29 novembro 2016

Resenha - As Sete Irmãs, Lucinda Riley


Livro: A história de Maia (As sete irmãs #1)
Autor(a): Lucinda Riley
Editora: Arqueiro
Páginas: 480
Adquira: Saraiva | Submarino | Travessa | Americanas | Livraria Cultura | Fnac
Livro cedido através da parceria com a editora
Em As sete irmãs, Lucinda Riley inicia uma saga familiar de fôlego, que levará os leitores a diversos recantos e épocas e a viver amores impossíveis, sonhos grandiosos e surpresas emocionantes. Filha mais velha do enigmático Pa Salt, Maia D’Aplièse sempre levou uma vida calma e confortável na isolada casa da família às margens do lago Léman, na Suíça. Ao receber a notícia de que seu pai – que adotou Maia e suas cinco irmãs em recantos distantes do mundo – morreu, ela vê seu universo de segurança desaparecer. Antes de partir, no entanto, Pa Salt deixou para as seis filhas dicas sobre o passado de cada uma. Abalada pela morte do pai e pelo reaparecimento súbito de um antigo namorado, Maia decide seguir as pistas de sua verdadeira origem – uma carta, coordenadas geográficas e um ladrilho de pedra-sabão –, que a fazem viajar para o Rio de Janeiro. Lá ela se envolve com a atmosfera sensual da cidade e descobre que sua vida está ligada a uma comovente e trágica história de amor que teve como cenário a Paris da belle époque e a construção do Cristo Redentor.


Inspirado nas Plêiades, mais conhecida como a constelação das sete irmãs, o livro conta a história de Pa Salt, um velejador muito rico que adotou seis meninas e deu a cada uma o nome de uma estrela da constelação. Inicialmente já existe um mistério nessa história, pois a sétima irmã jamais chegou à família e até então não existe alguém que possa explicar isso, afinal Pa Salt morre já no início da trama.

Com o falecimento, Pa Salt deixa seu advogado com a função de entregar a cada filha uma carta e pistas relacionadas ao passado de cada uma, possibilitando que possam ir atrás de suas origens e talvez encontrar repostas relacionadas a família biológica.

Maia é a irmã mais velha, e dentre todas é a única filha que ainda permanecia morando na Suíça junto ao pai e Marina - a empregada que cuidou das meninas desde a infância como se fosse uma mãe. Como tradutora a moça é fluente em muitas línguas, inclusive no português, algo que facilita muito sua vida, tendo em vista que as pistas deixada pelo pai a levam direto para o Brasil, sim, grande parte da história se passa no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro.

E é nessa mudança de cenário que Maia mergulha em seu passado e descobre a verdadeira história de amor de seus bisavôs, que ocorre em paralelo a construção do Cristo Redentor, um período em que a sociedade se portava de acordo com a moral e os costumes da época e o nome e a riqueza falavam mais alto do que o coração. E como é normal nos livros de Lucinda, conhecemos junto à personagem cada detalhe relacionado a seus antecessores, inclusive acompanhamos os projetos para a construção do nosso cristo.

Enquanto tentamos descobrir junto a Maia a história por trás de sua família biológica, somos fisgados pelo dilema de sua bisavó Izabela Bonifácio, a bela jovem que encantou os cavalheiros do Rio de Janeiro e foi prometida em casamento tão jovem e com tanto desejo de conhecer o mundo. Bel era apaixonada pela família, pela natureza e pela vida, mas por ser mulher e viver em uma época de submissão precisou mudar seus planos e enfrentar uma difícil decisão.

Embora a história de Maia tenha me deixado fascinada e cada pista desvendada tenha sido motivo de emoção, tenho que dizer que minha ansiedade e meu contentamento durante a história de Bel foi ainda maior, talvez pelo motivo de parte das aventuras e paixões de Izabela ter se desenvolvido em Paris e pelos motivos de Bel não ter tido as mesmas oportunidades de escolha de Maia.

- Não sou nada mais que uma menina rica, mimada e egoísta - Bel repreendeu a si mesma. [...] Juro que serei grata e obediente de agora em diante, e não vou contestar os desejos de meu pai.

Uma coisa que acho interessante nas histórias de Lucinda é o fato de sempre aprendermos algo do passado. É nítido o quanto ela estuda para incluir essas referencias em seus livros, e nesse volume, por exemplo, temos a oportunidade de conhecer mais sobre a construção e idealização do Cristo Redentor, e sério, eu fiquei surpresa pelo fato de constatar que eu não sabia absolutamente nada em relação a essa construção tão marcante em nosso país.

Depois de ler três livros da Lucinda Riley já posso afirmar com absoluta certeza que ela lidera a minha lista de autores favoritos da vida. Conheci a escrita da autora através de  A irmã da Tempestade, segundo livro da série As sete irmãs (sim, sou dessas que lê o segundo livro antes do primeiro, rs) e lembro que nesse primeiro contato já me identifiquei de todas as formas com sua escrita envolvente e inteligente.
O amor não conhece distância; não se divide em continentes. Seus olhos são como as estrelas.
Meu segundo contato com a escrita de Riley foi através do livro A garota italiana e depois de uma ressaca literária de dois meses ficou claro que Lucinda não é exatamente uma autora que tem como intuito escrever apenas um romance qualquer, pelo contrário, seus livros são ricos em detalhes e nos fazem viajar pela história de gerações de famílias e desenterrar segredos e lembranças do passado. Então se pretende conhecer a escrita dessa autora, se jogue de mente e coração aberto e tenha certeza de que será completamente arrebatado.

Um comentário

  1. Sou fã incondicional do trabalho da Lucinda. Tenho alguns livros dela, e As Sete Irmãs é um destes que tenho.
    Essa mistura dela de passado e presente, é um presente ao leitor, que pode se dar ao luxo de viajar em duas épocas sem ser preciso pensar muito.
    E ouso dizer que este livro é um dos melhores da autora!
    Beijo

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