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23 dezembro 2019

Resenha - O Último Desejo, Andrzej Sapkowski



Livro: O Último desejo (A saga do bruxo Geralt de Rívia #1)
Autor(a): Andrzej Sapkowski
Editora: Martins Fontes
Páginas: 320
Adquira: Amazon


Geralt de Rívia é um bruxo. Um feiticeiro cheio de astúcia. Um matador impiedoso. Um assassino de sangue-frio treinado, desde a infância, para caçar e eliminar monstros. Seu único objetivo: destruir as criaturas do mal que assolam o mundo. Um mundo fantástico criado por Sapkowski com claras influências da mitologia eslava. Um mundo em que nem todos os que parecem monstros são maus nem todos os que parecem anjos são bons.





Nesse primeiro volume conhecemos Geralt, um bruxo, que dês da infância são criados e adaptados para caçar monstros, passando por uma série de treinamentos e provas que como consequência sofreu inúmeras mutações físicas e mentais.

O livro é dividido em contos que intercala entre o passado e o presente. A princípio ele se encontra ferido num templo, e se reencontra com uma sacerdotisa que o conhece a anos. Eles vão conversando e a partir desses diálogos ele vai contando o que aconteceu para ele está no estado atual. Uma coisa bastante divertida é que algumas das missões do bruxo são referências a contos de fadas, como por exemplo um homem que mora sozinho num castelo que foi amaldiçoado e se tornou uma Fera.

Numa de suas missões o bruxo conhece a rainha Calanthe, ele é convidado para um jantar importante onde apresentaria sua filha Pavetta para os pretendentes, o que ele não esperava é que nesse jantar ele teria seu destino traçado. Após uma série de acontecimentos Geralt ajuda a resolver os problemas da corte e como forma de pagamento ele pede “aquilo que você já possui e que ainda não sabe”, sendo assim o bebê que a princesa Pavetta espera. Como os bruxos não podem ter filhos eles fazem uso dessa profecia para conseguir discípulos e de acordo com as crenças a família não tem outra escolha se não entregar a criança quando o bruxo for buscar.

Outro conto que merece uma atenção especial é o falando como conheceu a feiticeira Yennefer, o que ela tem de linda ela tem de arrogância, mas sabe aquela personagem que te cativa exatamente pela personalidade? Nele o bruxo estava vagando pelas cidades em busca de novas missões com seu leal amigo Jaskier, um trovado que tem uma fama impecável, supertalentoso e um típico conquistador, tem uma amante em cada cidade. Ao tentar capturar um Gênio da lâmpada para realizar desejos eles acabam esbarrando com a feiticeira que também estava a procura de ter desejos realizados.

O livro não tem bem um desfecho o que aconteceu com a criança que seria criada pelo bruxo nem o porque dele não estar mais com Yennefer, todos essas coisas vão se desenrolando pelos outros livros da saga. É um ótimo livro para quem quer ter seu primeiro contato com livros de fantasia, pois por ser em contos e ter as referências de contos de fadas você consegue se adaptar bem ao universo. Quem curtiu também Guerra dos tronos vai gostar dele por ter uma boa construção de história e muita ação. E uma coisa que eu não esperava mas vi durante os outros livros é que teremos o ponto de vista de quase todos os personagens, não apenas de Geralt, e devo dizer que o protagonismo feminino existente no livro é impressionante, quem leu Trono de vidro vai ver muita semelhança em Yennefer e Celaena, elas tem uma personalidade muito parecida e teremos outra personagem que vai surgir que me fez lembrar muito a bruxa Manon. Tirando também o fato de termos várias criaturas fantásticas que iram aparecem como dragões, unicórnios, vampiros etc.

No final desse ano teremos o lançamento da série na netflix, ainda sem data prevista, ela vai ser baseado nos três primeiros volumes da saga, então ainda dá tempo de correr para conhecer esse universo incrível.



12 maio 2014

Resenha - Quem é você, Alasca?, John Green

Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao “Grande Talvez”.


SÉRIE: Volume Único
AUTOR: John Green
EDITORA: Martins Fontes



EDIÇÃO: 2013
PÁGINAS: 229



CONCEITO: 5 estrelas
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Miles Halter é um adolescente NERD, sem amigos e apaixonado por últimas palavras, que cansado de sua vidinha medíocre na Flórida, decide deixar sua família e ir para um internato no Alabama em busca do que o poeta François Rabelais chamou em seu leito de morte de “O Grande Talvez”.

Chegando ao internato de Culver Creek, onde seu pai já estudara na adolescência, Miles conhece seu colega de quarto Chip Martin, mais conhecido como Coronel, que o apresenta a seus amigos, Takumi (o japonês) e a linda, imprevisível e inteligente Alasca Young, pela qual ele se apaixona imediatamente.

“Ela tinha namorado. Eu era um palerma. Ela era apaixonante. Eu era irremediavelmente sem graça. Ela era infinitivamente fascinante. Então voltei para o meu quarto e desabei na beliche de baixo, pensando que, se as pessoas fossem chuva, eu era a garoa e ela, um furacão. (pág. 91)”

Logo, nosso protagonista Gordo (apelido irônico que Miles ganha de Coronel, que ao contrário do apelido é magro ao extremo) tem seu próprio grupo de amigos, e é inserido em um novo mundo, onde há bebidas, cigarro, sexo e muitos trotes. Gordo então começa a viver os melhores dias de sua vida, conhece o valor da verdadeira amizade, se apaixona, quase morre, e faz escolhas que custarão um preço que talvez ele não esteja pronto para pagar ou entender.

Quem é você Alasca?  Foi um dos melhores, ou o melhor livro do John que eu já li, a leitura tem um ritmo fácil e flui naturalmente, não dá vontade de parar de ler. O livro é narrado em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Miles, e é dividido entre o antes e o depois.  Os personagens como sempre são muito bem construídos e John não deixa uma ponta solta na história.

John consegue retratar de uma forma sutil, mas também agressiva, a magia que cerca a adolescência. As dúvidas, incertezas e inseguranças que se aglomeram na cabeça de cada um que passa por essa fase, onde questionamentos como o sentido da vida e o que nos espera do outro lado são perguntas que nunca saberemos as verdadeiras respostas.  Como sairemos desse labirinto? E se o outro lado é bonito? Acredito que ninguém saberá responder, mas quero acreditar que no processo da vida seremos capazes de escolher caminhos que nos farão amadurecer e nos levarão para uma saída triunfante, onde do outro lado seremos recompensados de acordo com as escolhas que fizermos e encontraremos a tão sonhada paz e felicidade.

“Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapar e como será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para frente, mas nunca fazemos nada. Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente. (pág.56)”


Concluindo, Quem é você Alasca? É uma das obras do John Green que eu mais indico. Neste livro o leitor encontrará momentos que lhe arrancarão altas gargalhadas. Mas também encontrarão momentos de fortes emoções e grandes reflexões.

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