Livro: O Álbum
Autor(a): Timoth Lewis
Editora: Novo Conceito
Páginas: 240
Adquira: Saraiva
Livro cedido através da parceria com a editora
Para Adam, negociante de objetos usados, a casa de Gabe Alexander é apenas uma propriedade que será esvaziada e vendida pelo maior lance. Entretanto, em meio às prateleiras repletas de relíquias, um álbum antigo atrai sua atenção. Nele há cartões-postais amarelados pelo tempo, escritos ao longo de 60 anos. Intrigado, Adam começa a lê-los: eles estão cheios de frases românticas e delicadas, as provas do amor incondicional entre Gabe e Pearl Alexander. Gabe cuidava para que um cartão chegasse às mãos de Pearl todas as sextas-feiras. Cada um deles possui não apenas um poema, mas verdades preciosas sobre o cotidiano de um casal que viveu um sonho. A soma de todas essas verdades talvez responda perguntas que Adam se faz há muito tempo.
Adam Colby era daqueles raros homens que acreditava na felicidade que o verdadeiro amor poderia trazer. Quando seu casamento acabou em divorcio, ele se tornou amargurado. A todo instante procurava entender o que deu errado para eles. Ele trabalhava revendendo objetos usados e quando entrou na casa de Gabe e Pearl 'Huck' Alexander para mais um dia de trabalho, não imaginou que o casal já falecido poderia mudar tanto sua vida.
Sabe quando nos dizem para escurar os mais velhos, pois eles tem mais experiencia e conhecimento da vida? Então, Adam estava prestes a ter uma aula sobre amor, perseverança e dedicação.
Desfaçado no meio da mobília havia um álbum de fotografias. Nele não havia uma foto sequer, e sim sessenta anos de uma linda história de amor, contata através de cartões postais. Gabe os escreveu para a esposa, e lhes entregou todas sextas-feiras ao longo de suas vidas. E até mesmo deu um jeito para que ela continuasse a recebê-los quando ele estava longe.
Acho que a minha obsessão pelos cartões-postais também tinha tudo a ver com meu momento. A solidão dolorida do meu divórcio ainda estavam ali, a dor brusca do casamento fracassado. (pág. 8)
Curioso, Adam decidiu investigar a vida desse casal que, aparentemente, tinham a formula da felicidade eterna. Mas a vida deles foi cercada de autos e baixos e os trechos da história que faltavam para completar ou dar sentido a determinado postal, ele descobriu através de Yevetta, a única que pessoa que foi próxima o bastante para vivenciar o amor desse casal.
Esse livro é como se fossem duas histórias numa mesma história. Em 2006, Adam narra sua história em primeira pessoa. Conhecemos sua vida, seus medos e seus questionamentos a cerca do amor. Em 1926 começa a ser narrada a história de Gabe e Huck, que acontece em terceira pessoa e da saltos no tempo para cobrir o máximo dessa história de amor. Algo que me emocionou muito ao finalizar o livro, foi descobrir que a história foi baseada nos tios-avós do autor. A história em si não tem ligação com a do casal, mas o senhor que escreveu um cartão postal para cada sexta-feira ao longo de sessenta anos de seu casamento, realmente existiu.
Em um mundo fast-food de relacionamento abreviados, que poção de amor sobrenatural conseguiu manter Gabe e Pearl apaixonados um pelo outro por mais de meio século? (pág. 5)
Para um livro de estreia, o autor se saiu muitíssimo bem. Só que ao mesmo tempo que me emocionei com a história, eu queria sempre mais e isso não vinha. Então acabei me decepcionando um pouquinho. Entendam, um casamento real não é um conto de fadas ou uma aventura eterna e isso foi brilhantemente retratado aqui. Eu chorei e suspirei quando a história pedia, mas dei umas boas cochiladas quando das coisas caiam na rotina. Fazer o que!
A diagramação do livro está linda. Não tem os mais de três mil cartões postais, mas há vários espalhados ao longo do livro. Os mais significativos e que tinham relação com os momentos que estavam sendo contados. Folhas, fonte, e espaçamento estavam agradáveis ao leitor e se existiu erros de revisão eu realmente não reparei.
Não sei como descrever o meu nível de identificação com o amor desses dois. Então vou finalizar essa resenha com um quote que diz tudo:
Às vezes, ela sentia como se não fosse capaz de amá-lo mais do que já amava.A cada dia que passada, seu amor continuava a crescer. (pág. 199)
