16 julho 2018

Resenha - Estrelas da Sorte, Nora Roberts


Livro: Estrelas da Sorte (Os Guardiões #1)
Autor(a): Nora Roberts
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Sasha Riggs é uma artista assombrada por sonhos que transforma em pinturas maravilhosas, cenas que preveem o futuro. Ela nunca conseguiu assumir seu dom, mas desta vez não consegue ignorar as visões que a atormentam e viaja para a ilha grega de Corfu. É lá que encontra as pessoas com quem sonha: um mágico, um arqueólogo, um viajante, um lutador, um solitário. Elas também foram atraídas por uma força inexplicável. Dotadas de habilidades extraordinárias, cada uma terá um papel fundamental na aventura que as espera: encontrar as míticas Estrelas da Sorte, que caíram do céu, pondo em risco o destino de todos os mundos. Sasha é quem os mantém unidos e vê no mágico, Bran Killian, um homem de imensa compaixão. Ela tem dificuldade para lidar com sua vidência, mas Bran está lá para apoiá-la. Porém, os dois não devem desviar sua atenção da missão, pois uma ameaça sombria procura corromper tudo que está no caminho para alcançar as estrelas.


Em uma época muito antes da nossa, três deusas se reunião para presentear a rainha que ascendia ao trono. Querendo lhe oferecer algo especial, cada uma delas criou uma estrela e colocou no seu interior um desejo à rainha. A deusa Nerezza era ambiciosa e não gostou nada de ser excluída da reunião, tanto que logo interferiu na ascensão daquelas estrelas. Quando as Estrelas da Sorte caíssem, ela as caçaria e, ao deter o poder de suas irmãos na palma da mão, curvaria o mundo ao seu reinado. As outras só restava manter segredo sobre o paradeiro de suas criações após a queda e observar de longe enquanto seus escolhidos as protegeriam.

Um dia elas cairão, as estrelas de fogo, gelo e água. Cairão de céu com todo o seu poder, seus desejos, a luz e a escuridão. – Rindo, Nerezza ergueu os braços como se para arrancar as estrelas do céu. – E quando caírem em minhas mãos, a lua morrerá e a escuridão vencerá.

Sasha Riggs cresceu com o dom da vidência, mas o que muitos veem como algo positivo, para ela é um pesadelo. Depois de anos tentando reprimir as imagens que apareciam eu sua cabeça, ela decidiu se isolar nas montanhas e se dedicar a pintura, que é seu trabalho. As visões podem vir em forma de sonho ou aparecer repentinamente em sua cabeça e várias delas acabam indo parar em suas telas. Depois de uma sequencia insistente e bastante vívida desses sonhos, ela reconhece um das paisagens como sendo Corfu, na Grécia e numa atitude impetuosa acaba embarcando para lá.

Não há racionalidade por trás de sua atitude, apenas sentimentos. Sash sabe que naquela cidade encontrará as outras cinco pessoas que aparecem em seus quadros mais recentes. Poucas horas depois de sua aterrissagem ela se depara com a arqueóloga Riley Gwin e o mágico Bran Killian. Eles são os primeiros integrantes de um sexteto improvável, poderoso e fantástico, mas os demais não tardam a aparecer.

Nora Roberts é uma maquina de escrever autora com mil facetas. Seu repertório inclui histórias contemporânea, investigações policias, ocultismo e mitologia, entre outras vertentes. Tudo acompanhado de um romance gostoso, fortes laços de amizade ou de sangue e descrições que te transportam para dentro da cena. Pensando em trilogias, um sexteto se torna um elementos praticamente obrigatório. Então não posso dizer que iniciei essa nova saga enganada, apenas não esperava o nível de fantasia existente em Os Guardiões.

A mitologia inicial fala de deuses que precisam da ajuda de seres humanos para salvar o mundo. Uma abordagem comum, corriqueira, mas mesmo que os primeiros capítulos tenham sido cheios de informações e acontecimentos, demorei a engrenar na leitura. Pode ter sido apenas o momento, mas não consegui me envolver como em outras obras da autora. Com o decorrer da história descobrimos que a autora não economizou na ousadia ao misturar os elementos que a compõe. A cada revelação, um novo baque. Sim, porque não conseguia imaginar o que mais ela poderia jogar nesse caldeirão.

Temos que nos reunir. Enquanto não fizermos isso, podemos olhar, mas não ver; procurar, mas não encontrar.

O romance começa devagar, com Bran ajudando Sasha a sofrer menos com suas visões e evolui para uma preocupação direcionada, até que eles se rendam ao sentimento. Sasha já havia sonhado com ele mil vezes, mas precisava se lembrar que a intimidade entre eles existia apenas em sua cabeça. Foi um romance fácil de acompanhar, mas sabe quando as coisas acontecem fácil demais? Mal tivemos tempo para a conquista, aconteceu porque tinha que acontecer e não posso dizer que isso me agrada. Os dois combinam, mas são meio água com açúcar. Estou curiosa mesmo é com o livro de Riley, mas ele será o último.

Já conhece o formula Nora Roberts de escrever histórias e não me incomodo nem um pouco que seja assim, mas Estrelas da Sorte está longe de ser a melhor história sua que já li. Irei ler a continuação na esperança de que a vilã traga mais dificuldade para nossos protagonistas, já que não tem como voltar atrás na mistura de fantasias descritas.

– Paz. – A palavra sibilou dos lábios desdenhosos de Nerezza. – Paz não é nada além de uma tediosa trégua da escuridão.

Um comentário

  1. Nora é sem sombra de dúvidas uma das grandes autoras mundiais e essa particularidade que ela tem de passear e brincar em diversos ramos da literatura é maravilhosa!
    Ela consegue se dar bem em tudo que faz..rs
    Tá, mesmo que este primeiro livro desta série não ser tudo aquilo que era esperado, acredito que está longe de ter sido uma leitura ruim. Só poderia ter sido mais trabalhado, mas ainda há esperança!
    Espero poder ler em breve.
    Beijo

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