10 julho 2018

Resenha - Todas as Coisas Belas, Matthew Quick


Livro: Todas as Coisas Belas
Autor(a): Matthew Quick
Editora: Intrínseca
Páginas: 272
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora


Você é livre para ser quem quiser — mesmo que isso tenha um preço. Depois de O Lado Bom da Vida, Matthew Quick cria romance para todos que desejam se encontrar Consagrado no Brasil com o best-seller O Lado Bom da Vida, Matthew Quick traz ao público jovem uma ode à liberdade, abordando as complexas questões de identidade que marcam a transição para a idade adulta. Aos 18 anos, Nanette O’Hare é a típica boa garota. No fundo, porém, ela nunca se sentiu realmente parte do grupo, sufocando em um permanente desconforto com diversas atitudes das amigas e com os padrões sociais. Mas tudo muda quando, no último ano do colégio, ela ganha um livro de seu professor preferido, o clássico cult O ceifador de chicletes, e fica fascinada com a mensagem de que ela pode ser de fato quem é. Nanette se torna amiga do recluso autor e se apaixona por Alex, um jovem poeta que também é fã do livro. Encantada com esse novo mundo que se abre, ela se permite, pela primeira vez, tomar as próprias decisões. No entanto, aos poucos Nanette percebe que a liberdade pode ser um desejo arriscado e começa a se perguntar se a rebeldia não cobra um preço alto demais.


Nanette O’Hare é uma adolescente de classe média alta com um futuro brilhante. Estrela do time de futebol feminino da escola, a jovem de dezoito anos possui bolsa de estudo garantida nas melhores faculdades, o único problema é que Nanette não tem certeza de que é isso o que realmente quer para seu futuro, lá no intimo ela sabe que está vivendo conforme o desejo dos seus pais e carregando nos ombros as expectativas de seu time.

As coisas mudam quando em seu último ano na escola, Nanette ganha de seu professor favorito “O Ceifador de Chicletes” uma edição antiga de um livro já fora de catálogo do autor Nigel Booker. A leitura desse exemplar torna-se um divisor de águas na vida de Nanette, despertando na jovem questionamentos e atitudes inesperadas. Entusiasmada com a história que se tornou sua predileta por representar tudo o que ela vem represando dentro do peito, Nanette decide conhecer Booker, e logo ela e o autor constroem uma amizade tranquila, com um único juramente: Jamais conversarem a respeito do livro.

Durante as visitas a Booker, ela conhece Alex, outro jovem admirador de O Ceifador de Chicletes que se expressa em alguns momentos através de poemas. De início Nanette não compreende as intenções de Booker ao apresenta-los, o que eles teriam em comum além do amor pelo mesmo livro? Porém, quanto mais conversa com Alex, mais ela percebe a conexão existente entre ambos, e fica maior sua necessidade de encontrar sua própria identidade e ir atrás de seus ideais.

- Às vezes é preciso lutar – disse Alex. – Se você não luta, você que é massacrado.

Nessa busca constante por encontrar seu lugar no mundo, Nanette toma decisões importantes e precisa driblar as consequências. Não é um caminho fácil fugir dos padrões, e é necessário coragem para enfrentar os desafios que surgirão de acordo com suas escolhas. Será que ela estará disposta a pagar o preço?

- A verdade é que eu não tenho mais certeza de nada – concluí. – Não faço a menor ideia do que eu quero para minha vida amanhã, muito menos no ano que vem ou depois. [..]

Com uma narrativa leve e fluída, Matthew Quick nos faz relembrar a incertezas da adolescência e a busca inconstante por respostas que por vezes não podem ser definidas. Nessa fase onde queremos que tudo aconteça rápido e de forma assertiva, a verdade é que na maioria das vezes as coisas não saem conforme o planejado, o que pode gerar frustração para muitos jovens. Mas até onde vale a pena seguirmos um padrão apenas para nos mantermos confortáveis em meio a sociedade, será que vale simplesmente seguirmos a vibe mesmo quando tais escolhas nos sufocam diariamente?

Essa não foi a escolha de Nanette, o que torna a personagem tão real quanto eu e você, ela é insegurança, sofre com as perdas e toma decisões erradas. Foi impossível não me identificar com ela, compreender seus anseios e torcer para que em meio a essa fase assustadora que é a adolescência, Nanette pudesse encontrasse sua melhor versão.

Inspirador, real e tocante, o novo livro de Quick certamente irá trazer reflexão para muitos jovens. Leiam!

2 comentários

  1. Já andei lendo uma resenha deste livro e gostei muito do que vi.
    Nanette parece ser uma jovem comum, como muitos de nós já fomos ou ainda somos(nem que seja apenas internamente)
    Mas carregar dúvidas, anseios e nem sempre tomar as decisões corretas, faz parte de todos nós e se tiver oportunidade, quero muito me inspirar também!
    Beijo

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  2. Olá
    Quando resolvi ler esse livro, sabia nada sobre ele. Foi a melhor escolha. Li sem saber o que esperar e encontrei uma das histórias mais lindas que já li.

    Vidas em Preto e Branco

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