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30 setembro 2019

Resenha - O Labirinto do Fauno, Guillermo Del Toro e Cornelia Funke


Livro: O Labirinto do Fauno
Autor(a): Guillermo del Toro e Cornelia Funke
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Um dos filmes mais aclamados dos últimos tempos, O Labirinto do Fauno transborda das telas do cinema em obra que expande o universo de fantasia e horror da obra-prima de Del Toro. Quando estreou nos cinemas, O Labirinto do Fauno encantou público e crítica com sua história que mesclava sonho e realidade, trazendo para o universo da fantasia o cruel cotidiano da Espanha fascista de Franco. Mais de dez anos depois, a produção permanece conquistando fãs e mostrando que boas histórias são atemporais. Nesta edição mais do que especial, o escritor, diretor e roteirista mexicano Guillermo del Toro — a mente por trás do filme e um dos artistas mais inventivos dos últimos tempos — se une a Cornelia Funke, premiada escritora de contos de fadas modernos e autora da trilogia Mundo de Tinta, para narrar a jornada de uma menina pelo Reino dos Homens e pelo Reino Subterrâneo. No ano de 1944, Ofélia e a mãe cruzam uma estrada de terra que corta uma floresta longínqua ao norte da Espanha, um lugar que guarda histórias já esquecidas pelos homens. O novo lar é um moinho de vento tomado pela escuridão e pela crueldade do capitão Vidal e seus soldados, dispostos a tudo para exterminar os rebeldes que se escondem na mata. Mas o que eles não sabem é que a floresta que tanto odeiam também abriga criaturas mágicas e poderosas, habitantes de um reino subterrâneo repleto de encantos e horrores, súditos em busca de sua princesa há muito perdida. Uma princesa que, segundo os sussurros das árvores, finalmente retornou ao lar. No livro, a narrativa de Ofélia é intercalada com ilustrações e contos de fadas inéditos, baseados em elementos-chave de O Labirinto do Fauno. A obra é uma impactante ode ao poder das histórias, seja em imagens ou palavras, e a sua capacidade de transformar a realidade a nossa volta.


No ano de 1944, durante o regime político ditatorial de Franco, Ofélia e sua mãe grávida seguem rumo ao norte da Espanha em busca de um novo recomeço. O novo lar que as aguarda é um moinho de vento obscurecido pela maldade e crueldade do capitão Vidal e seus soldados, que usam da força para exterminar os rebeldes que se escondem na floresta.

Longe de casa e precisando lidar com a morte do pai que tanto amava e com a gravidez delicada da mãe, Ofélia sente-se solitária e desamparada. O homem ao qual futuramente deverá chamar de pai é desprezível e sua mãe cega pelo amor e pela “proteção” que Vidal pode lhes proporcionar não enxerga o destino cruel ao qual impôs a filha.

Mas é na floresta e em seus livros de contos de fada que a garota de apenas 13 anos encontra o refúgio que tanto necessitava. Mal sabia ela que aquela floresta sombria e silenciosa também abrigava criaturas mágicas do reino subterrâneo. Um reino de encantos e horrores onde os súditos da princesa Moanna, há muito perdida, aguardam ansiosamente seu retorno. Retorno esse, que segundo o sussurro das arvores, finalmente aconteceu.

Adaptação do aclamado filme de Guillermo del Toro, O Labirinto do Fauno nos apresenta uma história que mescla fantasia, mistério e terror durante toda a história. A mercê de um pai cruel e de uma mãe submissa, a destemida Ofélia foge da triste realidade em que vive e se aventura no mundo das fadas e do Fauno enquanto cumpre as tarefas necessárias para retomar seu lugar de direito no reino subterrâneo.

Nessa fabula mágica e sombria, a narrativa é intercala entre ilustrações e contos de fadas inéditos de Cornelia Funke que expande o universo do filme e enriquece ainda mais essa obra soturna e agridoce.

Assim como no filme, me encantei por Ofélia, pelos seres da floresta e pelo Fauno manipulador que ali existia. No entanto, minha repulsa por Vidal e suas maldades ganharam maior dimensão e me fizeram repensar sobre os verdadeiros monstros dessa história, não aqueles que habitavam na floresta, mas sim no mundo real.


Um comentário:

  1. Além desse livro ser uma obra de arte, eu adorei a complementação que teve sobre a parte fantástica da história, e tudo é tão emocionante que já sinto vontade de reler!

    Beijos

    Imersão Literária

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