12 junho 2018

Resenha - A duquesa, Danielle Steel


Livro: A duquesa
Autor(a): Danielle Steel
Editora: Record
Páginas: 300
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Angélique Latham cresceu no esplendoroso Castelo Belgrave, na Inglaterra, e foi criada sob a tutela e o carinho do pai, o duque de Westerfield. Aos 18 anos, ela é a menina dos olhos do duque, mas, assim que ele morre, seus meios-irmãos mais velhos lhe viram as costas, abandonando-a completamente. Porém, com sua inteligência aguçada, uma beleza arrebatadora e um baú de dinheiro que seu pai lhe deu em segredo no leito de morte, ela fará de tudo para sobreviver. Sem conseguir arrumar emprego por não ter uma carta de referência, mesmo depois de um tempo trabalhando como babá, Angélique tenta a sorte em Paris. E é lá que o destino coloca em seu caminho uma prostituta, vítima dos maus-tratos de Madame Albin. Ao ajudar a jovem, Angélique vê uma oportunidade: abrir um bordel de luxo para atender aos homens mais abastados da cidade e onde pudesse proteger essas mulheres. Logo, o elegante Le Boudoir, um lugar onde os homens poderosos podem satisfazer seus desejos mais secretos com as companhias mais sofisticadas, se torna a sensação de Paris. Mas, vivendo na iminência de um escândalo, Angélique conseguirá algum dia recuperar seu lugar no mundo? Da Inglaterra do século XIX, passando por Paris e Nova York, Danielle Steel retrata uma época de luta das mulheres em uma sociedade predominantemente masculina ao contar a história inspiradora de uma cativante dama de espírito revolucionário.


Fruto de uma linda história de amor, Angélique Latham é a filha mais nova do duque de Westerfield. Órfã de mãe desde os primeiros dias de vida, a garota cresceu cercada pelo zelo do pai e pelo rancor dos meios-irmãos, herdeiros do primeiro casamento do duque.

A garota era apaixonada pela propriedade onde viviam. O castelo foi prospero sobre o comando de seu pai, com quem aprendeu sobre a administração das terras e o respeito que se deve ter com empregados e arrendatários. Porém a lei dizia que o herdeiro de tudo seria Tristan, seu irmão mais velho. O pai pediu diversas vezes que ele proporcionasse uma vida digna a irmã, mas preferiu ele mesmo garantir que ela tivesse algum meio de sobreviver caso seu desejo não fosse honrada. Em seu leito de morte, Phillip dá a filha um quantia considerável em espécie. Anos depois, esse presente é o responsável pela abertura do bordel mais famoso de Paris

- É uma longa história. O típico conto de fadas envolvendo uma propriedade e um título na Inglaterra, um meio-irmão ciumento que estava determinado a se livrar de mim e que fez com que eu fosse trabalhar como babá na cada de outra família.

Angélique não tinha um irmão benevolente (e como poderia ser com todo o rancor e arrogância presentes em seu coração), tão pouco a vida era generosa com uma mulher sozinha naquela época. Por longos nove anos após a morte de seu pai, ela amargou muitas derrotas se comparadas às vitórias que logrou até reencontrar a paz em sua vida.

Narrado em terceira pessoa, Danielle Steel oferece aos leitores um vislumbre da terrível realidade que era ser mulher em uma época onde éramos vistas apenas como um pote de outro ou adorno masculino. Entre os vários romances de época, encontramos histórias de todos os tipos de mulheres, mas apenas uma foi tão pouco afortunada quando Angélique. A narrativa me prendeu, mas alguns pontos me incomodaram um pouco. A autora se mostrou terrivelmente repetitiva com alguns fatos da vida da protagonista (tenho certeza que algumas frases eram repetidas com exatidão); além de perder tempo destrinchando o dia-a-dia dela em alguns momentos e correndo com a história em outros. Porém, para quem iniciou a leitura com baixa expectativa, fui positivamente surpreendida.

A jovem inocente que conhecemos no primeiro capítulo, se transforma uma guerreira ao longo da história até se tornar a mulher empoderada que a encerra. O leitor que não sofre com Angélique, precisar reler o livro, porque não o leu corretamente. Ela amadurece por ordem da vida, aprendendo um pouco mais sobre o mundo a cada rasteira que recebe. É uma história triste, mas ainda sim inspiradora.

A coragem não é a ausência de medo ou desespero, e sim a força para dominá-los.

A historia apresenta vários personagens secundários, todos tão bem construidos quanto a protagonista. Fiquei apaixonada pelos empregados do castelo e a ligação que havia entre eles e Angélique. Também fui fisgada por alguns dos homens que passavam pelo bordel, mas minhas favoritas foram as garotas que trabalham lá. Cada uma com sua história, elas mostram que a dignidade está dentro do coração de cada um de nós e que muitas vezes aqueles que julgam, são piores que os julgados mais isso nós já sabemos né? apenas gostamos de esquecer.

Graficamente não há pontos negativos a serem pontuados. A capa é sóbria, combinando muito bem com a história. Sua diagramação é simples, confortável para leitura e não me recordo de nenhum erro de revisão.

A duquesa é uma história intensa, que merece ser lida por todos os amantes de um bom romance histórico.

3 comentários

  1. Oi! Eu costumo ver o blogue, mas quase nunca comento. Dessa vez decidi comentar porque talvez você esteja interessada em um Desafio Literário sobre a copa que eu vi e que pretendo participar também.
    O desafio consiste em assistir os jogos da copa e postar livros de acordo com os resultados.
    Veja o link: https://dianaisabelpinto.blogspot.com/2018/06/desafio-world-cup-literario.html

    Beijos.

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  2. Puxa, quanto tempo não via o nome de Danielle em alguma publicação. Gosto demais do trabalho da autora, mas confesso que há muito tempo não leio nada dela.
    Por isso, adorei muito o que li acima. Primeiro por trazer um romance de época bem diferente dos tradicionais, onde o amor parece não ser o foco da questão, mas sim a persistência de uma jovem mulher em tentar sobreviver em um mundo que antes era totalmente masculino.
    E pelo que li, ela conseguiu.
    Vai para a lista de desejados com certeza.
    Beijo

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