12 agosto 2020

Lançamentos da Editora Intrínseca (Agosto/ 2020)



Sol da meia-noite
, Stephenie Meyer

Um dos maiores fenômenos editoriais dos últimos tempos, a saga Crepúsculo narra a icônica história de amor de Bella Swan, uma garota tímida e desastrada, que acaba de mudar de cidade, e Edward Cullen, um rapaz misterioso que esconde um segredo aterrorizante: é um vampiro. Desde a primeira troca de olhares, ele fez tudo para ficar longe dela, mas e se as coisas não tiverem acontecido exatamente assim? Até agora, os leitores conheceram essa trama inesquecível apenas pelos olhos de Bella. No aguardado Sol da meia-noite, vamos testemunhar o nascimento desse amor pelo olhar de Edward, mergulhando em um universo novo, sombrio e surpreendente, cheio de revelações. Conhecer Bella foi o que aconteceu de mais irritante e instigante em todos os anos de Edward como vampiro. À medida que conhecemos detalhes sobre seu passado e a complexidade de seus pensamentos, conseguimos entender por que Bella se tornou o eixo central de uma batalha decisiva em sua vida. Como Edward poderia seguir seu coração se isso significava colocar a amada em perigo? Do que ele seria capaz de abrir mão? Em Sol da meia-noite, Stephenie Meyer faz um retorno triunfal ao universo de Crepúsculo e nos transporta mais uma vez para Forks, convidando-nos a revisitar cada detalhe dessa história que conquistou milhões de fãs em todo o mundo. Em meio a uma paixão cercada de perigos sobrenaturais, vamos descobrir como Edward encara seus prazeres mais profundos e as consequências devastadoras de um amor proibido e imortal.


                                          A Casa Holandesa, Ann Patchett

Após a Segunda Guerra Mundial, graças à conjugação de sorte e um investimento fortuito, Cyril Conroy entra no ramo imobiliário, criando um negócio que logo se tornará um império e levará sua família da pobreza a uma vida de opulência. Uma de suas primeiras aquisições é a Casa Holandesa, uma extravagante propriedade no subúrbio da Filadélfia. Mas o que seria apenas uma adorável surpresa para a esposa acaba desencadeando o esfacelamento de toda a estrutura familiar. Quem narra essa história é o filho de Cyril, Danny, a partir do momento em que ele e a irmã mais velha — a autoconfiante e franca Maeve — são expulsos pela madrasta da casa onde cresceram. Os dois irmãos se veem jogados de volta à pobreza e logo descobrem que só podem contar um com o outro. E esse vínculo inabalável, ao mesmo tempo que os salva, é o que bloqueia seu futuro. Apesar de suas conquistas ao longo da vida, Danny e Maeve só se sentem verdadeiramente confortáveis quando estão juntos. Narrada ao longo de cinco décadas, A Casa Holandesa é uma história sobre a dificuldade de superar o passado. Com bom humor e raiva, os dois rememoram inúmeras vezes seu relato de perda e humilhação e a relação entre o irmão indulgente e a irmã superprotetora enfim será colocada à prova quando os Conroy se virem forçados a confrontar quem os abandonou. Uma saga sobre o paraíso perdido, A Casa Holandesa se debruça sobre questões de herança, amor e perdão, uma narrativa sobre como gostaríamos de ser vistos e quem de fato somos. E, embora seja um livro repleto de reviravoltas que farão o leitor devorar a história, seus personagens ficarão marcados por muito tempo na memória.



