24 junho 2018

Resenha - Ele, Elle Kennedy e Sarina Bowen


Livro: Ele (Him #1)
Autor(a): Elle Kennedy e Sarina Bowen
Editora: Paralela
Páginas: 256
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
James Canning nunca descobriu como perdeu seu melhor e mais próximo amigo. Quatro anos atrás, seu tatuado, destemido e impulsivo companheiro desde a infância simplesmente cortou contato. O maior arrependimento de Ryan Wesley é ter convencido seu amigo extremamente hétero a participar de uma aposta que testou os limites da amizade deles. Agora, prestes a se enfrentarem nos times de hóquei da faculdade, ele finalmente terá a oportunidade de se desculpar. Mas, só de olhar para o seu antigo crush, Wes percebe que ainda não conseguiu superar sua paixão adolescente. Jamie esperou bastante tempo pelas respostas sobre o que aconteceu com seu relacionamento com Wes, mas, ao se reencontrarem, surgem ainda mais dúvidas. Uma noite de sexo pode estragar uma amizade? Essa e outras questões sobre si mesmos vão ter que ser respondidas quando Wesley e Jamie se veem como treinadores no mesmo acampamento de hóquei.


Por seis semanas durante anos, James Canning e Ryan Wesley se encontravam em um acampamento de férias dedicado à pratica de Hóquei. Eles pouco se falavam ao longo do ano, mas amizade se fortalecia conforme eles iam ficando mais velhos e era verídico dizer que os garotos se tornaram melhores amigos. Até que uma aposta ferra com tudo. Ou é nisso que Wes acreditada, já que decidiu cortar qualquer tipo de contato com o amigo depois do episódio.

Quatro anos depois, eles estão prestes a se encontrar novamente. Wes está a dois jogos de se tornar o campeão do campeonato universitário de hóquei, o que encerraria com excelência sua trajetória pré profissional, mas tudo que ele só consegue pensar na probabilidade de enfrentar o ex-melhor amigo no ringue. O reencontro eminente deixa claro que, apesar de todos os seus esforços, ele nunca superou os sentimentos que nutria pelo cara.

James nunca entendeu o que fez de errado para ser riscado da vida de seu melhor amigo e lembra com uma certa mágoa das tentativas de contato frustradas após seu último acampamento como aluno. Seu trabalho de verão tem sido como treinador no acampamento que lhe trouxas tantas boas lembranças, mas nesse ano, ao invés de te um tempo para refletir sobre os próximos passos de sua carreira, James terá a oportunidade de se redescobrir ao lado do seu eterno companheiro de aventuras.

Wes decide que precisa acertar algumas coisa do seu passado antes se ir para Toronto, onde iniciará sua carreira como profissional. E o primeiro e único item da lista é James Canning. 
Sou um cretino egoísta. Ou a porra de um masoquista. Canning não pode me dar o que eu quero, mas continuo indo atrás disso. Qualquer cosia que eu consiga é melhor que nada - um conversa um presente de brincadeira, m sorriso, o que for.

Quando descobri que um novo livro de Elle Kennedy estava chegando ao Brasil, fiquei em êxtase! Todos os seus livros que tive o prazer de ler, sejam eles solo ou em dupla, como este, foram fantásticos e bem, eu quero tudo que essa mulher escreve. Porém, bateu um certo receio por nunca ter lido um romance LGBT, e eu já ia começar deforma hard. Mas quando o autor é bom, ele é bom é ponto. Não da para dizer menos de Ele do que AMEI.

A narrativa é feita em primeira pessoa, de forma alternada entre os protagonistas. Como sempre, essa estrutura nos deixa mais próximos dos personagens, dando profundidade aos seus sentimentos e permitindo ao leitor entender exatamente o que se passa em suas cabeças. Wes é assumidamente gay e, mesmo que seja nem sempre seja fácil, ele exala confiança em tudo o que faz. Acontece que ele também tem seus momentos de insegurança, sendo James o seu ponto fraco.

Estar dentro da cabeça de James foi essencial para mim. Ele é uma pessoa despida de preconceitos, então a orientação sexual do amigo não muda nada na sua amizade, mas as experiências ao lado do amigo o mostram que os homens também podem despertar desejo nele. A forma racional como ele encarou isso, se testando ao invés de tomar uma atitude precipitada, foi um dos pontos que mais me agradou no livro.

Toda vez que nos beijamos, eu me apaixono ainda mais por ele, e não tem nada a ver com sexo ou desejo, É ele. Sua proximidade, seu cheiro, o jeito como me acalma.

Como não poderia deixar de ser, o livro aborda bastante o momento da vida em que eles estão: a entrada na vida adulta. Os dois estão prestes a entrar na liga profissional de hóquei, mas nada é tão simples. Decisões precisam ser tomadas, conflitos de interesse vão acontecer... nada como a facílima vida de gente grande.

O romance acontece de forma gradual, mas isso não deixa o livro menos quente. Há muitas cenas hots, inclusive aquelas que você se pergunta se são fisicamente possíveis algumas coisas nunca mudam, não é mesmo?. Mas também existe muita verdade nas cenas entre eles. É bem bonito e tenho certeza que a representatividade aqui foi altíssima.

Ele é um young adult com tudo o que temos direito: autodescoberta, romance, relações familiares e decisões sobre o futuro. Uma leitura fluida com uma história encantadora que, se encarada sem as lentes do preconceito, irá lhe render momentos muito divertidos.

Um comentário

  1. Segunda resenha que leio deste livro e não vejo a hora de poder conferir ele. Sei lá, ainda sou meio alheia a romances Lgbt, mesmo com uma gama de novos autores e autoras se jogando neste universo e claro, o cinema também tem contribuído bastante.
    Não conheço o trabalho da autora, mas pelo que li acima, a história é bem completa, não tratando apenas da parte sexual, mas principalmente da parte do sentimento e claro, da aceitação de ambos.
    Com certeza,já está na lista de desejados.
    Beijo

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