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14 abril 2019

Resenha - Dama da Meia-Noite, Cassandra Clare


Livro: Dama da Meia-Noite (Os artifícios das trevas #1)
Autor(a): Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas: 574
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Em um mundo secreto onde guerreiros meio-anjo juraram lutar contra demônios, parabatai é uma palavra sagrada. O parabatai é o seu parceiro na batalha. O parabatai é seu melhor amigo. Parabatai pode ser tudo para o outro mas eles nunca podem se apaixonar. Emma Carstairs é uma Caçadora de Sombras, uma em uma longa linhagem de Caçadores de Sombras encarregados de protegerem o mundo de demônios. Com seu parabatai Julian Blackthorn, ela patrulha as ruas de uma Los Angeles escondida onde os vampiros fazem festa na Sunset Strip, e fadas estão à beira de uma guerra aberta com os Caçadores de Sombras. Quando corpos de seres humanos e fadas começam a aparecer mortos da mesma forma que os pais de Emma foram assassinados anos atrás, uma aliança é formada. Esta é a chance de Emma de vingança e a possibilidade de Julian ter de volta seu meio-irmão fada, Mark, que foi sequestrado há cinco anos. Tudo que Emma, Mark e Julian tem a fazer é resolver os assassinatos dentro de duas semanas antes que o assassino coloque eles na mira. Suas buscas levam Emma de cavernas no mar cheias de magia para uma loteria sombria onde a morte é dispensada. Enquanto ela vai descobrindo seu passado, ela começa a confrontar os segredos do presente: O que Julian vem escondendo dela todos esses anos? Por que a Lei Shadowhunter proíbe parabatais de se apaixonarem? Quem realmente matou seus pais e ela pode suportar saber a verdade? A magia e aventura das Crônicas dos Caçadores de Sombras tem capturado a imaginação de milhões de leitores em todo o mundo. Apaixone-se com Emma e seus amigos neste emocionante e de cortar o coração no volume que pretende deliciar tantos novos leitores como os fãs de longa data.


Caçadores de Sombras do mundo todo foram enfeitiçados e transformados em soldados Crepusculares. Essa foi a forma que Sebastian Morgenstern encontrou de criar um exercito para, ao lado do Povo das Fadas, tentar destruir a Clave. Seus planos não se concretizaram, mas muitas mortes foram creditadas a ele, inclusive a dos pais de Emma Carstairs. Porém, o estado em que se encontravam os corpos sempre a fez duvidar da autoria dos assassinatos.

Faz cinco anos que ela vem pesquisando sobre o que realmente pode ter acontecido, e são nas circunstâncias mais controversas que ela tem a chance de provar que está certa. Corpos de mundanos e membros do Povo das Fadas estão aparecendo mortos, com as mesmas marcas ritualísticas que seus pais foram encontrados. Os pedidos para que não se envolva com o assunto não a detém, a falta de informações não a desanima, já a possibilidade de ter Mark Blackthorn de volta ao seu lar, é um estímulo.

Julian Blackthorn é seu melhor amigo, seu companheiro de aventuras, seu parabatai. Anos atrás seu irmão Mark foi levado pelo Povo das Fadas e desde então não se teve mais noticias dele. Contrariando a lei da Paz Fria, uma represaria ao Povo das Fadas por terem conspirado contra os Nephilim na Guerra Maligna, uma comitiva deles vai até o Instituto propor uma aliança para que seja descoberto o causador dessas mortes. Em troca de respostas, Mark poderia escolher se retornaria à sua família ou se ficaria entre as Fadas.

Será que Julian e Emma serão capazes de desvendar esse mistério dentro de duas semanas e sem entregar os segredos da Clave?

Heróis nem sempre são os que vencem. Algumas vezes são os que perdem. Mas continuam lutando, continuam voltando. Não desistem. É isso que faz deles heróis.

Lá em 2013, pouco antes da estreia de Cidade dos Ossos nos cinemas, tive meu primeiro contato com Cassandra Clare e o mundo dos Caçadores de Sombras. As indicações de amigos eram inúmeras, o que fez minhas expectativas irem nas alturas. Comprei as duas trilogias principais, coloquei outros tantos na lista de desejados, mas a verdade é que não li nem metade das histórias envolvendo os Nephilim. Foi por isso que iniciei essa leitura meio receosa com que iria encontrar.

A histórias é narrada em terceira pessoa, principalmente sob o ponto de vista dos protagonistas, mas alguns outros personagens ganham seus próprios capítulos. Expandindo muito a visão do leitor sobre o que está acontecendo. A fluidez ao contar uma história e a facilidade com que me prende a sua narrativa ainda são um ponto marcante na minha experiência com Cassandra Clare, mas é inegável que ela amadureceu muito em sua escrita. O resultado foi ter finalizado as mais de quinhentas páginas e muito menos tempo do que eu imaginava.

Emma é uma protagonista maravilhosa. Ela é determinada, sarcástica e tão ingênua quanto aos seus sentimentos pelo melhor amigo, que chega a ser cômico. Julian é tão incrível, que chega a um nível de perfeição levemente irreal. O único problema ao vê-los juntos é a repetição do clichê do amor proibido. A autora já usou e abusou dessa temática anteriormente, nos deixando com a sensação te estar acompanhando uma história repetida. Alias, Clare e Jace aparecem nesse livro. Foi bacana, mas totalmente dispensável. Há outros personagens apaixonáveis na trama, os irmãos de Julian que o digam, mas vou deixar essa surpresa para a leitura de vocês.

Cassandra é sinônimo de reviravoltas e finais chocantes. Não existe um livro dessa autora que não me tenha feito surtar ao chegar na última página. Durante toda a leitura ficamos alertas ao que virá em seguida, mas esse desfecho não dava para prever. Eu estou agradecendo aos céus por ter a continuação aqui comigo!

Se havia duas coisas que ele acreditava que não tinham limites, eram amor e imaginação.

Dama da Meia-Noite a a introdução a uma nova saga, mas com uma mitologia que os leitores estão cansados de conhecer. Isso é bom porque podemos pular todas as explicações e ir direto ao que interessa. Os fãs da autora não podem deixar de ler, mas quem curte fantasia tem grande chances de se encantar com essa história também.

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