Os Dois Mundos de Isabel
, Daniela Arbex

A primeira biografia da premiada jornalista Daniela Arbex narra a história da brasileira centenária que ergueu a voz para ajudar milhares de pessoas. Nascida no interior de Minas Gerais, em 1924, Isabel Salomão de Campos é da primeira geração de brasileiros de uma família de imigrantes libaneses. Criada no sertão mineiro, em uma fazenda, a menina mostrou ser diferente desde pequena. Aos 9 anos via e ouvia coisas que não conseguia explicar, benzia pessoas sem acesso a remédios e a cuidados médicos, e, aos 14, conseguiu sozinha a autorização do prefeito de sua cidade para criar uma escola para os filhos dos colonos. A professora seria ela própria. Foi no início da vida adulta que Isabel teve um entendimento mais amplo da sua vocação. Quando descobriu que as tais “coisas” que via desde a infância eram espíritos se comunicando com ela, Isabel deu início a um longo processo de aprendizado no espiritismo, sendo a primeira mulher a erguer publicamente sua voz para falar deste mundo invisível. Sua vida foi marcada pela luta contra o preconceito religioso e contra a invisibilidade imposta às mulheres. Obstinada, ela criou outras duas escolas, retirou mais de 500 crianças das ruas ao longo de toda a vida e construiu uma rede de solidariedade que atende famílias em situação de vulnerabilidade social em mais de 40 bairros de Juiz de Fora, cidade onde Isabel ainda mora e onde fundou a Casa do Caminho, um centro não só para celebração da sua fé́, mas de acolhimento. Jornalista investigativa premiada, conhecida por dar voz aos excluídos, Daniela Arbex remonta a história de Isabel e de muitos dos que foram influenciados por seu trabalho. Entre relatos de fé, cura e conforto espiritual ou de simples admiração por uma vida inteira dedicada ao outro, Os dois mundos de Isabel é uma biografia que dialoga com muitas histórias brasileiras. Com prefácio de Caco Barcellos, o livro é, sobretudo, uma narrativa de coragem. Em tempos de violência e intolerância, falar sobre uma mulher que lutou com a única arma que tinha ― o amor ― é, no mínimo, revolucionário.


                                     Cartas para Martin, Nic Stone

Justyce McAllister é um garoto de dezessete anos com um futuro brilhante pela frente. É um dos melhores alunos de uma prestigiada escola de Atlanta, tem uma mãe amorosa e um melhor amigo incrível. No entanto, um episódio de violência policial traz à tona que a distância entre ele e seu futuro é quase um abismo. Porque Justyce McAllister é negro, e isso significa que, muitas vezes, é julgado pela cor de sua pele. Ao ser agredido e detido injustamente, o olhar de Justyce desperta para um novo mundo, um lugar solitário em uma sociedade que insiste em vê-lo como ameaça ou como promessa de fracasso. Ele se dá conta, então, de que não pode mais fingir que não tem nada errado e decide iniciar um projeto: escrever cartas para Martin Luther King Jr., um dos mais importantes ativistas políticos pelos direitos dos negros, símbolo da luta contra a segregação racial nos Estados Unidos, morto em 1968. Ao tentar aplicar os ensinamentos de Luther King em sua vida, Justyce começa a trilhar um caminho para entender não só como deve reagir diante das injustiças, mas que tipo de pessoa ele quer ser. Em meio a questões familiares, desentendimentos com os amigos e complicações da vida amorosa, nas cartas ele expõe suas dúvidas, sua angústia, sua revolta e a percepção clara de que a sociedade não é tão igualitária quanto deveria. No livro de estreia de Nic Stone, vemos Justyce passar pelos desafios da adolescência, amadurecer e encarar o racismo que tanto afeta sua existência. Comovente e extremamente necessário, Cartas para Martin é um relato sobre ser um jovem negro e sobre o direito inalienável de existir. Um livro impossível de ignorar.



Liberdade Igual
, Gustavo Binenbojm

Uma reflexão sobre liberdades individuais no contexto do Brasil moderno e sobre o papel do Estado que garante e limita estas liberdades. A liberdade é o atributo essencial da humanidade do homem. Escolher o próprio destino e construir a própria visão de mundo são elementos fundamentais do que significa ser humano. Mas como viver é conviver, a liberdade deve ser igual, de modo que todos e cada um possam ser livres à sua maneira. Somos igualmente livres para sermos diferentes, navegando ao sabor de nossas circunstâncias individuais e coletivas. No entanto, o avanço do populismo radical, em ambos os lados do espectro político, ameaça as liberdades individuais e investe contra a democracia. No Brasil, o peso de uma herança autocrática ainda se faz sentir em nossas instituições político-jurídicas e na cultura nacional. A defesa da liberdade como conquista civilizatória se faz necessária e urgente. Os ensaios reunidos em Liberdade igual: O que é e por que importa, de Gustavo Binenbojm, analisam diferentes manifestações do exercício do direito de escolha no Brasil. O autor, que defendeu perante o STF causas como a da liberação de biografias não autorizadas e a derrubada da censura ao humor e à crítica jornalística em período eleitoral, constrói sua reflexão a partir desses e outros casos recentes, como a propagação de fake news e a censura em plataformas digitais e o episódio de Natal do Porta dos Fundos protagonizado por um Jesus gay. Cada texto traz uma perspectiva original e renovadora sobre os avanços e os desafios da sociedade brasileira na busca de liberdade igual para todos os seus cidadãos.


