29 março 2018

Resenhas - A mulher na janela, A.J. Finn


Livro: A mulher na janela
Autor(a): A.J. Finn
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. "A Mulher Na Janela" é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock.


Anna Fox é uma psicóloga infantil conceituada, que precisou abandonar sua carreira devido a um transtorno psicológico ligado a ataques de pânico. Anna sofre de agorafobia e não consegue sair de casa devido ao medo de espaços abertos. Por esse motivo ela viu sua carreira e vida social se acabarem, se enterrando em uma rotina de bebedeira, remédios e filmes antigos, enquanto vive trancada em sua casa de quatro andares, acompanhando a vida alheia por suas grandes janelas.

Enquanto vamos acompanhando a rotina de nossa protagonista, percebemos que sua narração não é 100% confiável. Anna vive dopada de remédios e sempre mistura seus medicamentos com Merlot, seu vinho favorito. Por esse motivo começamos a questionar a veracidade de alguns fatos que ocorrem durante a leitura.

Com essa vida solitária e de reclusão, os momentos felizes de Anna acontece durante as ligações da filha de oito anos e do ex-marido, que mesmo a distância mantém uma rotina de contato diário.

Instruída por seu psicólogo, Anna mantém também alguma interação com David, seu inquilino que vive no porão e ajuda na manutenção da casa. Essa rotina tranquila ocorre por dez meses, tempo exato no qual Ana passou por um momento traumático em sua vida. Mas quando os novos vizinhos se mudam para a casa do outro lado do parque e Anna começa a acompanhar com sua câmera a rotina de Alistair, Jane e do gentil adolescente Ethan Russell, as coisas começam a mudar.

Após uma noite de bebedeira e remédios, Anna se depara com uma cena perturbadora acontecendo na casa dos vizinhos. Ela jura que o acontecimento é real, mas sem provas acaba sendo desacreditada pela polícia e pela vizinhança. Como provar algo quando nem mesmo você tem certeza do que viu? Esse é o suspense que permeia todo o enredo e deixa o leitor questionando a tudo e a todos.

— Você não acha que está sendo um pouquinho paranoica?
Antes que ele possa dizer mais alguma coisa, disparo:
— Não é paranoia se está realmente acontecendo.

Fazia tempo que eu não lia um thriller psicológico que me deixasse tão desesperada por respostas. Por isso quando me vi nessa teia de mistérios criada por A.J. Finn, comecei a duvidar da minha capacidade de definir o real das alucinações da protagonista que me confundiam o tempo todo.

Durante a leitura fiz várias teorias e até consegui acertar algumas, no entanto nada me preparou para o final inesperado e impactante que o autor reservou a essa obra, e digo que estou perplexa até agora.

Misterioso, sombrio e repleto de suspense, A Mulher na Janela é um thriller instigante, com uma narrativa fluída e uma trama complexa que testa o leitor sobre a capacidade de discernir entre o que é real ou fruto da imaginação de nossa protagonista.

A Mulher na Janela, primeiro romance de A.J. Finn, foi vendido para 36 países e já está sendo adaptado para o cinema pela 20th Century Fox. Então corram para ler.

Um comentário

  1. Primeiro livro do autor e já veio tudo isso?
    Eu estava aqui lendo a resenha e me sentindo de certo modo, perplexa com tudo que tentava absorver.
    Não pelo pânico da protagonista, mas também pelo se isolar e com isso, poder viver uma espécie de vida a distância.
    Não sabia que já seria adaptado e como o livro está na lista de desejados, espero poder conferir em breve.
    Beijo

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