11 janeiro 2021

Resenha - Trocas Macabras, Stephen King


Autor(a): Stephen King
Editora: Suma de letras
Páginas: 656
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora

Castle Rock, na Nova Inglaterra, é um lugar tranquilo para se viver. Mas a chegada de Leland Gaunt desestabiliza a cidade através do preconceito, ódio, fraqueza e cobiça, provocando mortes e sofrimentos. Gaunt consegue isto através de uma loja de utilidades, que sempre tem algo especial para cada morador, que para conseguirem o que desejam pagam um preço simbólico para Leland, além de conceder a ele um simples “favor”.






Artigos Indispensáveis chegou a Castle Rock, e os moradores da cidade não veem a hora de descobrir o que estará à venda na nova loja. Para a felicidade geral, logo eles descobrem que o proprietário, Leland Gaunt, parece ter o item mais desejado por cada um deles! E o melhor: os preços são mais do que justos!

Mas, em troca de um valor que caiba no orçamento dos compradores, o Sr. Gaunt pede que eles preguem peças inofensivas. O problema é que, aos poucos, as “brincadeiras” se revelam muito mais perigosas do que pareciam. E o resultado é o caos em Castle Rock.

Trocas Macabras mescla o terror sobrenatural à realidade igualmente assustadora com perfeição. Com um vilão extremamente sádico e inteligente, Stephen King nos envolve em uma leitura viciante e regada a um humor tão ácido, que quase nos corrói. Por meio do desejo dos habitantes da cidade pelos objetos vendidos pelo Sr. Gaunt, a história retrata a maldade que existe no mundo e explora a vulnerabilidade humana.

Com diversas referências a outras histórias que têm Castle Rock como pano de fundo, Trocas Macabras traz um grande spoiler de Cujo. Outro aviso importante é que a trama contém bastante cenas violentas e gráficas, o que pode incomodar alguns leitores.

Com mais de 600 páginas, Trocas Macabras tem um desfecho épico e eletrizante. Em certos aspectos, a história pode nos fazer lembrar de It, a coisa, principalmente na forma como explora o poder da magia, para o bem e para o mal, e entrelaça os acontecimentos finais. No livro originalmente publicado em 1991, cabe ainda uma reflexão sobre desejo, consumo e a necessidade de possuir bens materiais.

E se, como King reforça ao longo da história, tudo está à venda, qual será o preço das nossas escolhas?

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