                                     Cercado de Idiotas, Thomas Erikson


Após uma entrevista desastrosa com um empreendedor de sucesso — genuinamente convencido de estar “cercado de idiotas” —, o especialista em comunicação Thomas Erikson passou a se dedicar à missão de entender como as pessoas funcionam e por que temos dificuldade de desenvolver uma conexão com certos tipos de indivíduo. Após anos de estudos e treinamentos ministrados, nasceu o livro Cercado de idiotas, que se tornou um fenômeno editorial não só na Suécia, terra natal do autor, mas em diversos países, e já teve mais de 1,5 milhão de exemplares vendidos. Nesta obra, Erikson traz uma proposta ao mesmo tempo simples e pioneira: um método de avaliação baseado em quatro tipos de personalidade — vermelho, amarelo, verde e azul. Ao compreender o funcionamento de cada cor, o leitor vai aumentar seu autoconhecimento, aprimorar suas habilidades sociais, mediar conflitos com confiança e tirar o melhor das pessoas com quem convive no dia a dia. Erikson também compartilha dicas simples sobre linguagem corporal e comunicação escrita, além de conselhos valiosos sobre quando é hora de ir com tudo ou se é melhor dar um passo atrás e agir com mais cautela. Repleto de momentos de inspiração e considerado pela Publishers Weekly “um guia útil para se comunicar com os incomunicáveis”, Cercado de idiotas nos auxilia a entender melhor as pessoas que estão à nossa volta, inclusive aquelas que parecem estar além da compreensão.


Piano Mecânico
, Kurt Vonnegut

Clássico redescoberto da literatura distópica narra um mundo dominado por gerentes, engenheiros e máquinas
Em um futuro não muito distante, pós uma nem tão distópica Terceira Guerra Mundial, as máquinas finalmente venceram. Quase tudo foi automatizado e logo a sociedade se dividiu sob um novo sistema de estratificação não mais baseado em dinheiro, mas sim em inteligência. De acordo com seu QI e capacidade intelectual, os indivíduos são classificados e registrados em um cartão perfurado e sua posição social ― um destino de glória ou esquecimento ― só pode ser definida a partir da análise desses dados. Do lado dos privilegiados ― engenheiros e gerentes ― o doutor Paul Proteus leva uma vida confortável no alto escalão das Indústrias Illium, o maquinário que controla toda a vida da cidade homônima. Sua casa confortável, o prestígio entre os pares, a esposa atenciosa e dentro dos padrões: absolutamente tudo está em seu devido lugar e a ordem impera. A visita inesperada do inquieto e inconformado Ed Finnerty, um ex-colega de trabalho, promove um abalo sísmico em Paul e suas consequências, a princípio restritas à psique, logo se transformam em uma ameaça não apenas ao seu estilo de vida, mas ao de toda a estrutura que o cerca. Quando atravessa o rio que divide a cidade e suas castas, Paul vê com os próprios olhos como é a vida de quem foi excluído do sistema. Mais do que uma crítica à automação e ao progresso desenfreado das tecnologias, Piano mecânico é um livro sobre o desconforto inerente que toda estrutura social causa ao homem moderno. Escrito logo após a publicação de 1984, livro pelo qual Vonnegut admitiu ter sido fortemente influenciado, a obra compartilha com Orwell a ansiedade do pós-guerra e o medo de que, em tempos de paz, as nações venham a se submeter a níveis potencialmente paranoicos de controle social.

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