Resenha - Laços de Fogo, Nora Roberts

SÉRIE: #1 Trilogia da Fraternidade
AUTOR: Nora Roberts
EDITORA: Bertrand Brasil
PÁGINAS: 322
LANÇAMENTO: 2008
CONCEITO: 5 estrelas

“O sorriso dela modificou-se, adquirindo um certo ar de escárnio. Sweeney, pensou. O homem que queria mandar em seu trabalho. “O tal”, ela usou a expressão nada lisonjeira para um habitante de Dublin.
– Bem, o senhor é um homem teimoso, Sr. Sweeney, esta é a verdade. Espero que tenha feito uma boa viagem, só assim não terá perdido seu tempo.
– Foi uma viagem miserável.
– Que pena....” (pág44)

Eu conheci a Nora Roberts através da Serie Mortal – que eu ainda não li – e foi uma das descobertas mais gratificantes que eu já tive. A escrita dela é super gostosa e a leitura flui de uma forma incrível.

A trilogia nos apresenta as irmãs Concannon, e este primeiro volume nos permite entrar na vida de Maggie Concannon, a irmã mais teimosa e cabeça dura dentre as duas. Ela é extremamente ligada a Irmã Brianna e ao pai – que morre nos seus braços logo no primeiro capítulo, dando o start na estória -, mas tem um relacionamento muito conturbado com a mãe – que a culpa pela “desgraça” da sua vida já que, ao engravidar dela, se viu obrigada a casar com um homem pobre; enquanto Maggie a culpa pela infelicidade de toda a família.

Maggie é uma artista de vidro, e suas obras são descritas como algo magnifico, que representa mais do que uma simples decoração. Ela cria tudo com a sua alma, e isso atrai a atenção de Rogan Sweeney – o bem sucedido e charmoso proprietário de uma famosa galeria de arte de Dublin, mas que possui filiais pelo mundo – que quer fazer uma exposição com suas obras, além de empresariá-la. Porém ela é uma pessoa simples, e não tem ambição de enriquecer com o seu trabalho – apesar de ter potencial - e é muito relutante em aceitar a proposta de Rogan – no lugar dele eu já teria desistido de lhe empresariar antes do terceiro contato. Mas ele é persistente e encara o temperamento difícil de Maggie como um desafio – profissionalmente e pessoalmente. E o desenrolar de ambos os rumos são bem envolventes; e apresentam algumas cenas mais picantes, mas nada vulgar; o que eu achei super bacana.

 Esse é o meu livro preferido da trilogia. A Personalidade da Maggie deixa tudo muito mais interessante; ela é espirituosa demais! O final do livro é emocionante, e levando em consideração a trajetória e personalidade da personagem principal, foi um pouco inesperado. E surpresas boas são sempre bem vindas né!