01 agosto 2018

Resenha - O Destino de Tearling, Erika Johansen


Livro: O Destino de Tearling (A Rainha de Tearling # 3)
Autor(a): Erika Johansen
Editora: Suma de Letras
Páginas: 360
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Desde que assumiu o trono de Tearling, Kelsea Glynn passou de princesa inexperiente a rainha destemida. Sua busca por justiça fez com que todo o reino mudasse com ela, mas quando os inimigos que fez ao longo do caminho ameaçam destruir seu povo, ela toma uma decisão inimaginável: se rende à Rainha Vermelha em troca de salvar Tearling. Sem as safiras, sem seus homens de confiança e trancafiada em Mortmesne, Kelsea precisa de novo recorrer ao passado, às experiências de mulheres que viveram antes dela, buscando em suas histórias a saída para uma situação impossível. O jogo está para terminar, e o futuro de Tearling será revelado de uma vez por todas. Com O Destino de Tearling, Erika Johansen traça o clímax inesquecível dessa aventura cheia de magia e emoção.

ESSA RESENHA POSSUI SPOILER DOS LIVROS ANTERIORES.
LEIA A RESENHA DE A RAINHA DE TEARLING E
A INVASÃO DE TEARLING.


Quem leu as resenhas anteriores de A Rainha de Tearling, sabe o quanto esse livro era aguardado por mim. Era a promessa de solucionar todos os problemas que foram apresentados desde o primeiro livro. Acontece que, assim como nos demais livros, a autora não finaliza nada que começa. E como esse ser o último livro, a história acaba com pontas soltas e perguntas não respondidas. Um desfecho no mínimo frustrante.

O tema apresentado nesta  trilogia é atraente para os amantes de distopia e fantasia. A proposta tem seu toque diferente e desperta sim uma curiosidade em relação a história, o grande problema é a forma que a autora escreveu esses livros. Ela introduz elementos desnecessários e deixa a impressão de ter se perdido durante o processo de criação e aí para colocar tudo em ordem, já era.

Minha maior crítica ao livro é justamente a questão da narrativa dos personagens secundários. A autora se demora em pontos de vista de personagens que não agregam em nada, que ninguém quer saber. O leitor acaba tendo aquela sensação de estar sendo enrolado, sendo que o livro tem vários pontos interessantes que poderiam ser explorados, mas ela insiste em perde tempo com partes que não interessam em nada. O pior é que a maioria desses personagens se perdem dentro do livro e o leitor nem sabe o que aconteceu com eles depois. Qual o sentido nisso?

A rainha vermelha é a grande vilã da história e foi apresentada logo no primeiro livro. Criei muita expectativa sobre ela, mas foi a maior decepção de todas! Alguns podem achar exagero, mas quando um autor apresenta um vilão com “V” maiúsculo, você espera um vilão de verdade. Porém, nesse livro, ela não passou de uma mulher fraca, medrosa e sem atitude, que recorre a quem aos seus supostos inimigos para salvar sua pele. Essa mudança repentina de atitude não faz o menor sentido. Não havia motivo para uma possível retratação ou para que ela repensasse suas atitudes. Ou seja, foi uma saída fácil para uma das personagens principais e que acabou virando uma coadjuvante, já que no terceiro livro temos um novo grande vilão que nem é tão vilão assim!

A protagonista, Kelsia, continua fazendo de tudo para salvar o reino. Ela amadureceu ao longo da trilogia, mas sem grandes acontecimentos. Sinceramente, não a vi realizando nada de muito maravilhoso. Não vamos ser injustos, ela soluciona o problema apresentado no livro, o que nos leva a mais um grande problema: o final. Sabe aquela sensação de ser enganada? Em poucos livros senti isso e eu odeio essa sensação! Ler três livros e encontrar um final fraco, onde a autora optou pela saída mais fácil e deixou várias perguntas não respondidas até, no mínimo, frustrante. Parecia que a série não tinha chegado ao fim. E a Kelsia, mesmo não sendo uma protagonista maravilhosa, merecia mais. Não custava dar um desfecho digno a ela.

A narrativa mantém a mesma pegada de mostrar o passado e o presente, de forma que, ao entender e conhecer o passado, os personagens possam consertar o presente e construir um futuro melhor. Eu pensei que a linha do tempo passada continuaria do ponto em que termina no segundo livro, mas claro que não. A autora apresenta uma nova personagem para narrá-lo. Não entendi a necessidade da mudança, já que a Lilly, a narradora anterior, mal aparece neste livro. Ela foi o ponto alto em A invasão de Tearling, e tudo o que contou agregou bastante no contexto geral.


Pode parecer que eu odiei o livro, mas a verdade é que eu apenas não o amei. Minha indignação é porque eu realmente acreditava que essa história tinha muito mais para oferecer. Bastava a autora ter seguido uma linha de raciocino lógica, sem inventar demais para não se perder no caminho. Isso me frustrou e decepcionou ainda mais. Eu deveria ter esperado menos!

Me perdoe se você leu o livro e deu 5 estrelas, mas sinceramente com tantas falhas fica difícil de defender.

Um comentário

  1. Ruim quando a gente deposita expectativa demais no final de uma história e este final não nos surpreende como os livros anteriores.
    Não é a primeira resenha que leio falando isso sobre este último livro e infelizmente, é uma pena né?
    Mesmo que eu não tenha lido nenhum dos livros anteriores, acompanhei todas as resenhas e certamente os livros estão na listinha de desejados. Mas agora já sei bem que a autora vai dar uma deslizada no final.rs
    Minha mãe sempre diz que tudo é enfeitado demais acaba no final ficando é feio.
    Ela tem razão.rs
    Mesmo assim, espero ler os livro sem breve.
    Beijo

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