o momento de desenterrar velhos fantasmas, mas o que mais ela poderia fazer?

Quando a vida dessas mulheres se cruza, tudo acaba tomando um rumo ainda mais inesperado como se elas já não tivessem complicações de mais com as quais lidar. O sofrimento levou Sarah à criar um escudo de proteção que afasta qualquer um que tente se aproximar. Suas atitudes dificultam seu relacionamento com Natasha, que após várias tentativas frustadas de ser mãe, acaba se vendo responsável por uma adolescente com quem mal consegue dialogar.

As crianças não nos contam nada porque, na maioria das vezes, ninguém escuta mesmo.

Jojo Moyes com sua vertente dramática super aguçada, é isso que encontramos em Nada mais a Perder. Os últimos livros da autora publicados pela Editora Intrínseca, na verdade são obras antigas da Jojo e fica muito nítida pra mim o quanto a autora mudou sua forma de narrar ao longo da carreira. Carga emocional sempre é muito forte em suas histórias, mas aqui há um desvio já que não existe um casal principal. Os problemas são familiares e os personagens são tão reais que você facilmente irá se identificar. Essa é uma característica marcante dela, não é? Protagonistas imperfeitos, resoluções críveis.. acho que é por isso que me emociono tanto com suas histórias.

Mas voltando a mudança que sinto em sua escrita, esses livros mais antigos (principalmente os mais grossos e isso pode ser apenas uma coincidência) tentem a não me fisgarem logo de cara. Tenho uma nítida dificuldade de me envolver na história, mas sempre insisto porque sei que depois o devorarei loucamente. 

A história começa com Henri na década de 50, mas logo chega aos tempos atuais e vai apresentando o dia a dia de cada uma das protagonistas até o dia em que suas vidas convergem. A narração é feita em terceira pessoa, de forma alternada e predominantemente acompanhando Sarah e Natasha. Eu não sei dizer qual das duas me encantou mais com seus dramas particulares. Meu coração se apertava ao pensar na situação de Sarah, mas romântica como sou, não consegui não torcer para que Natasha e Mac se acertassem de alguma forma.

Nada é tão ruim que não possa contar para alguém. Sabia disso? Nada!

Os desfechos da autora sempre são uma caixinha de surpresa, mas uma coisa é certa, sempre me levam as lágrimas. Dai, se dessa fez foram de alegria ou de tristeza eu não posso dizer, risos. Só posso dizer que é impossível não se envolver.

Essa capa linda segue um novo padrão adotado lá fora, que sempre traz a silhueta de alguém. Eu babo em nessas capas, tanto que nem sei expressar minha felicidade pela Editora está trazendo elas para o Brasil . A diagramação do livro é básica, confortável para a leitura e todo início de capitulo apresenta citações de Xenofonte sobre a equitação. Pensei que era um livro, mas na verdade ele foi um soldado, mercenário e discípulo de Sócrates. 

Se você está procurando uma história inspiradora e emocionante, aposte nesse livro e se entregue as lágrimas.

Às vezes só eram necessárias algumas palavras de incentivo para reacender uma fagulha de confiança de que o futuro poderia ser maravilhoso, em vez de uma série infindável de obstáculos e decepções.

8 comentários

  1. Eu e meus 1 quilômetro de livros da Jojo para ler. Como viver? Morro de vontade de ler todos e esse não fica de fora. *_* Tem lágrimas? Socorro. hahaha Amei conhecer um pouquinho mais sobre esse também. <3

    Beijos,
    Postando Trechos

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  2. Oi!
    A Jojo sempre escreve estórias muito bonitas e emocionantes, este livro não fica de fora. Não li ainda, mas está super na lista. Quanto a capa ela é maravilhosa mesmo.
    Beijos

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  3. Tbm acho as capas lindas! Bom, eu gosto muito de histórias nas quais o enredo não seja de um único personagem e, consequentemente, quando essas histórias se encontram. Pra mim, é uma história de superação na qual as personagens se ajudam.

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  4. Oi Dreeh...
    OMG.... O que falar da Jojo Moyes.... Além dos livros terem capas lindas, ela tem uma escrita maravilhosa que sempre acaba me levando às lágrimas... Estou doida para ler esse livro (que adquiri na pré-venda), conhecer mais a fundo a história de Sarah e me emocionar mais uma vez com mais esse título da Jojo... Adorei o post...
    Beijinhos...

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  5. Jojo tem isso. A forma inusitada de nos colocar dentro das emoções, literalmente.
    Ela nos joga ali, na corrente de sentimentos e sai de fininho..rs
    Eu não conhecia este livro da autora, mas por tudo que li acima, sei que é história para se agarrar e não soltar!
    A capa é realmente belíssima e sei que vou me emocionar quando ler!
    Beijo

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  6. Oi Dreeh,
    “(...) guarda um grande segredo que lhes trará sérias consequências.” Essas sinopses dos livros da Jojo sempre me conquistam, os segredos de seus personagens acabam como sempre, trazendo uma história emocionante que arrebata meu coração. Ama esse lado dramático da autora, e gostei de saber que nesse livro a carga emocional não vem de um casal, mas sim, de duas protagonistas. Amo livros que abordam dramas familiares, a histórias são tão reais e cheias de reflexão. Estou ansiosa para ler esse livro.
    Beijos

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  7. Comecei a ler este livro, estou buscando referências haha.
    Ainda estou bem no comecinho, mas a leitura não está me agradando

    Blog Entrelinhas >> http://blogentrelinhas.com/wordpress/

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  8. Gostaria de saber a partir de que idade e indicado este livro?

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